Orange #7 - O Fim da Verdade - Ichigo Takano

 


Entre o passado e o presente, escolhemos a esperança...


Olá, amores! Mila aqui e irei falar sobre o sétimo e último volume da série de mangás, Orange. 

O volume 7 de "Orange", da autora Ichigo Takano, é o encerramento oficial da emocionante história que acabou comigo há muitos anos e levo no coração. Publicado no Brasil pela Editora JBC, este volume traz uma conclusão sensível e esperançosa para os personagens que acompanhamos desde o primeiro capítulo, especialmente Naho, Kakeru, Suwa e os demais amigos que formam o coração da narrativa.




Antes de começarmos, é necessário entender que a série foi concluída "oficialmente" no volume 5, mas a autora nos deu de presente mais dois volumes que são um ótimo complemento. Mas, se quiserem parar nos 5 primeiros, a história se fecha ali. Porém, quem quiser ter uma ideia alternativa e suprir aquela saudade dos personagens, os últimos volumes são necessários demais.
Para os curiosos, vocês podem ler um pouco sobre, aqui:
Volume 1 ao 5
Volume 6

Mas, sobre o que é a história para quem chegou aqui sem ter lido os outros volumes?
A história gira em torno de um grupo de adolescentes que recebe cartas do futuro. Nessas cartas, suas versões mais velhas explicam que Kakeru, um dos colegas, não sobreviveu à adolescência, vítima de um sofrimento emocional profundo. Ao receberem essas mensagens, eles tentam mudar o passado para salvar a vida do amigo, revendo atitudes e se aproximando dele para impedir uma tragédia.




No volume 7, vemos as consequências finais das decisões tomadas pelos personagens. O foco está em mostrar como os pequenos gestos de empatia e amizade podem fazer uma grande diferença na vida de alguém. Kakeru continua lidando com a dor e com seus sentimentos de culpa, enquanto os amigos seguem firmes em sua missão de apoiá-lo e mostrar que ele não está sozinho. A narrativa se aprofunda mais ainda nos sentimentos do personagem, que precisa entender que merece ser amado e que sua vida tem valor.

Este volume consegue equilibrar muito bem a emoção com momentos de leveza. A autora não força o drama, mas o constrói com delicadeza, permitindo que o leitor se conecte naturalmente com os personagens. Há cenas intensas que mostram a dor de Kakeru e outras mais suaves que revelam a força dos laços entre os amigos. A amizade, aliás, é ponto alto dessa conclusão já que é ela que salva, acolhe e transforma.




Ver os personagens adultos, refletindo sobre suas escolhas e o impacto que tiveram no passado, traz uma camada a mais de profundidade. O que poderia parecer apenas um toque de ficção científica (as cartas do futuro) se mostra um recurso emocional poderoso, que serve para mostrar como nossas ações moldam não só o presente, mas também o futuro das pessoas ao nosso redor.

A arte de Ichigo Takano continua linda e expressiva. Ela consegue transmitir sentimentos intensos com traços simples, usando bem o olhar dos personagens e os silêncios entre os diálogos. As expressões, os detalhes nas cenas do cotidiano e até os cenários trabalham juntos para criar uma atmosfera tocante. 

A autora também acerta ao fechar a história com mensagens positivas. Não se trata de apagar a dor ou fingir que tudo pode ser consertado facilmente, mas sim de mostrar que, com apoio, amor e cuidado, é possível encontrar caminhos mais leves. A história inteira reforça que nunca é tarde para fazer a diferença.





No fim das contas, o volume 7 de Orange entrega um encerramento digno e emocionante. Ele fecha com carinho uma história sobre dor, culpa, amizade e esperança. Não é apenas um mangá sobre viagem no tempo ou romance adolescente, mas sim sobre empatia e a importância de estar presente na vida do outro. A leitura emociona e deixa aquela sensação de calor no peito e, mais do que isso, nos faz refletir sobre como gestos simples podem mudar tudo para alguém que está sofrendo em silêncio.

Se você chegou até aqui acompanhando Naho, Suwa, Kakeru, Hagita, Azu e Takako, pode esperar um final bonito, sensível e cheio de significado. E, se ainda não leu, vale a pena começar porque esta é uma história que abraça, emociona e transforma.





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