Dying to Love - Reese Rivers
Há 413 dias Kelsey lutar para manter a sanidade e não mandar uma bala na própria cabeça, enquanto verifica o estoque do acampamento.
Dying to Love inicia sua trajetória trazendo à tona uma vaga lembrança do filme Eu sou a Lenda, ao mostrar o quão perto ficamos de enlouquecer ou querer acabar com tudo quando isolados e distantes das interações sociais que marcam nosso cotidiano.
Entretanto, se comparada a outras obras, a narrativa aqui é recheada de conveniências que impedem a história de criar maior vínculo com a realidade. O que pode ser um problema para alguns leitores, visto que cinco pessoas (na realidade duas) montaram um império apocalíptico com direito a: hectares de plantações, sistema de segurança de alto nível, sistema de energia solar, bunker com armamentos, academia com sistema de som de alta qualidade, sistema de desidratação de alimentos, maquiagens e roupas da moda e muito mais. Contudo, não é um fato que a autora não tenha ciência, visto que em dados momentos chega a zombar disso. Então, fica óbvio que Dying to Love não se leva tão a sério.
A abordagem mais séria que mostra a solitude, a rotina e a pequena vontade de viver de Kelsey não dura muito tempo. Logo um grupo de rapazes aparece em busca de refúgio e a trama muda o foco para: Todo mundo vai se apaixonar antes de duas semanas. Veja bem, eu amo harém reverso e, para que funcione, o autor tem que criar uma intimidade e química que o leitor sinta. Quando isso não acontece, se torna um sexo estranho com pessoas emocionadas já que declarações não faltam... só falta a conversa sobre sexo sem proteção ou natalidade durante um apocalipse zumbi.
"Nós não vamos a nenhum lugar, todos compramos passagens de primeira classe para seu trem maluco e estamos todos a bordo para a viagem."
Outro aborrecimento, que me cansa em qualquer história, é aquela narrativa conveniente da ex do protagonista ser uma pessoa ruim que ele nunca amou e que era apenas sexo. Acho que estou velha e cínica demais para isso. Rsrss
Com uma ambientação regada a comodidades, Dying to Love vai na contramão do que se espera de um apocalipse zumbi. Seu foco está no harém reverso e em fazer seus personagens copular como coelhos. Aos que adoram hot, podem se jogar sem medo. Se você espera ver muitas cenas com zumbi... Bem, como a autora avisa, eles fazem apenas algumas participações especiais. Tendo isso em mente, se torna mais fácil não se frustrar.
A reação desta leitora ao final:
Comentários
Postar um comentário