Prodigy - Legend #2 - Marie Lu




Sinopse: Depois de escapar dos militares da República, em Los Angeles, June e Day chegam a Las Vegas no momento em que algo inesperado acontece: o Primeiro Eleitor morre, e o filho dele, Anden, assume o comando da nação.
Com a República da América à beira de um colapso, os dois se unem ao grupo de rebeldes conhecidos como Patriotas. Dispostos a ajudar Day a encontrar Éden, seu irmão caçula, e a levá-los em segurança até as Colônias, os Patriotas têm apenas uma condição: June e Day devem assassinar o novo Eleitor.A eles é dada a chance de mudar a nação, de finalmente dar voz ao povo, que viveu tempo demais em silêncio. No entanto, quando June descobre que o atual Eleitor não é o ditador que o pai dele fora, ela se vê atormentada por suas escolhas. E se Anden significar um novo começo para todos? E se uma revolução for mais do que simplesmente perda e vingança, fúria e sangue? E se os Patriotas estiverem errados?No aguardado segundo livro da trilogia Legend, considerada por público e crítica internacional uma das melhores distopias já publicadas, Marie Lu presenteia o leitor com um thriller magistral. A intensidade que impõe a seus personagens é de tirar o fôlego. Prepare-se para muita ação e fortes emoções do começo ao fim.

Avisando que a resenha é sobre o segundo volume da série, ou seja, conterá spoilers.

O livro começa exatamente onde o primeiro nos deixou. Dentro do vagão de trem que tiraria Day e June de Los Angeles, direto para Las Vegas. Ambos tem a ideia de continuar tentando contato com os Patriotas que os ajudaram antes e assim, quem sabe, ajudar a tirar o irmão de Day, Éden, das mãos da República.
Porém, enquanto estão fazendo isso, o destino próximo enquanto Day tenta se manter inteiro já que está com um ferimento bem sério em sua perna, o Eleitor morre, deixando seu filho, Anden, no poder.
E é nesse momento, com June disfarçada e tentando contatar os Patriotas que Kaede novamente os encontra, os levando até o líder dos patriotas.
E é bem aí que muitas descobertas são feitas, assim como favores vão sendo trocados e June se vê dentro de um plano novo, onde deveria se entregar, se infiltrar de novo na República pedindo perdão e se aproximar de Anden, já que são velhos conhecidos do passado.
Tudo isso para que os Patriotas possam matar Anden, que já está com um governo instável e conseguir realizar a tão esperada revolta e mudança no poder.

"Basta que uma geração faça uma lavagem cerebral num povo para convencer as pessoas de que a realidade não existe."

Estou evitando muito contar muita coisa, mas podemos dizer que o livro segue o estilo do primeiro, variando os capítulos entre os dois personagens. Seguimos Day, com toda a vontade desesperada em resgatar seu irmão e fazer de tudo para conseguir isso, até abrir a mente para deixar June ir e se entregar, enquanto tenta manter Tess perto dele também.
Por falar em Tess, a garota agora trabalha e treina com os Patriotas, com o objetivo de se tornar uma boa médica e tem se virado muito bem. Sem contar que está mais crescida, chamando atenção e deixando alguns garotos irritados com Day já que Tess parece criar um outro tipo de interesse pelo amigo.
E, do outro lado, seguimos June que se vê em um novo plano, que a mantém focada e muito nervosa já que tem que oltar a ver Thomas, responsável pela morte de seu irmão, a Comandante Jameson e todo um mundo que ela deixou para trás por ter descoberto verdades demais.

E obviamente a aproximação de June começa a mostrar mais uma outra verdade. A garota começa a notar que o novo Eleitor não é em nada como o seu pai e parece ter uma mente que busca por melhoras e mudanças importantes. Do tipo que ela mesma gostaria de fazer e que sabe que apenas alguém já no poder conseguiria realizar. Então, isso começa a mexer com sua mente, a deixar com sentimentos mistos e querendo seguir muito seus instintos.

Pronto. Chega de contar tanto do enredo.

Esse segundo livro tem um ritmo um pouco lento no começo, com explicações demais por parte dos Patriotas, uma recuperação não tão lenta de Day, mas que serviu de gancho para mostrar como a relação dele com June e Tess estava. O que é bem importante para todo o desenvolvimento dos personagens, de todos os lados.
Mais para o meio, o livro começa a acelerar mais, com June longe dos Patriotas, vamos começando a sentir toda aquela tensão de quem sabe que nada ali dará certo.
Dito e feito.
O final é levado de jeito intenso, com mais ação, que acaba compensando algumas páginas bem mornas durante o tempo que June parece tentar convencer Anden.

“Anden pode ser o homem mais poderoso da República, mas Day, o garoto das ruas que não tem nada além da roupa do corpo e da seriedade no olhar, é o dono do meu coração.
Ele é tudo o que é belo.
Ele é o raio de esperança em um mundo de escuridão.
Ele é a minha luz.”


O bom do livro é que ele ainda tem uma base política muito grande, em que o genero de distopia se faz bem notável, onde os mais fortes ainda tentam guiar tudo como bem quiserem, cometendo erros e jogando a culpa nos mais fracos ou em uma minoria que consideram fraca.

Admito que não sei se é melhor que o primeiro, pois os questionamentos e respostas acabam vindo quase na mesma proporção.  E o final de ambos nos faz ter a certeza de que a solução não está tão próxima assim e o livro seguinte será de tirar o fôlego.

Marie Lu tem uma escrita bem tranquila, detalhada nos momentos certos e que não é em nada cansativa, mesmo com o ritmo lento em alguns momentos.

Se procura um livro que tenha um pouco de romance, mas que isso não seja nem de perto tão importante quanto mudar um mundo ruim e cuidar de quem você ama. Se procura ação e descobertas que te deixam querendo mais, esse livro é totalmente para você.
E seguirei ansiosa para terminar a trilogia =D

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