A bailarina (2023)

 



O ano de 2019 trouxe a tona muitos escândalos envolvendo celebridades asiáticas, maior parte deles sexuais. Lembro de que vários astros foram presos acusados de gravarem e compartilharem vídeos explícitos de mulheres filmadas sem consentimento. Contudo, este esquema não envolvia apenas grandes ídolos, como também policiais e empresários.


Neste ano a Netflix nos traz um enredo que parece beber desta fonte, ao mesmo tempo que investe no gênero de ação. E, vou te dizer, não há nada melhor do que ver uma mulher com sede de vingança, principalmente quando seus alvos são predadores sexuais.



Ok-ju (Jun Jong-seo) é uma ex guarda-costas que vive pacatamente. Após receber uma ligação de Minhee, sua melhor amiga que não vê a algum tempo, decide marcar um encontro. Entretanto, ao chegar ao apartamento de Minhee, ela percebe que algo está errado e não demora a encontrar o corpo da amiga, assim como uma caixa com um pedido: se vingue por mim.


Mesmo sem entender o que está acontecendo, Ok-ju se vê em uma jornada em busca de vingança onde acaba descobrindo que Minhee foi vítima de um frio e poderoso predador sexual. Para alcança-lo, Ok-ju terá que eliminar toda uma organização de tráfico de pessoas e drogas primeiro.


Com direção de Lee Chung-hyun, A Bailarina é um filme recheado de lutas bem coreografadas e com poucos diálogos. Jun Jong-seo consegue nos impressionar com a discrepância entre seu corpo de aparência delicada e sua luta violenta, principalmente nas cenas em que protagoniza com Kim Ji-Hoon que parece ser o dobro de seu tamanho. Contudo, não perde a humanidade ao mostrar que seu porte é uma desvantagem contra os adversários e que pode sangrar e se machucar. 


Kim Ji-Hoon interpreta Choi Pro.


A fluidez e dinâmica fazem com que o filme passe mais rápido do que as 1h e 33 min prometidas. Talvez devido ao fato do universo da história não ser desenvolvido, as informações presentes não permitem conhecer a mocinha, o que causa uma certa distância entre Ok-ju e o expectador. Além disso, a relação de amizade que move a trama aparenta ser mais superficial do que o pretendido, o que torna um pouco ilógico o risco em que a protagonista se coloca. Mesmo com este distanciamento, é impossível não torcer por Ok-ju.


Para aqueles que gostam de filmes de ação com uma protagonista inabalável e pancadaria generalizada, vai aí uma indicação. Confira o trailer!





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