A Sabedoria dos Mortos - Rodolfo Martínez






Sinopse: O maior detetive do mundo e seu narrador mais dedicado. Um manuscrito amaldiçoado composto por um árabe louco. Uma sociedade secreta que reúne eminentes figuras da sociedade inglesa. Uma mensagem cifrada encontrada em um cemitério indígena. Um príncipe que abdicou de seu reino, deixando os círculos místicos europeus em estado de alerta. Todos esses elementos compõem o primeiro volume de Os Arquivos Perdidos de Sherlock Holmes, criado por Rodolfo Martínez, um dos mais importantes nomes da fantasia europeia. Em uma trama de suspense investigativo e aventura sobrenatural, o autor espanhol aproxima a criação máxima de Arthur Conan Doyle do mundo horripilante de H. P. Lovecraft, envolvendo a Ordem da Aurora Dourada, Aleister Crowley e um enigmático monarca, que levarão assombro e misticismo ao universo racional e lógico de Sherlock Holmes e John Watson.


Sempre fui alguém que admirou o personagem do detetive mais famoso do mundo, sabendo sua essência, lendo contos, vendo seriados e filmes e, ainda assim… nunca me aprofundei totalmente em suas histórias. Portanto, é com prazer que eu, Mila, venha contar um pouco mais sobre esse lançamento da editora Avec que, a meu ver, merece mais destaque do que tem tido.

A editora nos traz o primeiro volume da série Os Arquivos Perdidos de Sherlock Holmes, escrito pelo autor espanhol Rodolfo Martínez, que junta o mundo de Arthur Conan Doyle ao mundo de H. P. Lovecraft. Nesse caso, acompanhamos a história pela perspectiva de Watson que, em pleno século XIX, tem escrito alguns dos casos de seu amigo Sherlock em publicações que tem lançado ao longo do tempo.

“Meu querido amigo, nada há de tão perigoso como a própria vida.” 

O livro é dividido em duas partes, sendo elas A Sabedoria dos Mortos e A Boca do Inferno. E, desde o começo, Watson vai nos guiando tanto na personalidade impactante de Sherlock, da mesma forma que divide seus pensamentos e sentimentos. 

O interessante do enredo é que, em meio aos fatos do caso principal que somos apresentados, Watson divaga em questões do passado e presente, reunindo assuntos que talvez alguém com mais familiaridade com os livros e casos do detetive, pudesse se identificar mais.

As páginas são fáceis de ler, com capítulos bem divididos em um livro com um pouco mais de 200 páginas. E pode parecer pouco ao falar dessa forma, mas não. Ambas as partes do livro conseguem nos manter cativados, interessados e perdidos em meio aos pensamentos rápidos de Sherlock e outros personagens altamente notáveis, fazendo com que o livro pareça ter o tamanho ideal para o que se propõe.
Ou seja, além de fatos que Watson nos apresenta nessa mistura temporal, temos vários personagens vindo de outros casos, outras literaturas e que nos deixam de boca aberta.
Novamente, repito que talvez alguém com mais familiaridade com os livros entenda alguns fatos mais rapidamente e até se sinta nostálgico. No meu caso, as vezes ficava confusa e curiosa em saber mais sobre o que era citado, ao mesmo tempo em que tentava juntar todas as peças e descobrir algo.

“Os grandes poderes há muito escreveram o livro de nossas vidas. Se souber ler entre suas linhas, não há surpresas.” 

Tirando esse detalhe, o caso inicial nos prende da mesma forma que prende Sherlock que tenda entender quem é a pessoa se passando pelo explorador norueguês, Sigurd Sigerson que acabou existindo graças ao detetive que, depois de ter sido dado por morto, passou alguns anos vivendo essa nova identidade criada por ele.
Ou seja, uma base simples como um roubo de identidade me levou a uma investigação policial que eu sentia falta em ler. Para os fãs das obras originais do detetive, recomendo que se presenteiem com esse livro que, apesar de eu achar que alguns podem considerar romantizada demais, sem dúvida alguma tem a essência que a maioria das pessoas conhece quando se trata de Sherlock.

Para mim, Watson sempre será um personagem altamente essencial em toda a existência do detetive e o livro, com seu ponto de vista, ganha detalhes importantes, mais sentimentais e que nos apontam vários lados da moeda.
Não quero me alongar e dar detalhes de uma trama que nos dá prazer em ler e ir descobrindo, pouco a pouco, sobre o que se trata. Mas posso dizer de coração aberto que os leitores que amam um bom suspense investigativo, a personalidade sagaz de Sherlock Holmes e gostariam de um livro que seja rápido… leiam a obra. Garanto que se sentirão bem satisfeitos, especialmente porque a editora não poupou esforços em lançar uma edição bem feita, com páginas de alta qualidade e ótima revisão.
Indico com carinho e espero que venham nos contar o que acharam também!

“Não há maior tolo que o homem inteligente que confia demais em sua inteligência, disse-me ele. Mais cedo ou mais tarde, ele cometerá um erro.”

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