Eu sei o que vocês fizeram na Horror Expo.





Olá Amigues da internet, teu miasma favorito, Thiago, lutando contra um apocalipse zumbi e, ainda assim, encontrando um tempo para falar com vocês a respeito da HORROR EXPO 2019 que aconteceu no pavilhão de exposições do Anhembi (em São Paulo/SP), no fim de semana dos dias 18/10 ao  20/10.



Para quem não conhece o evento, a feira propõe uma experiência imersiva no mundo da cultura pop do terror, trazendo para seu evento alguns nomes importantes e algumas boas novidades dentro do nicho, contando com estúdios de maquiagem profissional, pintura corporal, distribuidores de dvds, livros, quadrinhos, shows de bandas dentro da temática, cosplayers, além de atividades que proporcionaram a experiência de ambientação em um cenário de terror.

Nós do Sob Encomenda tivemos a oportunidade de cobrir o evento e presenciamos de perto algumas dessas atividades, e estou aqui para falar um pouco do conceito geral, da organização e do conteúdo da feira.


Sobre o conceito, o nicho em específico tem um público fiel e tem um certo apelo comercial, sim. A ambientação criada pelos expositores foi primorosa. Além de maquiagens e fantasias realistas e apavorantes, também havia um cuidado dos representantes em terem bons produtos em seu acervo. Porém, a infraestrutura da feira dificultou um bocado a ambientação. O espaço do evento não era muito grande, ocupava cerca de ¼ do pavilhão, sendo que a outra metade estava sendo ocupada por um evento de nicho extremamente divergente da Horror Expo...os vizinhos eram a Expo Cristã.



Ainda assim, os expositores da Horror Expo agiram com profissionalismo e empenho para dar aos visitantes o que eles queriam. Porém, não posso dizer que a administração tenha conseguido cumprir com o prometido, talvez pela falta de investimento em divulgação ou talvez pela estruturação do evento como um todo.
A verdade é que apesar do evento possibilitar a artistas e expositores do nicho a exibirem os seus talentos, acervos e produtos, a quantidade de pessoas que frequentaram foi menor do que o esperado.





A infraestrutura em si não ajudou muito também. O evento contava com poucas opções de alimentação e todas elas extremamente caras. Alguns artistas confirmados para painel, fotos e autógrafos não compareceram. Os shows na primeira noite de evento parecem ter agradado o público geral que teve oportunidade de ver bandas que raramente (ou nunca) vieram ao Brasil anteriormente. Porém, a banda de K-pop High School não conseguiu se apresentar na sexta como previsto e sábado o show das meninas acabou subitamente após uma queda de energia. Ainda assim, as meninas tentaram entreter os fãs que tiveram que ir nesse segundo dia para poder vê-las, usando do tempo para tirar selfies, aceitar o celular dos fãs para tirarem fotos de si mesmas e brincar de jokenpô (o famoso Pedra, papel, tesoura) para sortear algumas de suas máscaras, que acabam sendo sua marca registrada.
O evento também contava com um cinema aberto que estava trazendo clássicos para serem assistidos, porém a estreia prévia de Zumbilândia 2 foi cancelada por problemas com o material.




O evento em si foi uma contradição. Por um lado estava maravilhado com tanto potencial e produção do nicho como a Orquestra de Cubatão que trouxe em seu acervo várias trilhas clássicas de terror e talvez tenha sido o ponto alto dos eventos de sábado, além de desenhistas, quadrinistas, escritores, desenvolvedores e produtores todos reunidos mostrando o que tinham de melhor para o público que ama isso.
O conceito do evento é um sucesso já em sua essência, porém a execução técnica deixou a desejar, não só para quem visitou a feira como para aqueles que vieram agregar ao espaço da feira. Ainda que algumas atividades como o furgão que era um escape room, o ônibus mal assombrado e o castelo dos horrores tenham sim sido satisfatórias para o público geral, uma vez que o circuito de atividades foi concluído, a feira perdia o encanto inicial e se tornava tediosa.



Mas quero enfatizar que conceitualmente é um evento genial.
Talvez a falha no marketing tenha sido percebida, pois anunciaram a próxima edição do evento para Outubro de 2020 já agora em novembro de 2019. O que achei um tanto antecipado demais, mas ao menos nota-se que estão tentando se fazer mais presentes e isso por si só já é uma melhora da parte administrativa que, julgo eu, foi o maior problema da feira como um todo.

É isso amiguês da internet, vocês me perguntam “A Horror Expo vale a pena?” e eu digo que  eu gostaria muito que valesse, porém essa edição me deixou a desejar. Torço pela próxima com todo meu coração de fã e espero poder ir de novo para ver de perto as melhorias que faltam para deixar esse evento da forma que seu público merece!



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