I am Not Okay With This (2020)





E vamos falar sobre uma série que, infelizmente, saiu a notícia essa semana que foi uma das escolhidas pela Netflix para não dar continuidade. Ou seja, cancelada depois de apenas uma temporada, I am Not Okay with This já deixa saudades dentro de mim.
Então, para os que buscam séries rápidas, com uma quantidade controlada de episódios e um tempo razoável, continue lendo. A série tem um pouco mais de vinte minutos e a qualidade de roteiro consegue te prender tranquilamente, não deixando aquela sensação de série rápida demais, incompleta ou nada satisfatória.




Seguimos Sydney (Sophia Lillis) em sua adolescência e fica bem claro que, além de já ser uma fase complicada, tudo acaba tendo um peso maior após o suicídio de seu pai e um relacionamento conturbado com sua mãe (Kathleen Rose Perkins). Ainda assim, ela tenta ser uma boa irmã mais velha enquanto descobre como ser alguém na escola e fora dela. 
Sua melhor amiga (Sofia Bryant) começou a namorar um garoto que ela não considera dos melhores, e do nada Sydney começou uma nova relação mais próxima com seu vizinho (Wyatt Oleff) que tem uma personalidade bem interessante. E, apesar de todos esses dilemas diários de uma adolescente que carece de amor familiar... Sydney começa a ganhar poderes que se mostram de maneira inesperada e confusa. 




Dos mesmos produtores de The End of the F****** World e Stranger Things, a série é baseada em quadrinhos e com a rotina dos primeiros episódios, eu fiquei ansiosa em esperar o momento em que o mundo explodiria, ela encontraria mais pessoas como ela e tudo se tornaria um grande misto de x-men com qualquer nova série de super heróis. Porém, com o passar das cenas, conflitos internos e até situações em que a personagem ia parar sem nem esperar por isso... entendi que a série era mais pessoal. 
Ou seja, os poderes que ela vinha adquirindo se tornavam um pequeno detalhe e grande indicador das mudanças internas que a personagem passava, assim como alguns conflitos. Foi fácil notar que eles se manifestavam em momentos de estresse ou tristeza e apesar de ser algo que vimos acontecer em grandes filmes de pipoca de super heróis, o caso aqui era mais... sútil. É quase como ver The Walking Dead e entender que os zumbis são um caso a parte e que o maior problema é o fato de como as pessoas lidam com as outras pessoas quando precisam sobreviver.




Uma série que segue uma linha mais calma, com tudo acontecendo aos poucos e deixa seu ápice de desenvolvimento para os episódios finais. E como eu adorei o final! Uma pena que não teremos uma continuação para entender onde tudo isso irá parar porque sabemos que ao termos algumas respostas, outras perguntas surgem. Sem contar o fato de que Sydney se encontrou em uma situação intensa, onde o que ela sente, quem começa a amar, quem fica ao seu lado e o que ela quer... se juntam para criar um combo de problema. 

Como disse, uma série rápida de ver e que provavelmente teria tido uma continuação bem interessante se esse ano tivesse sido mais leve com as pausas na maioria das produções devido a pandemia. Mas, se ainda tiver interesse em arriscar, digo que vale a pena. Com atuações interessantes, um universo teen clichê e com aquela pitada de fantasia que nos mostra o quanto o que sentimos tem muito mais peso em nossas vidas do que esperamos. 
Sem dúvida valeu a pena!


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