Sob a Luz da Lua - Mika Yamamori
Sinopse: Yoi Takiguchi é uma garota que, graças ao seu jeito de se portar e à sua esguia e bela aparência, é chamada de “príncipe” pelos colegas. Por sempre ser comparada aos mocinhos dos mangás de romance, a jovem cresceu com sentimentos conflitantes em relação a isso. Certo dia, ela acaba trombando com Ichimura, o outro “príncipe” da escola. No começo, Yoi tem uma péssima impressão sobre ele - muito por conta do jeito mal-educado do rapaz, bem longe de se comparar a um príncipe. No entanto, algo inesperado acontece e o que Yoi fará ao ser vista como quem é de verdade pela primeira vez?
Cheguei até essa preciosidade assistindo ao vídeo do meu amigo, Marcel Kosugi, que também é criador de conteúdo. Fiquei mais que encantada com a história, então corri atrás de conferir de perto o lançamento. O mangá é de impressão básica, que me lembrou os volumes que colecionei quando mais nova, eu amo as edições diferentes que vem saindo, mas as vezes, nós só queremos aquele bom e velho capa simples, marcador encartado e folhas num papel mais comum, com cheirinho de tinta fresca.
Se prepare para conhecer Yoi Takiguchi, uma garota que, graças ao seu jeito de se portar e à sua aparência esguia e bela, é chamada de “príncipe” pelos colegas. Por sempre ser comparada aos mocinhos dos mangás de romance, a jovem cresceu com sentimentos conflitantes sobre isso.
Seu mundo acaba virando do avesso quando ela conhece Ichimura, o outro "príncipe" da escola. Um garoto que, para ela, soa mal-educado e está bem longe de ser um príncipe.
O choque de Yoi é descobrir que pode ser vista como é de verdade, uma garota, e não como o “príncipe” que os outros enxergam. O mais inesperado, no entanto, é que essa pessoa é nada mais, nada menos que o próprio Ichimura.
O primeiro volume deixa claro um dos temas centrais que a série vai tratar, que é a identidade. Yoi é uma jovem bonita, mas por ser alta, ter feições menos femininas e um corpo esguio, é tratada não como “uma das garotas”, mas sim, “um dos garotos”. A autora consegue transmitir o incômodo que a jovem sente ao receber chocolates no dia dos namorados por parte das garotas e também sendo motivo dos sussurros e suspiros nos corredores. O casulo que a própria personagem construiu aceitando ser encaixada nesse papel por educação e polidez começa a se desfazer aos poucos, tornando a trama mais bela ainda.
Quando vemos Ichimura entrar em cena, o leitor entende de cara o que está acontecendo, mas a personagem não. É lindo ver como a inocência é representada pela autora, a maneira como o conhecer alguém e o se interessar é retratado. Mika Yamamori consegue criar uma atmosfera que nos deixa concentrado, com aquela felicidade e interesse pelo casal, desejando mais e mais da história.
Voltar a ler mangá foi uma atividade prazerosa na pausa dos estudos, ler uma história tão doce e agradável foi ainda melhor! Gostei demais da trama, mesmo entendendo que não é algo que vai agradar todo mundo. Por muito tempo, mangás shojos foram lidos pelo público como “para garotas”, mas na verdade, representam um gênero que fala de inocência, romance, amizade e identidade.
Inclusive, essa é uma história que coloca o pé na pontinha de uma trama que fala de identidade de gênero lidas pela sociedade, e isso me deixa ansiosa pelos próximos volumes que já estão em produção pela Editora JBC. Se você gosta de mangás shojo, que falam sobre a vida e se encontrar no meio da sociedade, com certeza esse é um que você precisa conhecer. Existem conversas de uma possível animação em produção!





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