Orgulho, Preconceito e Zumbis (2016)





Sinopse: Um surto de zumbis se abateu sobre a Terra nesta releitura do conto clássico de Jane Austen que trata das relações e enlaces amorosos entre amantes de diferentes classes sociais na Inglaterra do século XIX. A resoluta heroína Elizabeth Bennet (Lily James) é mestre em armas e artes marciais; e o belo Mr. Darcy (Sam Riley) é um feroz assassino de zumbis e símbolo máximo do preconceito inerente às classes superiores. Mas à medida que o surto zumbi se intensifica, os dois devem deixar o orgulho de lado e unir forças no campo de batalha encharcado de sangue, a fim de acabar com o exército morto-vivo de uma vez por todas.


E apesar do grande clássico tanto literário quanto cinematográfico (com todas suas versões), venho confessar que jamais li ou vi qualquer coisa relacionada a Orgulho e Preconceito. E o por quê disso? Bem, meus caros, eu sempre quis ler o livro antes de me deixar entregar por qualquer filme ou série e.... acabei atrasando isso mais do que gostaria.




Porém, agora em 2016 tivemos a adaptação do livro de 2010 lançado pela editora Intrínseca: Orgulho, Preconceito e Zumbis. Eu também não li o livro, mas sou daquelas pessoas que é muito atraída por qualquer coisa que envolva zumbis. Sendo uma adaptação, temos as grandes diferenças onde as irmãs Bennet são praticantes de artes marciais. Destaque para Elizabeth que treinou lindamente na China, em um templo Shao Lin. E claro que o treinamento não foi feito de graça. Tudo foi muito bem incentivado pela praga em massa que transforma pessoas em zumbis famintos.



Como não conheço a obra original (e novamente reconheço uma grande falha minha. Perdão, mundo.), não serei capaz de fazer as devidas comparações. Li algumas críticas e sei que muitas insistem em dizer que o roteiro foi muito bem adaptado, prezando em deixar vivos momentos muito bem conhecidos pelos fãs de Jane Austen, Uma autora que é conhecida pelos personagens muito humanos, romances super bem elaborados e algo totalmente atemporal.



Então, tivemos um diretor considerado novo nos meios hollywoodianos ( já que esse foi seu quarto filme), Burr Steer, sendo responsável pela adaptação de um livro adaptado. É, confuso. Porém, o diretor faz um bom trabalho dosando comédia, ação, romance e boa jogada de câmeras. Tirando um fator pessoal onde achei que muitas das lutas tinham movimentos muito mecânicos e ensaiados, o que sempre me faz perder o ânimo, o filme tem um ritmo bom, não se tornando tedioso em momento algum.


A fotografia do filme ficou nas mãos de Remi Aderafarasin, de Match Point, e a trilha sonora feita pelo espanhol Fernando Velásquez. O filme todo é super bem feito e acho que nenhum dos efeitos se tornou absurdamente exagerado, como acontece com muitos dos filmes que abordam zumbis. O elenco em si também foi um outro ponto positivo, ainda mais para Elizabeth, interpretada por Lily James, a mesma que fez a última adaptação de Cinderela. Lily faz um bom papel como uma personagem forte, irônica, engraçada e romântica.
E, apesar de voltar a dizer que não posso fazer comparações, é evidente que muitos não gostam de comparar o Sr. Darcy do Colin Firth, com o da adaptação em questão, interpretado por Sam Riley. Mas, pelo pouco que sei do personagem, Sam consegue deixar a essência do mesmo em evidência perfeita =D
Quanto a relação dos dois personagens, sei que é algo memorável nas obras originais, mas sinto que no filme (talvez pelo elenco ou roteiro), não teve tanta conexão e não pude me importar tanto com os dois juntos. Oh well...



Admito que esperava um filme um pouco mais sério, apesar de toda a dosagem de vários momentos diferentes não me incomodar. Não considero também um filme que tenha zumbis suficientes para o meu gosto, mas acho que é uma adaptação que pode ser vista em qualquer momento. E por ter tanta mistura de elementos, acho que é um filme que nos distância um pouco das coisas, sem nos deixar conectar profundamente com tudo. Ainda assim, divertido e interessante, com personagens femininas fortes, a sua maneira =D


Para ver o trailer do longa, clicar AQUI


Mila Morelli


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