Killing Eve || 2018 - 2022




Um jogo de gato e rato entre fascinação e violência...


Olá, amores! Mila aqui e venho falar sobre uma série que foi incrível de acompanhar. Desde sua estreia em 2018, "Killing Eve" rapidamente se tornou uma das séries mais aclamadas da atualidade. Criada por Phoebe Waller-Bridge, conhecida pelo sucesso de "Fleabag", a série traz uma proposta que mistura suspense, ação, comédia e uma estranha obsessão entre duas personagens que, em circunstâncias normais, estariam em lados opostos da lei. A série, baseada nos romances de Luke Jennings (Codinome Villanelle), é protagonizada por Sandra Oh e Jodie Comer, e suas performances icônicas dão vida a uma narrativa instigante e cheia de reviravoltas. O resultado é uma série envolvente, que equilibra de forma brilhante o thriller psicológico com momentos de humor negro e intensidade emocional.




A série apresenta a história de duas mulheres cujas vidas se cruzam de maneira inesperada e perigosa. Eve Polastri (Sandra Oh) é uma agente do MI5, inteligente, porém entediada com o rumo previsível de sua carreira burocrática. Sua vida, no entanto, vira de cabeça para baixo quando ela começa a investigar Villanelle (Jodie Comer), uma assassina profissional talentosa e imprevisível, que trabalha para uma organização secreta.

Villanelle, por sua vez, é uma psicopata de sangue frio, extremamente eficiente e charmosa, que mata suas vítimas com precisão e crueldade. Porém, ao perceber que está sendo caçada por Eve, ela curiosa sobre a agente, iniciando um perigoso jogo de gato e rato entre as duas. O que começa como uma investigação padrão de assassinatos rapidamente se transforma em uma obsessão mútua, onde os limites entre o bem e o mal se tornam cada vez mais confusos.




Sem dúvida, um dos pontos mais altos de Killing Eve é a performance das protagonistas. Sandra Oh brilha como Eve, uma mulher comum que, de repente, se vê imersa em um mundo sombrio e perigoso. Sua atuação traz à tona a vulnerabilidade, a inteligência e a determinação de sua personagem, enquanto ela tenta conciliar sua vida pessoal com o trabalho que rapidamente se transforma em uma obsessão perigosa. É um papel complexo, e Oh navega perfeitamente entre momentos de humor, medo e frustração, garantindo que o público se conecte com Eve em vários níveis.

Por outro lado, Jodie Comer rouba a cena como Villanelle, oferecendo uma performance multifacetada e cheia de nuances. Ela combina o charme sedutor da personagem com a frieza calculista de uma assassina profissional, tornando-a uma antagonista fascinante e única. A capacidade de Comer de alternar entre o humor e o horror em questão de segundos é uma de suas maiores forças como atriz, e isso é evidenciado ao longo da série, em que Villanelle transita entre a crueldade e o charme com uma naturalidade desconcertante.





A química entre Sandra Oh e Jodie Comer é simplesmente atrativa e nos vemos torcendo pelas duas, mesmo quando estão em lados opostos. Essa relação tensa entre Eve e Villanelle é o verdadeiro motor da série, e é o que a diferencia de outros thrillers convencionais. O jogo psicológico entre as duas não se trata apenas de uma simples perseguição, mas de uma complexa dança de poder, desejo e fascínio mútuo que nos mantém presos do início ao fim.

Se não bastasse tudo isso, a série se destaca por sua habilidade de misturar gêneros de maneira eficiente. O enredo é, acima de tudo, um thriller de espionagem, com assassinatos brutais e uma atmosfera de tensão constante. No entanto, também há elementos de comédia que adicionam leveza e ajudam a equilibrar os momentos de violência e suspense. Os diálogos, afiados, são marca registrada da criadora Phoebe Waller-Bridge, e conseguem transformar cenas que, em qualquer outra série, seriam puramente sombrias em momentos genuinamente engraçados.





Cada episódio termina com um gancho que deixa o público ansioso pelo próximo. As reviravoltas são constantes e, frequentemente, nos pegam de surpresa, mantendo a trama envolvente e imprevisível. A relação entre Eve e Villanelle é o coração da série, mas os personagens coadjuvantes, como Carolyn Martens (Fiona Shaw), chefe de Eve, e Konstantin (Kim Bodnia), manipulador e cúmplice de Villanelle, também oferecem camadas adicionais à história, contribuindo para a complexidade do enredo.

Apesar do foco principal estar na perseguição entre as duas personagens, a série também explora temas mais profundos, como as fronteiras entre o bem e o mal, a natureza da violência e o impacto psicológico que a obsessão pode ter sobre uma pessoa. A série faz perguntas desconfortáveis sobre moralidade e sobre o fascínio que o público tem por figuras violentas e perturbadoras, o que a torna muito mais do que um simples jogo de perseguição.

Um detalhe que notei a cada episódio foi a direção é impactante que, com cenários que vão desde becos escuros até cidades europeias deslumbrantes, davam um toque a mais a tudo. Cada locação é cuidadosamente escolhida para refletir o estado emocional das personagens e para aumentar a tensão das cenas. O uso de cores, principalmente no guarda-roupa de Villanelle, é um detalhe marcante que reflete sua personalidade extravagante e imprevisível.




Noto que, ao longo de suas quatro temporadas, houve muitos comentários sobre a sua evolução e o desfecho final. Muitos fãs e críticos elogiaram as duas primeiras temporadas, especialmente a escrita e a química entre as protagonistas. No entanto, à medida que a série avançou, houve quem sentisse que a narrativa começou a perder fôlego. O que começou como um thriller fresco e emocionante passou a seguir caminhos mais convencionais, especialmente em sua temporada final, que dividiu opiniões.

Embora o desfecho tenha sido considerado satisfatório por alguns, eu mesma esperava um algo a mais, uma reviravolta que atendesse meus desejos e que, no fim, não aconteceu. Ainda assim, é importante ressaltar que a série nunca deixou de ser intrigante e envolvente, mesmo quando a narrativa perdeu um pouco de sua originalidade inicial.

Se você é fã de histórias de espionagem, thrillers psicológicos ou simplesmente busca uma série com personagens femininas fortes e multifacetadas, Killing Eve é uma excelente escolha. Combinando humor, suspense e um jogo psicológico intenso, a série consegue nos encantar desde o primeiro episódio. Mesmo com suas falhas, Killing Eve é um exemplo de como a televisão ainda pode nos surpreender e entregar uma narrativa imprevisível e eletrizante. A série está disponível na Netflix!

Para os curiosos, vocês podem conferir o trailer legendado a seguir: 









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