A Lista da Minha Vida || 2025

Ah, A Lista da Minha Vida! Que filme bom! Sabe quando você começa uma obra sem esperar nada e quando vê já está envolvido desde os primeiros minutos? Prepare-se para se emocionar e, quem sabe, até se inspirar a revisitar seus próprios sonhos.


Dirigido por Adam Brooks, A Lista da Minha Vida nos leva a acompanhar Alex Rose (Sofia Carson), uma jovem que embora não tenha uma vida perfeita parece estar no rumo de um futuro promissor. Bem, ao menos é no que ela acredita. Já para sua mãe, Elizabeth (Connie Britton), Alex desistiu de ser quem nasceu para ser e, talvez, o cargo que tenha dado a ela em sua empresa a tenha deixado numa zona confortável a ponto de fugir de quem deveria ser de verdade e se acomodando no que parecia seguro e menos doloroso. Elizabeth tem duas certezas: a primeira é que precisar ajudar a filha a sair do buraco em que se encontra e a segunda é que não vai estar viva para ver esta mudança.


"E, além disso, não é essa a sina da minha geração? Baixar as expectativas e abrir mão de sonhos infantis?"

 

Passado algum tempo, durante a leitura do testamento junto aos irmãos, Alex é informada que um dos últimos desejos de sua mãe era que fosse demitida do cargo que tinha na empresa. Desempregada e em meio ao caos emocional, ela recebe do advogado um pacote contendo uma lista de desejos que fez aos 13 anos, um dvd e a informação de que tem até o Ano Novo para ticar os elementos da lista e receber sua herança.

Embora a premissa possa soar clichê, A Lista da Minha Vida me impressionou com uma execução que elevou a narrativa. O filme evita o humor fácil e a imagem caricata da pessoa adulta que não sabe quem é, optando por abordar como muitas vezes largamos sonhos em troca da comodidade ou de uma zona segura que nos afasta de nós mesmos. Há uma perspectiva bastante humana e realista, onde a jornada de Alex não se baseia em realizar feitos absurdos, mas em se redescobrir e entender o que a deixa feliz. E, tudo bem se sentir um fracasso e tudo bem em pedir ajuda. 

"A vida é linda, é bagunçada, é complicada e, às vezes, não fica do jeito que você acha que deveria ficar. E não tem problema."

Um dos pontos fortes do filme é a relação de mãe e filha. Ambas as atrizes conseguem convencer o espectador do laço que possuem em poucos minutos e trazem peso dramático a trama ao equilibrar amor e preocupação uma pela outra. A atuação de Connie Britton está tão sensível aqui que prepare-se para se emocionar, então esteja com os lencinhos a postos. A química de Sofia Carson com os outros atores, principalmente os que interpretam os novos interesses amorosos de Alex, é impressionante e contribui para dar leveza e aumentar as dúvidas quanto ao destino da personagem.

Connie Britton e Sofia Carson interpretam mãe e filha. 

A direção de Adam Brooks demonstra sensibilidade e um olhar atento para os detalhes emocionais da história. No entanto, a obra não está isenta de algumas pequenas ressalvas. Em alguns momentos, o ritmo pode parecer um pouco lento, e certas subtramas poderiam ter sido mais exploradas, como o drama da relação professor-aluno envolvendo Ezra. Além disso, algumas das resoluções podem parecer um pouco apressadas ou convenientes.

O filme, disponível na Netflix e adaptado da obra literária A Lista de Brett, nos convida a uma profunda reflexão sobre a desistência de sonhos e ambições, a coragem de buscar a felicidade genuína e a importância de se reconectar com paixões esquecidas. Recomendado para quem busca uma história dramática comovente e inspiradora, que nos faz refletir sobre a importância de viver uma vida autêntica e alinhada com nossos verdadeiros desejos. É uma ótima opção para assistir sozinho ou acompanhado, e certamente deixará uma marca duradoura.

Assista ao trailer aqui.



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