Dying to Love - Reese Rivers

 


É tão raro encontrar premissas de romance com ambientação voltada para um apocalipse zumbi, que é impossível para esta amante da temática deixar passar batido. Dito isto, bora conhecer este volume único que ainda não foi lançado em terras tupiniquins?
Há 662 dias os mortos ressuscitaram.
Há 413 dias Kelsey lutar para manter a sanidade e não mandar uma bala na própria cabeça, enquanto verifica o estoque do acampamento.
Devem existir mais sobreviventes, certo?
Uma noite, após os alarmes do complexo soarem, ela descobre que de fato existem. Agora ela terá de descobrir se o grupo que chegou é apto para adentrar o acampamento ou se são um perigo para a mesma.

Dying to Love inicia sua trajetória trazendo à tona uma vaga lembrança do filme Eu sou a Lenda, ao mostrar o quão perto ficamos de enlouquecer ou querer acabar com tudo quando isolados e distantes das interações sociais que marcam nosso cotidiano.


Entretanto, se comparada a outras obras, a narrativa aqui é recheada de conveniências que impedem a história de criar maior vínculo com a realidade. O que pode ser um problema para alguns leitores, visto que cinco pessoas (na realidade duas) montaram um império apocalíptico com direito a: hectares de plantações, sistema de segurança de alto nível, sistema de energia solar, bunker com armamentos, academia com sistema de som de alta qualidade, sistema de desidratação de alimentos, maquiagens e roupas da moda e muito mais. Contudo, não é um fato que a autora não tenha ciência, visto que em dados momentos chega a zombar disso. Então, fica óbvio que Dying to Love não se leva tão a sério.


A abordagem mais séria que mostra a solitude, a rotina e a pequena vontade de viver de Kelsey não dura muito tempo. Logo um grupo de rapazes aparece em busca de refúgio e a trama muda o foco para: Todo mundo vai se apaixonar antes de duas semanas. Veja bem, eu amo harém reverso e, para que funcione, o autor tem que criar uma intimidade e química que o leitor sinta. Quando isso não acontece, se torna um sexo estranho com pessoas emocionadas já que declarações não faltam... só falta a conversa sobre sexo sem proteção ou natalidade durante um apocalipse zumbi.


"Nós não vamos a nenhum lugar, todos compramos passagens de primeira classe para seu trem maluco e estamos todos a bordo para a viagem."


Outro aborrecimento, que me cansa em qualquer história, é aquela narrativa conveniente da ex do protagonista ser uma pessoa ruim que ele nunca amou e que era apenas sexo. Acho que estou velha e cínica demais para isso. Rsrss


Com uma ambientação regada a comodidades, Dying to Love vai na contramão do que se espera de um apocalipse zumbi. Seu foco está no harém reverso e em fazer seus personagens copular como coelhos. Aos que adoram hot, podem se jogar sem medo. Se você espera ver muitas cenas com zumbi... Bem, como a autora avisa, eles fazem apenas algumas participações especiais. Tendo isso em mente, se torna mais fácil não se frustrar.


A reação desta leitora ao final:



Comentários

Postagens mais visitadas