Bells of Demonio - Natalie Bennett

 

"Minha alma não era mais minha, dividida em três e selada com uma promessa entalhada em minha pele - gravada com uma linguagem maligna e antiga."

    Se há um título eu que daria a autora Natalie Bennett é rainha da escuridão. Suas histórias, que possuem premissas pesadas e cheias de gatilhos, despertam a curiosidade e são tão envolventes que beiram ao diabólico. Talvez não por acaso, seus livros quase sempre estejam ligados a esta temática. 

 

    Dito isto, aviso logo que as histórias de Natalie Bennett são para poucos. A autora segue o ritmo que a narrativa sombria pede sem restrições de quão blasfema esta irá se tornar e isso pode causar grandes incômodos, principalmente aos religiosos. Neste livro introdutório da série Kings of Terror, vemos Bennett trazer a deliciosa mistura de um verdadeiro dark romance com terror. E olha, eu tinha minhas dúvidas, mas quem diria que ficaria tão bom? 

 

    Todos os anos Angeline, sua irmã gêmea Bellatrix e seus amigos escolhem um lugar, que possua histórias macabras, para desbravar. O escolhido da vez é uma vila misteriosa que possui um festival denominado Sete Dias de Pecado. O que eles não esperavam é que uma lenda popular sombria estivesse ligada há uma grande quantidade de turistas desaparecidos após irem ao bosque em busca da casa do demônio. 

 

    A fim de evitar qualquer tipo de infortúnio, os amigos decidem evitar o bosque, mas basta uma noite regada a drogas e bebidas para que se sintam mais corajosos e decidam arriscar. Oito pessoas entraram na floresta que o conto advertia para nunca entrar. Adivinha quantos conseguiram voltar?

    Bells of Demonio é o início perfeito para uma história que promete sobrenatural, erotismo, demônios e muitos mistérios. Aqui vemos seres malignos usando seus poderes para alcançarem o que desejam sem remorso algum. 

 

    Os acontecimentos dentro da floresta são viscerais, violentos, repletos de descrição gráfica e mostram que muitas vezes, em momentos cruciais, você pode contar apenas consigo mesmo. Não se admire de terminar este livro e correr em busca do próximo, mas novamente, cautela ao ler a Sra. Bennett.