Dark Fae || Caroline Peckham & Susanne Valentin

Bem-vindo à Academia Aurora, onde o aprendizado tem o cheiro de sangue e a vida acadêmica é uma luta pela sobrevivência, moldada e controlada pelos punhos de ferro de gangues sobrenaturais rivais. Este não é um campus para os fracos. Envolto em mistérios, boatos de sacrifícios e mortes inexplicáveis, Aurora é um labirinto sombrio onde a luz do conhecimento foi há muito contaminada.

É para este purgatório disfarçado que uma variedade de seres sobrenaturais, de fae a vampiros, é enviada. Eles buscam aprimorar seus poderes, mas o preço pode ser a própria alma. Adentre os portões e sinta o ar pesado: nesta instituição dividida, a única regra é o poder, e cada sombra esconde um segredo ou um assassino.


Sinopse: Elise Callisto não busca conhecimento, ela busca justiça. A morte de seu irmão, Gareth, foi silenciada como um acidente, mas ela sabe a verdade: ele foi assassinado. Sua única pista? O culpado é um dos poderosos "Reis" que governam a sombria Academia Aurora. 

Para encontrá-lo, ela se matricula na instituição que ceifou a vida de Gareth. Em um campus onde poder é moeda e lealdade é rara, Elise é uma estranha, uma predadora disfarçada. Seu juramento é simples: Não importa o quão intocável, quão temido ou quão soberano seja esse Rei, ela vai descobrir sua identidade e, custe o que custar, irá fazê-lo pagar.

"Droga, eu amo o som de gritos ao luar."


Percepções: Neste volume de abertura da série Ruthless Boys of the Zodiac (totalizando cinco volumes que prometem ser pura obsessão), Peckham e Valentin nos agraciam com uma romantasia sombria que não pede permissão para adentrar na pele.

Aqui, não há personagens com armadura brilhante ou cavalos brancos. Todos são Fae, o que significa que o universo é regido por uma única e brutal verdade: os mais fortes sempre tomarão o que queremSem desculpas, sem ressentimentos, sem moralidade frouxa. É o poder cru e sedutor que governa cada corredor, cada coração e cada destino em Solaria. 

Em suas 538 páginas, Dark Fae prova que as autoras não têm pressa. E é justamente nessa cadência, que alguns podem vir a chamar de lentidão, que reside o maior poder da dupla: uma escrita viciante que nos prende à trama e ao seu mundo fantástico. 

Este primeiro volume é uma imersão profunda e detalhada, priorizando as interações e a construção paciente de personagens. É um banquete narrativo onde ansiamos por mais, mesmo que isso signifique que os objetivos principais sejam perigosamente colocados em segundo plano. O resultado é uma leitura irresistível que, por vezes, perde o foco dinâmico em prol da tensão sexual e da química entre os personagens. Então, se você busca resoluções rápidas e mistérios desvendados no primeiro ato, Dark Fae pode ser um pouco frustrante.

Com pontos de vista alternados entre Elise e seus alvos, os temidos Reis, a história se aprofunda na psique de cada personagem. Através de seus olhos, desvendamos as camadas complexas que compõem suas identidades e, o mais importante, descobrimos o que realmente se esconde por trás de cada sorriso frio e arrogante.

Mas é nas migalhas do passado, nas visões de Gareth, que a verdadeira tensão reside. Seus pov's são pistas dolorosas, guiando-nos lentamente ao mistério que cerca sua morte. Motivados por verdades e erros, seus segredos revelam a sombria filosofia desta saga: mesmo as pessoas mais íntegras podem cometer erros fatais. Aqui ninguém é apenas bom ou mau. A verdade é um mosaico de falhas, motivações desesperadas e escolhas que podem custar a vida.

Quanto a Elise, bem... Ela é a prova viva de que as aparências enganam. Logo nos primeiros capítulos, ela superou todas as expectativas que tive, revelando a crueldade que uma garota pode ter quando busca vingança pela morte de seu irmão. Com uma personalidade forte, sem espaço para hesitações ou melindres, Elise captura nossa atenção com uma atitude inabalável. Ela não pede desculpas pelo caminho destrutivo que toma, nem perde tempo com lamentações desnecessárias. Ela não é a vítima, é a caçadora. E sua implacável determinação a torna uma força perigosa.

O verdadeiro clímax da história reside em uma dinâmica central: a perigosa interação de Elise com os quatro reis da Academia Aurora. 
Conforme ela se aprofunda na teia de vingança, nós, leitores, somos apresentados à ordem sobrenatural, às personalidades dominantes e aos problemas de cada um desses poderosos seres. Com cada página, desvendamos suas complexas motivações e as razões que cada um deles teria para assassinar Gareth.

Enquanto tentamos encaixar as peças do quebra-cabeça e descobrir o culpado ao lado de Elise, algo mais inesperado acontece: começamos a nos apaixonar por cada um deles. 
É uma tensão deliciosa e insuportável: torcer para que os personagens em questão não sejam o assassino. Porque, sinceramente? Com quatro homens tão irresistíveis, escolher entre o amor e a justiça será o verdadeiro preço dessa vingança.

O final deste primeiro volume me capturou de jeitoA jornada de vingança de Elise revelou um caminho muito mais nefasto e perigoso do que poderia prever. Nossa protagonista, que pensava estar caçando, acabou encontrando um vespeiro de segredos que talvez devesse ter deixado intocado.

Se você tem problemas com cliffhangers que tiram o fôlego e causam palpitações, considere-se avisado: tenha o segundo livro em mãos. Porque assim que a verdade for revelada, você vai implorar pela continuação.

Disponível em inglês; 𝐷𝑎𝑟𝑘 𝐹𝑎𝑒 é misterioso, sedutor e incisivo na medida certa. Se você procura algo que misture gangues, seres sobrenaturais e romance com uma química assombrosa, este livro precisa entrar na sua lista de leitura imediatamente.

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