Cruel Summer - Segunda Temporada || 2021 - 2023





Nova história, mesmo estilo e um impacto bem menor...


Olá amores! Mila aqui e irei falar sobre a segunda temporada de uma série que já havia indicado aqui no blog. Vocês podem conferir o post bem aqui: Cruel Summer - Primeira Temporada. 

A primeira temporada de Cruel Summer chegou ao público como uma grata surpresa, trazendo uma trama envolvente e uma narrativa que brincava com as percepções do espectador. Quando a segunda temporada foi anunciada, eu estava cheia de expectativa.  Disponível na Amazon Prime Video, a segunda temporada aposta em uma nova história, novos personagens e uma nova dinâmica, mas será que isso foi suficiente para manter a mesma qualidade?





Diferente da primeira temporada, que girava em torno do mistério de uma adolescente desaparecida e a mudança de status social de duas garotas, a segunda temporada traz uma nova narrativa e um novo elenco, mantendo apenas a estrutura da narrativa como conexão entre as duas fases da série.

A trama acompanha três períodos distintos da vida de Megan Landry (Sadie Stanley), Isabella LaRue (Lexi Underwood) e Luke Chambers (Griffin Gluck): o verão de 1999, quando Isabella chega à cidade e se torna amiga de Megan; o fim do mesmo ano, quando um evento misterioso altera a dinâmica do trio; e os meses seguintes, em 2000, quando uma investigação começa a desvendar segredos sombrios sobre o que realmente aconteceu.

Esse formato continua sendo um dos grandes pontos altos da série, já que nos faz tentar montar o quebra-cabeça existente aos poucos, comparando as mudanças de comportamento dos personagens ao longo do tempo. No entanto, senti que a execução não foi tão bem amarrada quanto na primeira temporada.




A nova temporada aposta no relacionamento entre Megan e Isabella, adolescentes de personalidades opostas que desenvolvem uma amizade intensa e complexa. Megan é mais reservada e focada no futuro, enquanto Isabella é a típica "nova garota misteriosa" que atrai olhares por onde passa. Luke, o terceiro componente desse triângulo, se torna o ponto de conexão e, ao mesmo tempo, de tensão entre as duas.

Sadie Stanley e Lexi Underwood entregam atuações decentes, mas em alguns momentos falta profundidade emocional para que a amizade entre Megan e Isabella seja algo que nos importamos. Há momentos de química entre as duas, mas a forma como a série constrói essa relação, principalmente nos momentos de conflito, nem sempre convence. Griffin Gluck, por sua vez, entrega um Luke que muitas vezes parece um coadjuvante da própria história, mesmo sendo essencial para os acontecimentos que se desenrolam.

Além disso, os personagens secundários são pouco explorados, sendo apenas detalhes para a trama principal. Diferente da primeira temporada, onde havia um desenvolvimento maior de varias camadas da história, aqui a série foca demais no trio central e perde a oportunidade de aprofundar o universo ao redor deles.



Como a primeira parte da série que nos fazia questionar tudo, a segunda temporada tenta seguir essa fórmula, espalhando pistas falsas e reviravoltas ao longo dos episódios. No entanto, enquanto a primeira temporada conseguia equilibrar bem esse jogo de percepção, a segunda muitas vezes exagera, tornando algumas revelações mais previsíveis e outras forçadas demais.

O mistério central se desenvolve de forma interessante, mas o roteiro tenta complicar o que poderia ser contado de maneira mais fluida. Algumas reviravoltas parecem existir apenas para chocar, sem um desenvolvimento sólido que as sustente. Isso enfraquece a credibilidade da história e torna o desfecho menos impactante do que poderia ser.




Um dos aspectos mais cativantes da série continua sendo sua ambientação nostálgica. O final dos anos 90 é bem representado através da trilha sonora, figurinos e referências culturais, ajudando a criar a imersão necessária. Para os fãs dessa época, essa segunda fase também traz aquele toque especial de nostalgia que fez a primeira temporada tão envolvente.

No entanto, visualmente, a série não se arrisca tanto quanto poderia. A mudança de tons entre os três períodos de tempo ajuda na diferenciação, mas a cinematografia não apresenta grandes inovações. A série mantém um visual eficiente, mas sem o mesmo impacto que outras produções que exploram a estética dos anos 90 e início dos 2000.




Infelizmente, com o ritmo morno da segunda temporada, Cruel Summer acabou sendo cancelada após apenas dois anos. Admito que fiquei frustrada porque tanto com ambos os finais de temporada, eu desejei por mais. Mas é fácil de entender o cancelamento já que não houve tanta originalidade na volta da série. 


Se você gostou da primeira temporada, vale a pena dar uma chance, mas com expectativas ajustadas. No fim, Cruel Summer provou ser uma ideia promissora que, infelizmente, perdeu força ao longo do caminho.

Para os curiosos, o trailer da segunda temporada pode ser assistido abaixo:




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