Medo Profundo: O Segundo Ataque (2019)







Há um tempo atrás, fiz uma crítica do primeiro filme que, na época, o nome ainda era bem incerto. Caso queiram conferir detalhes do primeiro, basta acessar AQUI

Agora, vamos lá.
É bom citar que esse filme não tem qualquer ligação com o primeiro, seja com elenco, enredo, história... Apenas temos a presença de tubarões como ligação.

De início já começamos com aquela sensação de que será um filme onde teremos adolescentes variados, com suas crises e será como sempre. Não digo que foge muito dessa ideia, mas notamos que a premissa básica é a convivência entre duas novas meia irmãs, que se mudaram depois que a mãe (Nia Long) de uma delas casou com o pai (John Corbett) da outra. Uma convivência é necessária e claramente não desejada por nenhuma das duas.
Assim, seguimos Mia (Sophie Nélisse) e sua irmã Sasha (Corinne Foxx) tentando conviver enquanto seu pai vai trabalhar em uma nova caverna descoberta na região em que moram, depois de o mesmo ter presenteado as duas com um passeio para ver tubarões serem alimentados, de perto.
Como boa adolescente mais rebelde que tem duas amigas que não gostam tanto de seguir regras, Alexa (Brianne Tju) e Nicolle (Sistine Rose Stallone), Sasha recebe o convite delas para irem para um local secreto, paradisíaco e que será bem melhor que o passeio com garotas chatas da escola. E assim, ambas a irmãs aceitam e acabam indo para um local que faz parte de um lago que é entrada para uma das cavernas que leva para essa cidade perdida subterrânea que o pai das meninas, junto de outros dois amigos, tem trabalhado e estudado.
O local é maravilhoso, as meninas entram em um clima de aproveitar, curtir e viver um dia de sol e água, até que a ideia de mergulhar aparece. Por ser um local de estudo, Alexa mostra que os equipamentos estão lá, separados para uso e que será rápido. Mesmo com receio e avisos de que será rápido e que regras precisam ser seguidas, as meninas entram e já sabemos que tudo dará errado.





Eu acho que filmes de tubarões são sempre difíceis de me ter comentando porque eu simplesmente amo. Até os mais duvidosos entram tem um espaço especial dentro de mim. Porém, esse se encaixa naquele padrão em que não criamos empatia ou envolvimento muito forte com as personagens de primeira, o que me fez odiar algumas atitudes tomadas de baixo da água e apenas sentir que mereciam ficar presas na caverna, da forma que ficaram.
E além de estarem presas sem saber como sair,  um tubarão cego e faminto aparece, provavelmente por nunca ter saído da caverna e ter desenvolvidos outros sentidos para sua sobrevivência.

Eu fiquei aflita do começo ao fim. O filme peca com um efeito não muito justo para seus nadadores assassinos, o que prejudica alguns momentos de mortes que foram até que surpreendentes.
E isso me faz citar um ponto alto. Eu sinto que o filme criou momentos de tensão muito bem distribuídos, que me tiraram sustos inesperados junto da falta de ar psicológica que vinha com o fato de ficarem constantemente em baixo da água.




Diferente de críticas que li, não acho que se torna maçante ou lento demais. O ritmo é ditado por movimentos de baixo da água (o que faz tudo ser naturalmente mais "lento") e quando a primeira morte acontece, sabemos que é ladeira a baixo. Como qualquer filme de tubarões, mortes do nada e sem sentido acontecem, mas diferente de críticos que precisam de motivos super necessários para tudo, eu aprecio o clichê de blockbusters com jump scares, quando se trata dessas criaturinhas.

Portanto, posso concluir que apesar da falta de conexão com as meninas, muitos momentos são agonizantes, você torce, espera, tem seus sustos e eu sei que terminei o filme exausta. O que me faz dizer que vale à pena ser visto no cinema.





Para aqueles que ainda esperam finais magníficos de filmes assim... isso não posso garantir. O diretor Johannes Roberts, que será responsável pela nova franquia de Resident Evil, peca na questão de sobrevivência e luta contra criaturas que, até então, matavam em segundos. Porém, eu vejo esses filmes preparada para isso e recomendo que façam o mesmo.

Um filme que dá o que foi proposto, com um tema variado que foge do mar e se torna mais claustrofóbico do que outros filmes em que já vimos tubarões em lagos e afins, nos mantendo bem presos as cenas.
Caso seja alguém que, como eu, está acostumada a filmes como esses, vá ver agora e me conte o que achou porque, ao menos para mim, valeu toda a tensão que senti!





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