O Homem nas Trevas (2016)






Sinopse: Três adolescentes escapam de roubos perfeitamente planejados. Mas, quando eles estão prestes a realizar seu último crime, assaltar a casa de um senhor cego, o jogo muda. Os jovens estão encarcerados e precisam lutar por suas vidas contra um psicopata cheio de segredos.





Com a direção de Fede Alvarez, que teve uma direção interessante no remake de A Morte do Demônio (produzido por Raimi, diretor do filme original) e Rodo Sayagues, o enredo nos apresenta aquele momento estranho em que os vilões do começo da trama se tornam vítimas, enquanto o "mocinho" se mostra alguém que devemos temer. Com essa ideia, seguimos um trio que realiza alguns furtos em residências de luxo, já que possuem um fácil acesso graças à um deles. O pai de Alex (Dylan Minnette) trabalha na empresa de segurança das casas e isso o ajuda a conseguir senhas e chaves para qualquer residência que ele, Money (Daniel Zovatto) e Rocky (Jane Levy), queiram explorar.





E é quando surge um trabalho aparentemente perfeito, onde a vítima é um senhor solitário (Stephen Lang), que passeia com seu cachorro e que tem um grande dinheiro guardado depois de uma tragédia na família. E, além de tudo isso, ele ainda é cego. Mas mal sabem eles que a vítima deles é um ex militar totalmente perturbado.

O filme acaba se transformando em um suspense absurdo quando os três amigos se encontram presos dentro da casa da vítima, sem ter como sair ou se defender. Pode parecer simples, mas não é. O filme ainda tem um ponto muito alto em se tratar das reações, especialmente as sonoras. Como a vítima é cega, fica evidente que ele acabou desenvolvendo uma atenção maior ao utilizar mais da sua audição. Toda a tensão, momentos em que os personagens mal se mexem ou respiram, fica tão bem evidenciado que sentimos tudo na pele, mesmo!





Jane Levy, uma atriz que eu gosto e ainda acho que não teve chances suficientes na telona para mostrar seu potencial, acaba sendo de grande importância ao mostrar o lado mais "humano" em tudo o que faz. O filme mostra o por quê de ela querer juntar dinheiro, e todo o drama que a cerca nos faz torcer um pouco mais por ela. Os outros dois personagens acabam tendo o peso entre o garoto idiota e o bonzinho, que apesar de fazer as coisas e querer ajudar a roubar, tem aquele moralismo intenso que o faz repensar tudo muitas vezes.





O que vale dizer é que o ritmo do filme tem uma tensão que vai aumentando aos poucos e não pára jamais. Sem contar que algumas atitudes são bem imprevisíveis e os famosos jumpscares acontecem de uma maneira que me agradou bastante.
Ah! E não vamos esquecer que o papel interpretado por Lang é feito de maneira perfeita. Do começo ao fim, a tensão ao redor dele parece ter suas justificativas, até culminar em algo absurdo demais para qualquer um conseguir defender.





Sou suspeita para falar pois filmes desse gênero sempre me agradam. Mas sinto que é um tipo de drama que vale a pena ser conferido, especialmente se sente falta de filmes que vão direto ao ponto e tem reviravoltas o tempo todo! O filme todo se passa, na maior parte, dentro da casa da vítima, o que nos deixa com aquela sensação de claustrofobia e falta de alternativas para nossos protagonistas. E quando achamos que as coisas ficarão bem... tudo volta a dar errado.

Para um diretor que demorou três anos para voltar com um filme de peso, eu digo que o trabalho foi feito com sucesso =D
Recomendo fortemente!

Para quem quiser ver o trailer, só clicar AQUI)



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