Gild - A Prisioneira Dourada - Raven Kennedy
Sinopse: Ouro.
Pisos de ouro. Paredes de ouro. Móveis de ouro. Roupas de ouro. No castelo do Rei Midas, construído no alto das montanhas geladas, tudo é feito de ouro.
Até mesmo eu.
O Rei Midas me salvou. Ele me tirou da miséria e me colocou em um pedestal. Sou chamada de sua preciosa. Sua favorita. Sou a mulher que ele tocou de ouro para mostrar a todos que a ele pertenço. Para mostrar quão poderoso ele é. Midas me deu segurança, e eu dei a ele meu coração. E, mesmo que eu não possa deixar os limites do castelo, sei que estou segura. Até que a guerra começa no reino e um acordo é selado...
De repente, minha confiança está quebrada. Meu amor é desafiado. E eu percebo que tudo o que eu pensei que sabia sobre Midas pode não ser verdade. Porque, por trás dessas grades em que estou presa, não importa quão douradas elas sejam, não passam de uma gaiola. Porém, os monstros do lado de fora podem me fazer desejar nunca ter saído dela.
Darth Nyx com uma indicação para surpreender os leitores de plantão! Gild - A Prisioneira Dourada, de Raven Kennedy foi uma das leituras que mais me surpreendeu nos últimos meses. A promessa de um reconto do Rei Midas, com romance e um mundo mágico entregou bem mais do que o esperado!
A trama vai nos levar ao mundo mágico de Orea, onde alguns humanos das famílias ligadas à monarquia tem poderes especiais, o que os torna destinados à grandeza e, se tiverem sorte de nascer na linhagem correta, ao caminho do trono.
Dividido em seis reinos, somos lançados diretamente no palácio governado por Midas, um homem conhecido pelo ouro que o cerca ao alcance de seu toque, e também por sua acompanhante dourada, uma mulher que é dourada da raiz do fio de cabelo até a ponta do pé.
A acompanhante dourada do rei é Auren, a jovem apaixonada pelo homem que a salvou de uma vida de abusos e acreditando que ele se preocupa com sua segurança, aceita ser mantida dentro de uma gaiola que se estende por todo o palácio. Nem mesmo a rainha que foi destinada a Midas pode toca-la sem sair impune, então tudo parece bem. Mas claro, não teríamos uma série de livros se tivesse realmente tudo bem.
Os personagens secundários da história vão se mostrando aos poucos, provando que o mundo da própria Auren se expande ao longo da história, quando seu foco vai deixando de ser apenas o Rei Midas. Ela não é o tipo de protagonista que vai entender rápido os perigos que a cercam, muito menos se dar conta de falsos amigos e aliados, algo que a autora escreve de maneira que mesmo lendo pelo olhar dela, nós leitores sabemos bem diferenciar.
Os conflitos da história cercam os motivos que todos conhecemos bem: ganância e ego. Inclusive, quando comecei a leitura brinquei com uma amiga como o texto me remetia ao estilo do George R. R. Martin, que trabalha com a ganância dos personagens e as consequências de suas escolhas. O nível de descrição em cenas violentas também se equivale ao do autor e isso foi uma grata surpresa, já que os últimos títulos no gênero tentam sempre focar em cenas íntimas e não tanto em outros aspectos da história.
Minha primeira impressão sobre o livro foi mudando conforme foi passando a história, já que de começo, eu sentia que a trama era rasa e sem muito sentido. A verdade é que Auren vai se mostrando em camadas, conforme o próprio mundo dela vai ganhando novas perspectivas. Essa é uma maneira de mostrar o que um relacionamento abusivo faz com quem está vivendo ele, a pessoa não nota o que os amigos, parentes e outros ao redor vêem, um isolamento sem fim onde não existe o indivíduo e apenas o outro.
A história termina em um gancho que te faz ir atrás do livro 2, que por sorte, já temos em português! Gild - A Prisioneira Dourada está em publicação pela editora Astral Cultural, então te convido a se juntar ao grupo de fãs para manter a série em publicação por aqui!
Comentários
Postar um comentário