Cartas no corredor da morte - Cláudia Lemes e Paula Febbe





Sinopse: Steve Gurniak é russo, vive na Califórnia, assexuado, metódico e pouco sociável. Johnny Love é do Tenessee, carismático, vaidoso, ingênuo e promíscuo. Diferentes de todas as formas possíveis, ambos têm duas coisas em comum: são serial killers e estão no corredor da morte. Um laço de cumplicidade nascerá entre eles quando numa intensa troca de cartas confessarem seus crimes, suas motivações e a distorção doentia de suas mentes. 


Olá, amores! Mila aqui e hoje vamos falar de uma leitura intensa e bem interessante!


Assim como dito na sinopse, com esse laço criado pelos dois serial killers, um pacto se forma e ambos tentam encontrar uma maneira de levar os planos de Gurniak até o fim já que Love tem seus dias contados. E, mesmo confinados, a liberdade que sentem ter ao dividir seus segredos é o que mais me prendeu em cada página escrita, não poupando detalhes e assuntos intensos. O que já me faz deixar o aviso de gatilhos variados. Ou seja, se o coração é fraco, recomendo que esperem um tempo antes de lerem o livro. 


Agora que estão avisados, posso dizer que o ritmo de leitura é totalmente cativante mesmo com detalhes tão pesados. As autoras conseguem desenrolar o enredo em um ritmo bem traçado, nos dando pedaços da história de cada um conforme ambos vão se abrindo e dividindo pensamentos, assim como sua trajetória de crimes com objetivos variados para cada um. E, conforme vamos nos deixando envolver, sabemos que o livro pode seguir alguns caminhos. Porém, seja lá o que aconteceu, eu não esperava que fosse exatamente o que as autores pensaram, o que me surpreendeu totalmente. 


"Seria melhor se você estivesse morto neste momento para absolutamente todas as pessoas que cruzaram seu caminho em toda esta vida de merda que você teve. Exceto para mim."


Com um conteúdo que talvez não seja tão pesado para quem acompanha detalhes, casos, vídeos e podcasts sobre serial killers ao redor do mundo, a narrativa vem com aquele incômodo que permeia qualquer ser humano com o mínimo de sentimentos e empatia. E, claro, se torna uma experiência muito boa para alguns e excessiva para outros. Para mim, foi uma experiência mais do que surpreendente de forma positiva, já que precisava de uma leitura que me prendesse dessa forma. 


Caso não consiga lidar com livros que falem de assassinatos, suicídio, estupro e tantos outros assuntos, agradeço que tenha lido até aqui. E se consegui lidar com esses assuntos e quiser conhecer a escrita nacional dessas duas autoras, o livro é da editora Monomito e pode ser achado no site da editora, ou em ebook na Amazon!

Já leram? Ficaram interessados? Contem para a gente!


"Sinto que protejo toda a humanidade desta sujeira causada pelo que há de pior em cada uma das pessoas que matei."

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