Sala Verde (2015)





E vamos falar sobre um filme que saiu entre esse ano e o passado. Green Room ( Sala Verde, aqui no Brasil), segue a trajetória de uma banda punk chamada, Ain't Right. Entre indas e vindas de show, eles tem a chance de tocar para um grupo de neonazistas, conseguindo um bom dinheiro em troca. Claro que suas músicas possuem algumas letras que não agradam ao público. Com o término da performance, os integrantes da banda compostos por Pat (Anton Yelchin), Tiger (Callum Turner), Sam (Alia Shawkat) e Reece (Joe Cole), se preparam para ir embora. Pat volta para buscar o celular de Sam quando entra em uma sala verde onde encontram uma garota esfaqueada e a amiga dela (Imogen Poots), claramente com medo e encurralada. E é ai onde tudo começa. O gerente do local, interpretado por Patrick Stewart fica responsável em cuidar do destino das testemunhas do crime.



O filme é tenso em todos os momentos. É evidente que nada de bom vai sair daquilo, por mais que os funcionários tentem manter a banda toda dentro da sala, alegando que irão chamar a polícia. E, mesmo presos na sala durante parte do filme, com um dos funcionários do local, o roteiro mantém aquele tom de surpresa, onde qualquer coisa pode acontecer. Tanto dentro quanto fora da sala, situações vão se desenrolando e fui pega de surpresa com a grande maioria.



O filme nos dá algumas coisas boas ao nos deixar saber o que os funcionários planejam, que toda uma grande maldade irá acontecer enquanto os jovens dentro da sala só sabem que as coisas estão saindo de controle.
O conceito do filme é simples. Um lugar com uma situação ruim onde pessoas precisam escapar. E, apesar do filme ter um ou outro momento de pausa para respirar, é bem difícil perder o ritmo de tensão e expectativa.

Anton Yelchin acaba tendo um bom destaque, o que só me faz lamentar que sua vida tenha terminado tão cedo, ainda esse ano. Imogen Poots, que venho admirando cada vez mais, também tem um ótimo papel ao lado do ator. Alguns personagens não acabam tendo tempo suficiente para entrar em uma lista de amor ou ódio, mas podemos notar a personalidade de cada um deles quando são testados para sobreviver.



Jeremy Saulnie, o diretor, fez de um filme com um orçamento pequeno, mas que satisfaz quem procura algo com suspense, que leva o ser humano a fazer de tudo para sobreviver, enquanto o outro lado faz de tudo para matar. As cenas são bem gráficas, deixando toda a tensão bem real. Vale notar que toda a fotografia e cores usadas nos fazem sentir tão inquietos quanto os personagens presos.

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