Mestre Gil de Ham - J. R. R. Tolkien

 

Sinopse: Esta divertida história, escrita pelo autor de O Hobbit, é ambientada no vale do Tâmisa, na Inglaterra, num passado maravilhoso e distante, quando ainda existiam gigantes e dragões. Seu herói, Mestre Gil, é na realidade um fazendeiro totalmente desprovido de heroísmo, mas que, graças à boa sorte e à ajuda do cachorro Garm, da égua cinzenta e da espada mágica Caudimordax (ou Morde-cauda), amansa o dragão Chrysophylax e ganha enorme fortuna.

 

Para os amantes de fantasias juvenis, hoje eu, Darth Nyx, te apresento Mestre Gil de Ham, uma obra de J. R. R. Tolkien que, sem dúvidas, vai te encantar com a simplicidade, magia e criatividade do autor. O livro chegou até mim numa das viagens em feiras de troca de livros da FFLCH na USP (Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas) e, mexendo nas pilhas de não lidos em casa, busquei por algo que “cantasse” ao meu coração. Depois de escolhido, comecei a leitura sem nenhuma pretensão e foi a melhor decisão para um descanso mental.

 

A história de AEgidius de Hammo, um fazendeiro que vivia tranquilamente em suas terras com seu cachorrinho falante Garm, muda completamente quando, um dia, a vila onde moram está sendo atacada por um gigante. E é claro que ele acaba sendo levado a pegar seu Bacamarte (explicado como uma espingarda de cano largo, mais antiga que armas de fogo) e ir de encontro a criatura.

 

Mas o que começa como um golpe de sorte, gerando presentes inesperados e tapinhas fortes nas costas, se torna algo sério quando o Dragão Chrysophylax ouve falar de um lugar incrível em uma conversa com um Gigante. A criatura então surge pela região, causando destruição por onde passa e pânico geral. O Rei, sem saber a quem recorrer, chama Gil que, armado com a espada mágica Caudimordax (ou Morde-cauda), é encarregado de encarar a criatura que destruiu desenfreadamente povoados ao redor de suas terras.

 

Como todos os dragões de Tolkien, Chrysophylax não só fala, como tem tesouros e fez promessas exorbitantes de entregas de ouro e pedras preciosas como reparação pelos danos causados. Mas, ao falhar em cumprir o pagamento, Gil é obrigado a viajar montanhas na busca do covil da criatura e cobrar a dívida.

 

Assim como O Hobbit e Roverandom, essa também é uma história que se originou como algo contado para entreter os filhos do autor. Mas, diferente da saga épica do pequeno Hobbit que viajou para terras distantes, de aventuras que ganharam os cinemas e conquistaram fãs por onde passaram, a história do Mestre Gil de Ham é uma aventura mais suave, ideal para uma leitura numa tardezinha — ou até mesmo para contar aventuras épicas e entreter crianças em dias de chuva, quando a energia e os eletrônicos falham.

 

O livro é uma trama de aventura épica que corre de maneira fluida, suave e ao mesmo tempo com aquele ar clássico, lembrando em muito as histórias de contos de fada. Sou suspeita demais para falar sobre o quanto gosto das obras do autor já que Tolkien consegue criar universos encantadores e que parecem vivos. 

 

Sinto que a cada livro que desbravou é como encontrar mais e mais de um universo gigantesco, com cães falantes e muitas criaturas fantásticas. Essa leitura me fez sentir o mar de possibilidades que a criatividade proporciona e como, às vezes, algo simples como a vida pacata de um fazendeiro, pode se tornar uma trama épica com a pitada certa de humor, sorte e magia.

 

Apesar de muitos entenderem que as leituras dos livros do autor são cansativas, por serem de outros tempos e terem uma escrita mais detalhada, este por ser um conto rápido e movimentado, não vai te causar tal sensação. Recomendo demais para quem gosta de conhecer histórias curtinhas e inesquecíveis. Para quem está em busca de uma aventura nova para entreter crianças em casa, esse é um livro para literalmente TODAS as idades!

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