The Last Tycoon (2016)




Sinopse: A ascensão do primeiro grande magnata do cinema, Monroe Stahr, que tem que desafiar seu mentor para chegar á liderança do estúdio onde trabalha. Baseado no último romance inacabado de Francis Scott Fitzgerald, que se inspirou na vida de Irving Thalberg.

Dessa vez, vamos falar de uma série que demorei um pouco para finalizar, mas vale como indicação para quem gosta do gênero.
The Last Tycoon é uma série de 9 episódios, lançada pela Amazon e que tem como base um dos livros do autor F. Scott Fitzgerald, O Último Magnata. Não poderei falar sobre o livro em si, já que não o li ainda, então será uma crítica apenas do seriado.

De começo já vale citar que a série se passa em 1930, com um figurino incrível, ótima trilha sonora e um elenco muito bom.
Seguimos a trajetória de Monroe Stahr, interpretado por Matt Bomer, um executivo de Hollywood que está sempre procurando pelo roteiro perfeito, para produzir um filme mais incrível ainda. Porém, com esse desejo ele acaba criando alguns problemas de convivência com o dono do estúdio, Pat Brady, interpretado por Kelsey Grammer.  Enquanto um tem um pé mais artístico, o outro acaba se tornando mais ambicioso, sempre preocupado e focado nos lucros.




Admito que foi uma série que demorei um tempo para ver, especialmente por não gostar de maratonar.
Cada episódio tem um pouco mais de 50 minutos, então preferi assistir com calma. Os episódios tem aquele clima de filme, onde os detalhes são bem colocados e as relações vão crescendo durante toda a trama.
Uma pequena falha que notei ao longo da série foi a necessidade de tentar mostrar sensibilidade em alguns momentos. Algo que poderia ter sido mais natural, acabava fazendo do drama sempre o ápice dos episódios, onde todas as falas, momentos e até trilha pareciam mostrar que aconteciam apenas para comover o telespectador.
Ou seja, vários episódios (ainda mais no começo) são repletos de drama imposto que nem sempre nos toca ou nos faz criar empatia pelos personagens.





E claro, vale citar a atriz Lily Collins que faz o papel da filha do dono do estúdio, Celia, que com todo o nepotismo básico da época (e que sabemos que sempre irá existir), conseguiu um papel no estúdio. Claro que a garota tem seu mérito, mas somos apresentados à ela como a garota que tem admiração e um amor platônico por Monroe, querendo se casar com ele como um sonho de adolescente. O bom é que, de alguma forma, a personagem acaba tendo um pequeno desenvolvimento ao longo dos episódios, crescendo sentimentalmente e profissionalmente, saindo daquele clichê chato de garota que dá em cima de um homem ao qual ela admira, mas que tem olhos para outra mulher.

Falando em outra mulher, Monroe é totalmente fisgado pela garçonete (oh well...) Kathleen Moore, interpretada por Dominique McElligott, que acaba lembrando muito sua falecida amada. E é mais esse relacionamento que acaba tomando um espaço nos longos episódios que abordam a busca pelo filme perfeito, o amor por uma mulher que parece alguém que Monroe já amou, e toda a ambição de Pat por mais dinheiro.





Ah, vale citar que toda essa trama se passa em uma época intensa, onde os nazistas acabam tendo uma influência maior em tudo, porém.... só a cito agora porque é uma trama que foi deixada muito de lado e mal explorada.
Novamente, não sei se o livro acaba abordando mais esse tema, mas teria sido um tanto mais interessante ver isso como um problema no dia a dia da equipe, além dos pequenos dramas que parecem dominar a rotina dos personagens, até com um diretor alemão.






No todo, a série me agradou e me distraiu enquanto a via. Apesar de alguns clichês e momentos que poderiam ter sido mais trabalhados, o elenco é muito bom e a produção é incrível. Porém, a série da Amazon não passou da sua primeira temporada.

Caso não se importa em ver algo cancelado, apenas pela experiência (assim como eu), ou se já leu a obra e não fazia ideia da existência do seriado, recomendo que se deixe levar por uma época passada e um roteiro com um drama básico ;D






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