A Mulher Rei (2022)

 



Impossível não ficar fascinado com épicos históricos. A ambientação, lutas e figurinos, quando bem elaborados, são capazes de nos transportar para outra época. Uma boa atuação nos faz submergir na pele do personagem, ficar na torcida por sua vitória ou derrota e, dependendo do roteiro, entender sua alegria e mazelas.


Passado na África Ocidental em 1823, no longa acompanhamos a história pela visão de Nanisca (Viola Davis), a destemida líder das Agojie, e Nawi, uma jovem que foi entregue ao rei por seu pai após negar um pretendente muito mais velho e abusivo.


Nanisca e Nawi lideram as Agojie


Através dos olhos da petulante Nawi, observamos o treinamento e preparo necessário para se tornar uma Agojie, assim como o crescimento do sentimento de amizade que permeia o bando. Impossível não se sentir próxima de uma guerreira chamada Izogie, que traz frescor a trama e consegue nos arrancar algumas risadas.

A proposta do filme é mostrar a luta das Agojie e do novo rei, Ghezo, pela libertação de Daomé do comércio escravagista. Então, vemos Nanisca liderando o mortal exército Agojie enquanto busca formas de convencer o rei a romper relações com os europeus e o império Oyo, responsável pelo ataque ao seu povo e escravização. Ao mesmo tempo, a personagem tenta lidar com o retorno de seu pior inimigo e o arrependimento de um ato do passado.

A trama também aborda de forma superficial a história de Malik, filho de uma escrava comercializada para o Brasil. Embora não seja escravo e tenha boa condição de vida, sua miscigenação faz com que seja definido como um 'não branco e não negro', uma pessoa sem lugar no mundo.

As reais guerreiras Agojie


Bem, para aqueles que esperam precisão histórica após saber que o filme é baseado em fatos reais, aviso que a proposta acaba sendo sabotada pelo roteiro já que o rei Ghezo e as Agojie estavam diretamente envolvidos com o comércio de escravos.

Contudo, embora possua um revisionismo histórico que recebeu protestos, A Mulher Rei é um ótimo filme! É maravilhoso acompanhar o desempenho das atrizes nas lutas e as interpretações são fora de série.

A obra procura trazer mais humanidade a Nanisca através de um plot, porém acaba esquecendo de abordar os fatos que dão título a trama.

Se você gosta das atuações da Viola, adora épicos históricos e boas lutas, tá fazendo o quê aqui ainda? Vai logo assistir! Xô!

Disponível na HBO! Assista o trailer:



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