Morando com um vampiro || Jenna Levine

Imagine ter que dividir um apartamento com um lindo vampiro enquanto o ajuda a se adaptar ao mundo moderno.


Sinopse: A vida de Cassie Greenberg está indo ladeira abaixo. Não apenas ela não consegue viver da carreira que escolheu, o que a fez entrar em uma espiral de dívidas, como também acaba de receber um aviso prévio de despejo.


Resignada a aceitar a ajuda de seu melhor amigo ou de seus pais, Cassie decide procurar um novo lugar para morar cujo aluguel seja compatível com seu bolso. Para sua surpresa, surge uma oportunidade de aluguel bem abaixo do valor de mercado em uma área nobre, onde decide arriscar a sorte, mesmo sabendo as altas chances do novo colega de apartamento ser um serial killer.


"Simplesmente não compreendo essa urgência moderna de compartilhar cada pensamento errante com o mundo todo no momento em que ele ocorre". 

 

Livro de estreia de Jenna Levine, Morando com um vampiro bebe da fonte de muitos romances de viagem no tempo, ao mostrar que adaptar uma pessoa ao mundo moderno pode ser um baita desafio ou a forma mais rápida e eficaz de se apaixonar. A interação entre Cassie e Frederick traz frescor e é gostosinha de acompanhar devido a ausência de dramas desnecessários. 


Frederick, nosso vampiro a ser reinserido a sociedade, é simplesmente um amorzinho da época da regência, que utiliza bilhetes e cartas como meio de comunicação. Seus modos e maneira de falar me conquistaram rapidamente, assim como sua capacidade de valorizar as pessoas que tem por perto. O personagem tem muito peso na trama e muitas vezes carrega a história.


Já a Cassie, ela começou com aquele estereotipo da típica artista que tenta viver de sua arte, mas que como nada na vida parece dar certo vive de bicos. Gostei de sua vontade e persistência em encontrar um lugar no mundo, mas ao mesmo tempo me senti decepcionada com a personagem, que me pareceu focada demais no próprio umbigo. Tentei me colocar no lugar dela, mas acho que no momento em que Frederick mais precisou faltou reciprocidade, sabe?

 

Os momentos mais divertidos foram os que envolveram a "amizade contra vontade" de Frederick e Reginald, um personagem com a personalidade que faz contraponto e que muitas vezes rouba a cena por seu cinismo. É impossível não se divertir com a troca de mensagens ou de insultos entre os dois. Para minha alegria, Reginald vai ganhar o próprio livro em setembro deste ano.

 

O ápice da trama acaba sendo desenvolvido de forma bem corrida e com uma resolução um tanto bobinha, o que não causa impacto. Contudo, desde o início a história deixa clara sua função de entreter através de uma leitura agradável e sem dramas extremamente elaborados. Para aqueles que curtem um clichê romântico voltado para o cotidiano com personagens doces, eis aqui uma opção.

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