Uma Garota de Muita Sorte || 2022

 



Um olhar impactante sobre traumas e aparências...


Olá, amores! Mila aqui e irei falar sobre outro filme que conferi há um tempo e demorei para vir falar sobre. "Uma Garota de Muita Sorte" (Luckiest Girl Alive), dirigido por Mike Barker e disponível na Netflix, é uma adaptação do best-seller de Jessica Knoll que, infelizmente, ainda não li. O filme, à primeira vista, parece contar a história de uma mulher que conquistou tudo o que sempre desejou, mas, à medida que avança, temos uma análise profunda sobre os segredos que definem nossas vidas e as marcas do passado que insistem em retornar. 

A trama gira em torno de Ani FaNelli (Mila Kunis), uma mulher bem-sucedida que parece ter a vida que muitos desejam. Ela trabalha em uma renomada revista de Nova York, é noiva de um homem rico e que parece ser tudo o que ela quer e está a poucos passos de um futuro promissor. No entanto, a aparente perfeição esconde uma história de sofrimento e dor que Ani tenta enterrar há anos. Quando um documentário sobre um evento trágico de seu passado ameaça trazer tudo à tona, Ani é forçada a confrontar segredos e traumas que pensava ter deixado para trás.




A narrativa é construída em torno da dualidade entre a Ani que todos veem e a verdadeira Ani marcada por experiências difíceis e cicatrizes emocionais. À medida que o filme avança, ela se depara com questões que a forçam a questionar não apenas suas escolhas, mas também sua própria identidade.

O diretor assume uma abordagem sensível e ao mesmo tempo crua para contar a história de Ani. A escolha de Barker de usar flashbacks para mostrar o passado de Ani, intercalando com cenas do presente, é eficaz para dar um entendimento sobre o que realmente aconteceu com ela. 




Outro ponto forte da direção é como em várias cenas, a ausência de diálogos permite que os olhares e gestos falem por si, o que reforça o peso emocional da situação. A direção é sutil e cuidadosa, evitando transformar o filme em um melodrama ou explorar os traumas de Ani de forma sensacionalista. 

Mila Kunis interpreta uma personagem complexa, transmitindo a dualidade de Ani de forma impressionante. Por trás de sua expressão confiante e bem-sucedida, vemos sinais de vulnerabilidade e dor que a personagem luta para esconder. A atriz equilibra perfeitamente esses dois lados de Ani, trazendo uma profundidade emocional que torna a cativante por ser realista.




O roteiro, escrito pela própria autora do livro, Jessica Knoll, até onde dizem... é uma adaptação fiel e cuidadosa da obra literária. A história explora temas como trauma, autoconhecimento e a luta pelo controle da própria narrativa, oferecendo uma visão necessária sobre o impacto de eventos traumáticos na vida de uma pessoa. Knoll utiliza a jornada de Ani como busca por redenção e superação, mostrando como o passado, por mais sombrio que seja, pode servir como um impulso para o crescimento pessoal

O longa levanta questões relevantes sobre a pressão da sociedade, a busca pela aprovação e as consequências de ignorar nossas próprias dores. Ao escolher se apresentar ao mundo como uma mulher forte e bem-sucedida, Ani acaba se distanciando de sua identidade, escondendo o que realmente sente e quem realmente é. A sua jornada reflete as pressões para manter as aparências e seguir em frente, mesmo quando o sofrimento ainda persiste. É uma crítica sutil, mas poderosa, à cultura de superficialidade que muitas vezes ignora as lutas internas de cada um.




Para aqueles que apreciam dramas psicológicos e histórias que exploram a profundidade da mente humana, Uma Garota de Muita Sorte é uma recomendação imperdível. É um filme que faz refletir sobre os segredos que carregamos e as escolhas que fazemos para nos proteger. E somos lembrados de que, embora seja impossível mudar o passado, a forma como lidamos com ele define quem somos e quem podemos nos tornar.

E se isso deixou vocês todos curiosos, segue o trailer:





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