É assim que acaba || 2024


Sinopse: Lily Bloom decide começar uma nova vida em Boston e tentar abrir o seu próprio negócio. Como consequência de sua mudança de vida, Lily acredita que encontrou o amor verdadeiro com Ryle, um charmoso neurocirurgião. No entanto, as coisas se complicam quando um incidente doloroso desencadeia um trauma do passado e também, quando seu primeiro amor reaparece.


Depois de ler, Darth Nyx se aventurou pelos cinemas em uma sexta-feira de chuva para conferir o lançamento de É assim que acaba, filme inspirado na obra literária de Colleen Hoover, com direção e atuação de Justin Baldoni e produção e atuação de Blake Lively.

Acho que o primeiro ponto que precisamos falar é como o filme consegue ser fiel aos pontos centrais do livro. Desde o relacionamento dos personagens principais, até aos flashbacks com as vivências da personagem com seus pais na adolescência. O trabalho de montagem do filme não deixa o leitor sentir um impacto absurdo das pequenas diferenças que, aos meus olhos, foram muito justificáveis, tornando a trama mais ágil e visual.

Na tela, vemos como Ryle Kincaid (Justin Baldoni) e Lily (Blake Lively) se conhecem. Com uma química indiscutível e faíscas desde o início, também notamos falas que, saindo do mundo da ficção, soam controladoras e intensas demais para quem está assistindo pela primeira vez. Uma das coisas que me impactou foi notar como, durante a leitura, demoramos a entender as bandeiras vermelhas na maneira dele agir e, assim como Lily, sentimos isso só quando as coisas já estão acontecendo. Mas na tela, cada frase, forma de abraçar, segurar a mão ou trincada de maxilar… nos deixam notar o perigo do relacionamento. 

Ryle e Lily em momento tenso do filme

 

Em meio a todas as atitudes, somos apresentados a uma Lily mais jovem, espontânea e que parece estar buscando desabrochar, como as plantas que gosta de cuidar. E durante essa exposição bem feita, somos apresentados ao seu primeiro amor e amigo, Atlas (Brandon Sklenar). Um garoto dos anos escolares, que passou por problemas, viveu desabrigado por um tempo e conquistou o carinho, a confiança e o amor de Lily.

A fotografia do filme é linda, desde como os cortes de câmera focam nos atores, suas expressões e a maneira de se comportar, até a maneira com que o som foi trabalhado, silenciando em alguns momentos cruciais e, em outros, as músicas fluindo de maneira perfeita.

E não poderia deixar de falar sobre o elenco. Além dos personagens principais, os atores que interpretaram Lily e Atlas jovens (Isabela Ferrer e Alex Neustaedter), assim como o pai de Lily, Andrew (Kevin McKidd), deram um show incrível de atuação, me convencendo sobre as lições de vida dos personagens e me fazendo conectar com as dores que viveram.

De um modo geral, o filme é intenso, doloroso e necessário. Gostei de assistir, mas não sinto que verei novamente. Ficou bom demais, mas me senti agoniada em mais de um momento. Revisitando o que escrevi sobre o livro aqui (Leia aqui a resenha completa do livro), senti que essa análise sobre o filme está bem mais aberta pois quero que tenham uma boa experiência ao assistirem. Mas, aviso aos leitores que esta é uma adaptação digna, que nos permite sentir os altos e baixos da relação e desenvolvimento dos personagens, exatamente como me senti ao ler as páginas do livro.

Fecho este momento com o trailer do filme que tem como trilha sonora, uma das músicas mais intensas da Taylor Swift. E para concluir com chave de ouro, separei um trecho da letra traduzida que, para mim, se encaixa bem demais com essa trama.


Juntamos pedras, sem nunca saber o que significarão Alguns para jogar, alguns para fazer um anel de diamante Você sabe que eu não queria ter que te assombrar Mas que cena fantasmagórica Você usa as mesmas jóias que eu te dei Enquanto você me enterra

Veja o trailer oficial com mensagem da autora no vídeo abaixo! 




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