Cidade da Lua Crescente: Casa de Terra e Sangue - Sarah J. Maas




Darth Nyx chegando para falar de Cidade da Lua Crescente: Casa de Terra e Sangue, o primeiro volume da nova série de livros escrita por Sarah J. Maas, que já conta com o segundo volume lançado, Casa de Céu e Sopro, que promete abalar as estruturas dos fãs das obras da autora. Os universos criados por Sarah em Trono de Vidro e Corte de Espinhos e Rosas culminam em um novo universo e aqui, quem já teorizava sobre um multiverso, pode ter todos os sonhos atendidos. 

Acenda, Bryce!

Bryce Quinlan tinha tudo o que queria em suas mãos, amigos, trabalho e uma vida social bem movimentada em todos os aspectos que se pode desejar. E claro, como qualquer jovem, o que ela jamais esperava era ter tudo isso tirado de si quando uma tragédia sem volta a atinge, fazendo com que uma noite que era pra ser apenas de festa se tornasse o pior momento da sua vida inteira. E quem é meio feérico, sabe que uma vida pode significar bem mais do que apenas alguns anos. Quando ela é procurada pelo atual governador recebendo a missão de acompanhar um dos soldados mais fortes na busca por respostas, todos os sinais de alerta surgem na cabeça do leitor, mas mais ainda, na da nossa personagem e sim, aqui é o começo de todo o caos que é essa teia de segredos.

Outro personagem importante é o anjo Hunt Athalar, conhecido como "Umbra Mortis" ou, Sombra da Morte, ele é um dos conhecidos escravos da revolta, um grupo que perdeu uma grande guerra mais de cem anos antes que agora trabalha para o governo. E no caso dos anjos, serve sob o comando da parcela que saiu vitoriosa. Além do cabelo preto e das asas escuras, ele também tem uma tatuagem que circula a testa, a marca de que tem seus poderes restritos e o selo de "propriedade do governo". Ele é designado para acompanhar Bryce, garantindo a segurança dela, mas também buscando por motivos próprios a resposta de quem está cometendo os crimes terríveis.  

Em meio a caça, também conhecemos o príncipe herdeiro dos feéricos de Valberian, Ruhn Danaan. Ele e Bryce se apresentam como primos, mas logo entendemos os laços deles e como eles são mais ligados do que deixam transparecer. Run exibe um visual nada reverente, com tatuagens, piercings e uma atitude nada "moderada". Seu pai, o rei outonal, envia ele para encontrar um artefato importante, que vai acabar cruzando passos com a investigação de Hunt e Bryce.  

Sarah nos apresenta para um novo mundo, com humanos, magos, feéricos, anjos e tantas outras criaturas, não só vivendo em harmonia, como em sociedade e prosperando em meio a tempos de guerra. Aqui temos lobisomens que são metamorfos de lobo e humanos, com força descomunal e um lugar garantido na segurança da cidade. Quimeras que são raras, mas tratadas como pets e pequenas sprites, espíritos da natureza. O lugar que parece ser seguro para todos, também é assombrado por demônios, seres sanguinários e que são frutos de conjurações proibidas. 

A escrita da autora continua envolvente, mas particularmente, senti que nesse livro ela escolheu inserir momentos no texto que são apenas pontes em um leve excesso. Trono de Vidro é uma história que praticamente é como uma flecha indo a um alvo determinado e os livros crescem com a adição de núcleos e pontos a serem cobertos. Corte de espinhos e Rosas foi onde ela começou a explorar mais detalhes, inserir mais informações e tentar trabalhar mais núcleos ao mesmo tempo, ainda que seguindo apenas um ponto de vista. Já aqui, ela explora mais pontos de vista, são capítulos curtos, mas tem tantas coisas acontecendo, que eu não consegui me livrar do sentimento que talvez estivéssemos em um labirinto de informações que poderia ser bem menor e ter o mesmo resultado e impacto final.  

Temos 896 páginas que talvez pudessem ser reduzidas para pelo menos, 700 ou menos, algo que conversando com uma amiga, notei ser algo bem meu, já que ela não sentiu tanto. Mesmo não sendo uma leitura que me fisgou de cara, o livro é muito bom e quando te envolve no mistério é impossível de largar, mas não indico ser a abertura para o universo da autora, principalmente por ser de uma magnitude e tamanho que podem assustar quem não está acostumado. 

Fora isso, também vale lembrar que o livro é para maiores de 18 anos, não só por existir momentos mais íntimas entre personagens, como também por cenas gráficas de violência que são descritas pela autora. Essa foi uma das obras em que ela mais explorou também esse lado, se tornando uma boa surpresa para mim. 

Conte para mim, você já tem suas teorias sobre o SarahVerso? Gosta de livros grandes ou prefere os mais curtinhos e diretos?

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