A Ligação (2020)




Sinopse: Duas pessoas vivem em tempos diferentes. Seo Yeon vive no presente e Young Sook vive no passado. Um telefonema conecta as duas, e suas vidas mudam irrevogavelmente.


E aí, gente, tudo bem? Mila aqui e hoje falaremos sobre esse filme que chegou agorinha na Netflix e é um terror psicológico que acabei arriscando por curiosidade e me manteve entretida e presa na trama intensa do começo ao fim. E deixo claro que peguei a sinopse mais simples porque muitas outras por aí tem estragado metade do filme ao contar um pequeno detalhe. Então, apenas leiam na segurança de ausência de spoilers que, em filmes como esse, fazem total diferença. 

Porém, a base que deve ser contada para chamar a atenção de vocês é que seguimos a vida de Seo Yeon (Park Shin Hye), que volta a morar na casa de infância e que, em algum momento da sua vida ali sozinha, seu telefone toca e a vida dela se conecta a vida de Young Sook (Jeon Jong-seo), que claramente tem problemas familiares. 
Depois de algumas trocas de ligações que no começo pareceram apenas com chamadas para um número errado, ambas entendem que estão na mesma casa, em épocas diferentes. Seo Yeon no futuro e Young Sook no passado. E ambas notam que podem ajudar a mudar a realidade delas que é cheia de arrependimentos, dores e perdas.




E é aí, queridos leitores, que tudo começa a ficar conturbado e notamos que é a partir de uma decisão feita sem maiores informações, no calor do momento e um apego pelo desconhecido, que a vida de ambas começa a virar de cabeça para baixo. 

E sim, é complicado demais falar de um filme sem trazer detalhes mais profundos, mas tudo o que eu diga sobre ele irá estragar a experiência de vocês. 
Mas, para usar como exemplo, se lembram do filme Efeito Borboleta, de 2004? Lá já aprendemos que mexer com o passado tem consequências variadas no futuro (ou atual presente, dependendo do ponto de vista). E é aí que o filme tem seu ponto forte, não se apegando ao enredo atual, a realidade, a alguns personagens que vamos conhecendo por cima e identificando a importância deles no presente, especialmente o peso dentro de Seo Yeon que já teve algumas perdas em sua vida.




O diretor Lee Chung-Hyun pega uma ideia de base que já foi usada em alguns filmes e nos traz toda uma tensão diferente, com um tipo de comunicação um pouco menos atual do que a nossa realidade e faz isso com reviravoltas, alguns efeitos especiais que dão um ponto a mais em transições de tempo e, claro, aquela famosa raivinha que sentimos da personagem principal por não conseguir enxergar o todo com mais facilidade e deixar o coração falar mais alto, de forma imprudente. 
E por falar em personagem, o elenco escolhido do filme é sensacional que, mesmo em momentos de realidades diferentes, conseguem contracenar de forma perfeita, nos mostrando suas personalidades mesmo que por pequenas conversas por um telefone.


Mas, não pensem que o filme é totalmente fechadinho e não te deixará questionando. Para mim, uma das melhores partes era analisar, entender, pensar, tentar me colocar no lugar das personagens e pensar em como eu agiria. E sinto que todos que assistirem farão o mesmo. 
Já o final, ele vem com aquela pitada de "será que...", onde temos possibilidades variadas e eu, como uma pessoa que gosta de entender as coisas, acabei pesquisando mais sobre o que outros entenderam do final. Ou seja, vejam, sintam e depois questionem comigo ou outros que possam ver o filme, porque tudo que mexe com realidades em tempos diferentes, traz questionamentos variados e que viram uma bola de neve sem fim.




E ainda assim, o filme foi um ótimo pedido para um sábado a noite e o tempo passou rápido demais. Quando vi, o filme acabou e tive que vir falar sobre ele com vocês. Se gostam de suspense, ainda mais os que mexem com a mente, vejam o filme e venham falar comigo já que tudo rende muita conversa! 


Já viram ou tinham ouvido falar?  Para ver o trailer é só clicar AQUI.




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