Until Dawn: Noite de Terror || 2025
O terror que se repete em uma noite que nunca acaba, repleta de caminhos sem alternativa...
Olá, amores! Mila aqui e falarei sobre um filme que surgiu recentemente. Until Dawn: Noite de Terror, disponível na HBO Max, conseguiu criar uma experiência que funciona de forma super envolvente mesmo para alguém que, como eu, nunca jogou o jogo.
A trama acompanha Clover (Ella Rubin), e seu grupo de amigos que chegam ao local onde a irmã dela, Melanie (Maia Mitchell), desapareceu. Presos em um looping temporal durante uma tempestade, eles enfrentam mortes brutais, aparições sobrenaturais e a constante sensação de que cada decisão pode mudar tudo. Diferente de filmes com volta no tempo que falei há um tempo atrás (que vocês podem conferir aqui), a cada vez que morrem, eles recomeçam a noite e esse mecanismo, que poderia se tornar repetitivo, é explorado de maneira inteligente, mantendo a tensão bem viva na narrativa.
A direção é de responsabilidade de David F. Sandberg, já conhecido por criar atmosferas de terror bem direcionadas (como Quando As Luzes se Apagam). Ele acerta em cheio ao equilibrar sustos clássicos com o famoso horror psicológico. A ambientação lembra os slashers dos anos 2000, com uma cabana isolada e um grupo de jovens tentando sobreviver em meio a escolhas difíceis. Ainda que os clichês do gênero estejam presentes, isso ajuda com o desenvolvimento da tensão, sem se tornar previsível demais. O gore (subgênero do cinema de terror que, deliberadamente, se concentra em representações gráficas de sangue e violência) aparece em momentos pontuais, mas é a sensação de repetição sem saída e do medo crescente de falhar novamente que me prendeu de jeito.
O elenco entrega performances convincentes, tornando fácil torcer por sua sobrevivência. Os personagens secundários seguem arquétipos conhecidos, mas não deixam de carregar uma certa empatia, e suas mortes, mesmo esperadas, não deixam de causar impacto. Há momentos em que os conflitos emocionais parecem exagerados (para mim, especialmente sobre a amizade que dizem ter), mas isso também contribui para reforçar a vulnerabilidade do grupo em uma situação simplesmente absurda.
O final, sem revelar demais, traz uma resolução coerente para o mistério do loop e ainda deixa tem uma conexão com o universo do jogo, já que descobri isso com a figura enigmática do Dr. Hill. É um desfecho que respeita a jornada e, no fim, Until Dawn é um filme que sabe o que quer entregar: um terror de sobrevivência que mistura elementos clássicos e modernos sem precisar depender do material original.
Não é um filme feito para quem busca apenas sustos fáceis. Ele é ótimo para quem gosta de tramas em que o ambiente se torna tão ameaçador quanto qualquer criatura, e também para aqueles que apreciam histórias que se constroem em camadas. Mesmo quem nunca encostou no jogo original (como é o meu caso) pode se surpreender com a atmosfera sufocante e a forma como o filme transforma a repetição da noite em metáfora para traumas, escolhas e sobrevivência. Ao terminar, fica a sensação de que o verdadeiro terror não está apenas no que se esconde na escuridão, mas no peso de reviver eternamente aquilo que mais tememos.
Curiosos? Segue o trailer:




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