Centauros - Ryo Sumiyoshi

 


Sinopse: Em Centauros, mangá de Ryo Sumiyoshi, acompanhamos uma aventura épica de fantasia ambientada em um Japão alternativo, onde humanos coexistem com seres míticos que são metade humano e metade cavalo, chamados de centauros ou “jimba”. Antigamente, eles eram reverenciados como divindades, mas na Era Sengoku os humanos começaram a escravizá-los e usá-los para fins militares devido à sua velocidade, resistência e capacidade de comunicação na língua humana. Os centauros que viviam nas planícies foram rapidamente capturados e domesticados, mas muitos centauros das montanhas continuaram livres devido ao seu relativo isolamento. Matsukaze, um selvagem e orgulhoso centauro das montanhas, conhecido como “o ruivo”, é capturado enquanto protegia seu filho e levado para as terras de um senhor feudal, onde conhece Kohibari, um centauro domesticado que teve seus braços amputados. Eles precisam superar suas diferenças e trabalhar juntos para escapar dos humanos e buscar uma vida melhor para seus descendentes.

Darth Nyx dos quadrinhos e mangás! Hoje vamos falar de uma história curta e impactante criada pelo mangaka Ryo Sumiyoshi, Centauros (Jimba), publicada no Brasil pela editora Conrad que, inclusive, já lançou um box com os três volumes!

A trama do mangá leva o leitor para um Japão alternativo onde humanos coexistem com seres míticos que são metade humano e metade cavalo. Existiu um tempo em que esses seres, chamados de centauros ou “jimba”, eram reverenciados como deuses. Contudo, na Era Sengoku, os humanos começaram a escravizá-los e usá-los para fins militares devido à sua velocidade, resistência e capacidade de comunicação na língua humana. É então que conhecemos Matsukaze, um selvagem e orgulhoso centauro das montanhas (também conhecido como “o ruivo”) que, após ser capturado, conhece Kohibari, um centauro domesticado que teve seus braços amputados. Juntos, eles precisam superar suas diferenças e trabalhar para escapar dos humanos e buscar uma vida melhor para seus descendentes.

A forma como os humanos interferiram na criação de alguns centauros torna a história ainda mais dolorosa de acompanhar. Enquanto Matsukaze é visto como selvagem e Kohibari como domesticado, o autor transmite com maestria a dor que ambos carregam por terem sido forçados a lidar com a humanidade. Um escolheu o isolamento nas montanhas com sua família; o outro teve os braços brutalmente amputados e seu orgulho aniquilado. Dois destinos marcados pelo sofrimento, ambos consequência da mesma interferência cruel.

Não sei se por essa história ser cheia de momentos dolorosos e intensos, ou por fazer tanto tempo que não lia um mangá, mas terminei a leitura super rápido. Em uma semana, terminei os três volumes e fiquei com aquela sensação de querer ler novamente. Lembro de começar achando que seria apenas mais um mangá de aventura mas, conforme a construção se desenvolvia, me peguei chorando, torcendo e sofrendo com cada personagem e suas buscas.

Ryo Sumiyoshi constrói um cenário florestal mágico, onde cada página é uma verdadeira obra de arte. A combinação entre a trama e a ilustração transforma a experiência em algo único, equilibrando a beleza da natureza intocada com a marca da crueldade humana. Outro ponto forte da obra é a forma como o autor transmite a passagem do tempo e das gerações. Isso se reflete não apenas nas mudanças de comportamento dos personagens, mas também na evolução de suas visões de mundo. É emocionante testemunhar como o tempo molda relações e transforma até mesmo aqueles que, à primeira vista, pareciam irreconciliáveis, como óleo e água.

Cada volume nos apresenta um novo momento da história construída pelo autor, tornando a leitura uma experiência repleta de surpresas e descobertas. Acompanhamos gerações de personagens, testemunhando como mudanças graduais se enraízam ao longo do tempo. Além disso, passamos a compreender mais profundamente os impactos dessas transformações, incluindo aqueles que surgiram de forma tão sutil que, à primeira vista, pareciam inofensivos.

A versão brasileira do mangá é em formato BIG. Ou seja, temos dois volumes em um, o que deixa cada volume com aproximadamente 450 páginas. Não é muito maleável para ler em transporte público - o que é o meu caso - mas se torna mais viável economicamente já que, considerando nosso momento atual, os preços não estão muito favoráveis para os mangás.

Sem dúvida foi uma leitura prazerosa! Gostei demais da maneira como a obra foi dividida e recomendo para quem está em busca de um mangá para se tornar especial e um favorito de 2025. Certamente, já se tornou um dos meus favoritos e ganhou espaço mais que especial em minha estante.

Comentários

Postagens mais visitadas