Treze (O Anfitrião Apresenta #2) - Duda Falcão





Sinopse: Ao abrir as páginas desse tomo, você encontrará 13 contos de horror, bem ao estilo das antigas narrativas weird. No universo de Duda Falcão habitam monstros antediluvianos, demônios, vampiros, bruxas, feiticeiros e criaturas reanimadas trazidas das garras da morte. Pessoas comuns transitam nesse mundo das trevas, desde estudantes universitários a fotógrafos, detetives despreparados e crianças inocentes. Confira essa obra e trilhe os caminhos inusitados do pulp.

Apesar de ser um segundo volume, como recebi primeiro de parceria com a editora AVEC, acabei lendo de toda forma. O que em nada foi prejudicial já que a obra em si se trata de 13 contos, conforme a sinopse informa.
Foi a primeira vez que tive contato com o autor Duda Falcão e posso dizer que o mesmo possui uma criatividade sem fim, que nos leva para vários mundos, histórias, superstições e mitologia.

Por serem 13 contos bem desenvolvidos, ficará difícil falar de cada um deles. Então, tentei ser mais ampla na opinião.
Fazia um bom tempo que eu queria ler um livro de contos. Primeiro, porque sinto que todo esse ano que passou eu li muito mal, lentamente e precisava de algo que me tirasse desse "tipo de ressaca literária". E imaginei que contos poderiam me ajudar.
Assim que recebi os livros, corri para ler.

Encontramos uma escrita que flui de maneira super fácil. Duda não peca ao nos dar detalhes das cenas, porém faz isso de jeito ágil, rápido, que não peca ao falhar ou deixar excessos. O que me fazia ler os contos com uma rapidez anormal, ainda mais por todos eles me fisgarem desde o começo.
Se o autor teve um bom ponto com seus contos de suspense, terror e mistério...foram os assuntos e a maneira como todos eles eram desenvolvidos.
Em alguns contos já íamos aos finalmentes logo de início, entendendo o que havia de "ruim" na trama e ansiosos por um fim....feliz. Finais que dificilmente aconteciam e eu acho ótimo.
Em outros contos, o processo vinha aos poucos, nos dando pequenas respostas e nos fazendo ansiar por mais.

" Nada poderia absolvê-lo dos terríveis pecados cometidos. Nenhuma lei humana seria suficiente para puni-lo de forma adequada. Perturbado por aquelas ações irracionais, quando teve um breve lampejo de razão, entrou no mar procurando por algum tipo de redenção. O mar, talvez, lavasse os seus crimes extirpando-o daquele mal que agora o assolava. A morte mostrava-se como a única solução para os seus atos ensandecidos."


Claro que alguns contos me chamaram mais atenção do que outros e, por serem contos com um começo, meio e "fim", eu ainda tive que ser forte, trabalhar minha mente e aceitar que o final era aquele.
Acho que estar acostumada a ler livros mais desenvolvidos ou seres enormes, me acostumaram mal. E toda essa diferença em ler um conto é algo que aprecio e que precisava.

Posso finalizar dizendo que o autor conseguiu deixar referências muito boas ao estilo, apesar de eu ainda estar crua no assunto e querer buscar mais informações. Da mesma forma que a escolha do nome para o livro é algo que eu soube apreciar. Especialmente por toda a superstição quanto ao número, finalizando com um conto de mesmo nome.
E não deixaria de citar a ilustração da aranha que começa mais no topo direito da página e, ao longo do livro, vai descendo. Passar os dedos pelas páginas é ser agraciado com uma pequena animação flip book e amei a ideia.

Para quem ainda procura mais autores nacionais para conhecer e que não tem receio em ler histórias um pouco mais intensas, com sua dose de terror.... indico com toda a certeza. Como citei a cima, a leitura é rápida e nos prende com facilidade. Amei!

''Tentei mostrar um pouco do que vejo nos meus sonhos. São abismos. Abismos cósmicos e oceânicos. Abismos insondáveis. De profundidade infinita e misteriosa. Abrigam criaturas que nossa vã filosofia não consegue explicar ou suportar (...) Aquele abismo estelar e aquela coisa sem nome não passavam de um pesadelo, foi o que decidi afirmar para minha consciência abalada.''

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