Host (2020)





Com um clima que nos recorda o começo da pandemia onde chamadas de vídeo foram uma ferramenta quase essencial para trabalhos, estudos ou a simples aproximação com pessoas que o dia a dia não permitia mais um contato tão próximo... Host chega com aquela pitada de realidade e questionamento sobre as decisões humanas. 


Rob Savage é o diretor responsável e enquanto fez isso de forma remota, os responsáveis pelo enredo e atuação foram os próprios atores escolhidos que, por meio de uma tela de computador precisam nos passar as emoções sentidas e, novamente, nos levando para a realidade que uma grande maioria tem vivido em tempos atuais. 
Ponto alto para a ideia de mostrar os problemas diários que envolvem uma conversa online como uma internet mais lenta, a necessidade de ser aceito pelo moderador na conversa e ficar aguardando por isso ou até esperar pessoas atrasadas que, por um motivo ou outro, acabam saindo e voltando da conversa mais vezes que o necessário. 
E com a internet como ferramenta, temos um filme de found footage que usa suas mídias como meio de passar a mensagem. Bruxa de Blair manda um beijo =D






Com uma ideia básica que sabemos que pode ser duvidosa, vamos conhecendo a personalidade das pessoas aos poucos, assim como onde estão e os motivos de estarem conversando, sem tantas explicações e o quanto tudo é lógico ou não. Na verdade, não temos bem um motivo para se reunirem e tentarem invocar espíritos com a ajuda de uma moderadora, mas apenas embarcamos na situação com eles que com um clima "divertido", estão levando a experiência de forma variada. Alguns de maneira mais séria e respeitosa do que outros e é aí que tudo começa. 
E talvez um bom ponto do filme ser mais direto é que não temos exatamente uma história profunda ou algum trauma que envolva alguma das personagens. Apenas somos jogados a uma ideia em uma noite qualquer e seguimos a partir daí. 




Assim como o clima mais escuro, a trama toda nos faz sentir a tensão e ficamos preparados para o que pode vir a nos assustar. E pode parecer cliché, mas um filme com apenas 55 minutos conseguiu fazer a tensão crescer minuto após minuto mesmo que todos estejamos preparados para isso. E novamente, mais pontos pela contagem ao final do filme, que basicamente anunciava o fim da chamada de vídeo e apenas ajudou a acrescentar mais tensão dentro de nós. 

Um filme independente que usa de tecnologia básica para nos fazer sentir mais próximos e apesar de algumas cenas talvez passarem rapidamente e despercebidas por alguns olhares, especialmente por causa da divisão de câmeras, isso apenas aumenta a sensação de estarmos quase fazendo parte da chamada também e, admito, isso me deixou mais tensa ainda (algo que adoro!).
Eu vi na televisão, mas se tivesse assistido pelo computador, com a luz apagada, certeza que meu desespero teria sido maior ainda. 






Para quem já assistiu Amizade Desfeita, algo que eu não fiz mas meu amigo comparou a ideia, noto que o filme é bem semelhante e alguns podem achar que é uma cópia básica. Como a experiência foi mais inédita para mim, acabou sendo mais interessante. Porém, tenham isso em mente caso já tenham visto o outro filme.

O filme está disponível pela Netflix e para os que gostam do gênero ou querem arriscar algo, assistam e venham me contar o que acharam!

Eu particularmente adorei a experiência e recomendo facilmente =D 
Você pode conferir o trailer do filme AQUI 





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