Perdido (Os Lobos de Mercy Falls #4) - Maggie Stiefvater




Sinopse: Cole St. Clair veio para a Califórnia por um único motivo: reconquistar Isabel Culpeper. Ela havia fugido de sua vida destruída e vazia, e a destruiu ainda mais. Não é simplesmente uma questão de querer. Cole precisa dela. Enquanto isso, Isabel tenta reconstruir sua vida em Los Angeles, mas sem sucesso. Ela é capaz de fingir tão bem quanto todos os outros falsos da cidade, mas para quê? Cole e Isabel dividem um passado que jamais pareceu ter futuro. Eles podem se amar ou se destruir. A única certeza é que jamais se esquecerão.

A resenha se refere ao livro spin-off da série Lobos de Mercy Falls.
Perdido foi o quarto livro lançado da série e, para os que já conhecem ou acompanharam nossas outras resenhas, saberão que o livro foca em Cole e Isabel.  Caso não tenham lido a série, recomendo que tentem, especialmente por conta desses personagens secundários que trouxeram um complemento bem interessante à finalização da série.

“Na verdade, não era exaustivo ser reconhecido. Era exaustivo se sentir sozinho em uma multidão.” 

Para quem leu minha resenha sobre o terceiro livro, que vocês podem conferir AQUI, sabem que o final pode não ser dos melhores para corações românticos que esperam por momentos absurdamente fofos. Com esse outro volume, apesar do foco se manter em outros personagens, aquela sensação de missão cumprida fica um pouco mais evidente. Mesmo que a fofura ainda se mantenha um tanto ausente.

Para começo de tudo, preciso ser sincera e dizer que livros que envolvam músicos, aspirantes a músicos ou bandas… sempre me cansam. E tendo Cole como um dos personagens e seu passado com a banda NARKOTIKA ainda sendo um peso, era evidente que teria muito desse mundo que não me atrai nada quando se trata de leituras. Porém, Richelle é sempre uma autora que admiro muito, que consegue nos envolver com maestria, seja lá com qual assunto escolher. E quando notei, li o livro com uma vontade bem maior do que eu esperava.

“Não houve uma antecipação para esse beijo. Não houve uma confissão gradual de desejo transmitida pela linguagem corporal. Não havia nada, e depois havia tudo.” 

No resumo, para os que conhecem a série ou não, seguimos Cole que vai até L.A atrás de Isabel, a garota por quem se apaixonou em Minnesotta, em meio a lobos, personalidades fortes e objetivos distintos. A vida dele volta a fazer parte da dela, mesmo que para isso ele se envolva em um programa de televisão que está fadado ao fracasso e ela siga tentando viver, trabalhar e não se deixar levar pela casa de tristeza em que mora.
Os pais de Isabel ainda moram separados, os problemas estão sempre evidentes e no meio disso tudo, daquela incerteza de sentimentos tão característicos dos dois personagens, que possuem personalidades muito fortes… a autora nos consagra com alguns personagens secundários que complementam muito bem cada um deles. Seja com personagens já citados antes, da banda, novos integrantes, um motorista que se vê enrolado na trama de sedução de Cole St. Clair, ou de uma prima fofa e passiva demais de Isabel, que a faz ter cada vez mais certeza do quão cruel ela pode ser, mesmo sem querer… O livro se torna apaixonante.

“Tememos a morte; tememos o vazio; lutamos para conservar nossa pulsação. 
Eu era o vazio. 
Do que você tem medo? De nada.” 

É preciso deixar claro que Cole sempre foi um personagem que conquistou muita coisa por meio da música e depois de ter desaparecido, tem ganhado seu espaço com seu encanto, personalidade, vontade de fazer música boa e… todo o seu eu interno que é auto destrutivo demais. Por isso deixo aqui meu aviso para aqueles que são mais sensíveis com alguns gatilhos. Cole tem sérios problemas sobre quem é, sobre sua vontade de viver e a necessidade de se manter longe das drogas. O que é bem difícil quando seu lado lobo está dormente, devido ao calor do local e a vontade de se manter sóbrio de tudo que o tire do controle. 

E do outro lado, temos Isabel. Uma personagem que sempre foi considerada mais fria, pensando em si mesma e como muitos personagens assim… já ganhou meu coração nos três primeiros livros.

Então, não esperem um livro fácil, um livro romântico, um livro clichê. Graças a autora, temos momentos variados em um mesmo núcleo, que nos faz marcar o livro com citações de reconhecimento ou surpresa e que nos guiam a um final que não temos muita certeza de qual pode ser. Um livro que deixa o lado de fantasia um pouco mais de lado. O assunto lobo, mudanças e o caos dos primeiros livros ainda estão presentes, mas é como um personagem secundário que aparece apenas em alguns momentos, nos fazendo viver muito mais um presente humano, onde dois personagens passam os dias tentando conviver com eles mesmos, sem destruir tudo e todos ao redor.

“Meu rosto latejava, ou talvez fosse meu coração. Não aguentava mais ficar sozinho, mas estava sempre sozinho, mesmo quando havia gente ao redor. E não aguentava mais estar cercado, mas estava sempre cerado, mesmo quando estava sozinho. Falava-se muito que todo mundo queria ser especial. Eu não aguentava mais ser único.” 

Sinceramente? Eu amava a série e apesar de esse ter sido único livro que faltava ler, foi realmente um complemento muito bom. Diferente de Sam e Grace, o casal da história principal, Cole e Isabel possuem uma intensidade mais quente e fria, intensa, cruel, romântica… um misto que fez o livro ter várias nuances diferentes e se tornou um complemento necessário.
Muda a história principal? Não. Em nada. Mas faz aquela necessidade de mais ser preenchida, ainda mais porque Cole e Isabel se tornaram personagens muito difíceis de ignorar. 

Ou seja, se você é alguém que leu os primeiros da série e não achou necessário ler esse, tenha em mente que apesar de não mudar em nada a história principal, ainda se torna uma leitura prazerosa e que recomendo de olhos fechados. E caso tudo o que foi dito acima tenha te interessado em conhecer mais sobre os livros, faça isso. Aproveita e confira a resenha do primeiro livro AQUI.

Ficaram interessados? Já conheciam a série? 
Fãs de fantasia e romance, corram atrás dessa autora porque garanto que será uma experiência maravilhosa.

“Eu só queria ser feliz. Só queria fazer alguma coisa.”

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