Todo Dia (2018)




E finalmente posso vir escrever a crítica de um dos meus livros favoritos, de um autor que sempre preza por assuntos que deveriam ser sempre discutidos.
Lembro que quando soube do filme, fiquei tão empolgada que achei que seria a primeira na fila do cinema. Porém, o receio de algo que amo ser adaptado de maneira errada me fez ir com calma e apenas conferir o filme agora.
Ah, caso também queira ler nossa resenha de alguns anos atrás, é só clicar AQUI 

Mas, vamos ao que interessa.
A primeira coisa que serei bem direta ao dizer é que o filme é bom, sim. Porém, não consegue demonstrar a intensidade de sentimentos e importância de momentos que as páginas do livro me trouxeram. Na verdade, sei que o filme agradou a muitos por todo seu romance adolescente de sempre, mas se tornou tão vago e raso que, ao invés de favoritar o filme, senti apenas que foram algumas horinhas gastas do meu dia de forma ok.

(Assista ao trailer AQUI e entenda um pouco mais do enredo)




Diferente de Todo dia e muito mais parecido com o segundo livro da série, Outro Dia (que vocês também podem ler a resenha AQUI), acompanhamos mais a vida de Rhiannon do que do A em si. O que nos faz seguir uma adolescente americana, cansada do namorado que não dá atenção à ela mas que, por acreditar em mudanças, se mantém firme em um relacionamento estranho. Até que um dia ele acorda mais fofo e ela se enche de esperança.

Mas, Justin, seu namorado sem graça é apenas fofo por que A, nosso(a) querido personagem, está dentro de seu corpo e querendo dar um bom momento a garota.
É evidente que o autor em seu livro e filme, trata da "possessão" de uma alma/entidade/não sabemos definir, como algo fofo. E realmente é. A é alguém que acorda todo dia em um corpo diferente, sempre seguindo sua idade atual (16 anos), e aos arredores de onde cada pessoa mora, nunca repetindo a mesma pessoa.




E é aí que a trama começa a mudar.
A, por algum motivo, continua acordando em corpo próximos de Rhiannon, o que se torna ótimo para ele(a) porque desde aquela manhã na praia (não tão fofa quanto no livro), ele(a) se sente totalmente apaixonado.

Vamos acompanhando A contando para sua primeira pessoa quem é e como tudo funciona e vamos seguindo Rhiannon, seus sentimentos e como ela lida em ver em um dia garoto calmo e no outro uma menina com depressão, sendo que A está ali dentro.
Ah, vale dizer que na minha humilde opinião, Rhiannon lidou muito bem com a existência de A. Bem até demais. O que deixou tudo bem... estranho.




Não quero contar coisas demais e acho que esse resumo é suficiente para entender o que acontece.
Mas, preciso dizer que lamento tanto, mas tanto que tenha se tornado apenas mais um romance adolescente. Eu me perguntava o que fariam com uma parte mais sombria do livro, onde questionamentos sobre a existência de A são feitos... e descobri que escolheram o caminho mais fácil. Não fizeram nada sobre isso. Apenas retiraram tudo do filme e seguimos com bons pequenos momentos, com pequenos dramas e fofura em excesso, que quase me fez descrer nos sentimentos que surgiram rápido demais.

Uma "pequena" quebra de roteiro é quando tentamos seguir o relacionamento de Rhiannon com sua família que, no todo, parece ter sido colocada ali exatamente para dar um tempo na fofura, mas que no todo não vai a lugar algum e seria melhor nem ter existido.
E, devido a essa falta de mudança e intensidade na história, o filme se torna...mediano. É como ver a mesma coisa várias vezes, esperando um final que culmina em uma única decisão, esperada desde os primeiros minutos.




Na conclusão, é um filme gostosinho de se ver, com interpretações maravilhosas devido a mudança de personagem, mas que se torna...ok demais. Sem grandes momentos, sem grandes tensões.
Vale a pena? Sim. Mas desaponta devido a simplicidade.
Apenas leiam o livro e sejam felizes, porque aquilo sim é necessário!






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