A definição de satisfação com o final de Grancrest Senki!




Anime: Grancrest Senki
Genero: Ação , Drama , Fantasia , Romance
Autor: Ryou Mizuno
Direção: Shinichi Omata
Estudio: A-1 Pictures


Sinopse: Em um continente governado pelo caos, os Nobres têm o poder de um selo sagrado que pode acalmar o caos e proteger as pessoas. No entanto, antes que alguém perceba, os governantes deixaram de lado seu credo de purificar o caos e, em vez disso, começam a lutar uns contra os outros pelos selos sagrados uns dos outros para conquistar os domínio dos demais. Siluca Meletes, uma maga isolada que despreza os Senhores pelo abandono de seus credos e um cavaleiro errante chamado Theo, que está em uma jornada para libertar sua cidade natal, fazem um juramento eterno para trabalhar juntos e reformar este continente dominado por guerras e caos.


Existem alguns animes que surpreendem de diversas formas. Eu, como um bom nerd jogador de D&D, sempre tive uma quedinha pelas fantasias medievais. Então, quando vi a princípio o título de Grancrest Senki meu sentido aranha apitou e comecei a acompanhar o anime já com uma certa expectativa.


Grancrest tem um equilíbrio interessante entre ação e política o desenvolvimento do protagonista o cavaleiro errante, Theo, que adota o sobrenome nobre de Cornaro para iniciar sua campanha, é bem trabalhado.
O personagem ganhou a minha simpatia pelas ações, uma em especial, mas eu vou falar dela logo mais.


















Além dessa intriga política por parte de nobres tendo de lidar com outros nobres, a logística da guerra que está em andamento entre as principais facções torna a dinâmica de batalhas do anime interessante. E dentro disso existe a magia e, ela ter sido utilizada de forma inteligente para virar a mesa do campo de batalha, me remeteu bastante a jogos de fantasia medieval como Fire Emblem, o que para mim é um elogio pois sou fanboy da franquia!





A história acaba chamando atenção em várias frontes, seja em algumas lutas muito bem animadas ou na ascensão da campanha do herói ao manter uma consistência, entregando algumas reviravoltas e intrigas que deixam os espectadores interessados na obra.
Apesar de talvez falhar em criar momentos de grandes emoções, existem passagens impactantes e até intensas, mas nenhuma cena, diálogo ou batalha que me arrematasse totalmente. Talvez isso seja devido a terem adaptado 10 light novels em 25 episódios, sendo que o que geralmente acontece é a adaptação de 4 a 5 light novels para essa quantidade de episódios. Como o número foi basicamente o dobro, fica evidente que a obra foi corrida.
Pessoalmente acho que não afetou muito a qualidade e o produto final, mas talvez com um pouco mais de tempo algumas batalhas poderiam ter sido melhor construídas e o intervalo entre clímax poderia favorecer em criar certa comoção.

Os demais nobres da obra acabam ficando em segundo plano, mas muitos ganham destaque. Eu pessoalmente tenho um apreço pela Lady Edokia. Acho que por todo o significado que a nudez adquiriu para seu governo (Não, não é o que vocês estão pensando… Ao menos não totalmente!), mas alguns nobres ganham seus destaques em batalha, outros acabam servindo mais como figuração. De uma forma ou de outra, existe um certo desenvolvimento dos coadjuvantes.





Porém o que realmente me ganhou em Grancrest foram as atitudes de Theo, não só como Nobre, mas como Humano, e não falo isso pela benevolência ou coisa do gênero, não, é que eu sou um romântico incurável e ver um protagonista decidido com relação aos seus sentimentos e tomar iniciativa, é uma raridade bem singular!
SIM! Temos um romance desenvolvido e fechado nesta obra, o que a fez ganhar vários pontos em meu ranking pessoal!
Theo não só confessa seu amor por Siluca, como a pede em casamento. E talvez um dos melhores momentos do personagem em termos de diálogo, seja nesse ponto onde ele pede sua mão.


















O amor entre eles também têm suas influências na história. Em uma negociação que Theo faz com a líder da facção que enfrenta, ele questiona os sentimentos dela a respeito do líder da outra facção (sabendo que ambos se amam porém se enfrentam pela obstinação dela em cumprir com seu dever como líder). O diálogo se encerra e quando Theo volta a seu posto junto de Siluca, ele a beija em frente ao seu exército e os induz a gritar “Pelo bem do amor deles”, uma provocação nítida a líder com quem ele acabara de negociar.




O Anime foi uma agradável surpresa para 2018.
O estúdio A-1 possui bons animadores, porém apesar da qualidade de animação em algumas batalhas, também existe uma inconsistência na animação, isso é, eventualmente em alguns ápices havia uma certa deformação no design de personagens. Pode ter sido descaso do diretor responsável ou apenas opção de ter deixado o traço do artista convidado ter o traço dominante na cena. De uma forma ou de outra, isso não muda o fato de que a animação fica inconsistente, isso não quer dizer que seja mal animado, apenas que há mudanças bruscas no traço em determinadas cenas.








A trilha sonora é mediana e não me marcou muito.
Algumas cenas eram bem construídas em termos de fotografia.
O roteiro e o diálogo são os grandes destaques. Como eu disse acima, a adaptação corrida e comprimida de 10 volumes de Light Novels em 25 episódios pode ter prejudicado um pouco o desenvolvimento da história, mas não existem furos ou inconsistências no roteiro. O final amarra todas as pontas e consegue apresentar ótimas justificativas e até uma reviravolta interessante.

O Anime ainda guarda algumas críticas à estrutura acadêmica e religiosa, mas talvez não caiba aqui explanar muito sobre isso a nota final é um 7/10

Acho que é um anime que exige um pouco de paciência em alguns aspectos e atenção na parte política. Não chega a ser um Guerra Dos Tronos, mas o teor puxa um pouco para esse tipo de obra.
Fica a recomendação para quem quiser encarar uma boa aventura épica medieval!





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