A Casa no Mar Cerúleo - TJ Klune



Sinopse: Linus Baker leva uma vida sossegada e solitária. Aos quarenta anos, ele vive em uma casa minúscula com uma gata malandra e seus velhos discos. No trabalho, é responsável por supervisionar orfanatos do governo.

Porém, tudo muda quando Linus é convocado para cumprir uma tarefa notável e altamente confidencial: visitar o Orfanato de Marsyas, onde moram seis crianças extraordinárias: uma gnoma, uma sprite, uma serpe, uma bolha verde não identificável, um canisomem e o Anticristo. Sua missão é determinar se essas criaturas são ou não capazes de trazer o fim dos tempos.

O responsável pelas crianças é o enigmático Arthur Parnassus, disposto a fazer qualquer coisa para manter seus órfãos em segurança e, à medida que Linus e Arthur se aproximam, segredos há muito guardados vêm à tona. Então, resta a Linus tomar uma decisão irrevogável: destruir um lar ou assistir ao mundo sucumbir.

 

Darth Nyx lendo queridinhos? Às vezes esse evento raro acontece! O escolhido da vez foi A Casa no Mar Cerúleo, de TJ Klune, uma fantasia que fala de amor, família e aceitação.


O livro começa nos apresentando para Linus Baker, que vai ser responsável por nos guiar nessa aventura. Ele é um assistente social e acompanha orfanatos onde crianças com habilidades especiais são colocadas para acompanhamento governamental. Tudo estava em paz, a vida dele seguia uma rotina boa, até que um dia ele é enviado para o Orfanato de Marsyas, um lugar mais que especial, localizado em uma ilha e com crianças únicas, cuidadas por um responsável tão único quanto elas.


Arthur Parnassus é o responsável pelo lugar, e ali o Sr. Baker vai conhecer Talia, Phee, Theodore, Chauncey, Sal e Lucy. Uma turminha que está acostumada a viver livremente, aprendendo sobre o mundo e seus dons. Talia é uma gnoma, que ama jardins e cuidar das plantinhas, Phee é uma sprite, que está aprendendo a controlar seus poderes de conexão com a natureza. Theodore, que é um serpe inteligente e que adora pequenos tesouros e Chauncey é um ser não identificado com forma de uma grande gosma verde, com tentáculos e que sonha em ser um porteiro de hotel. Sal, por sua vez, é um canisomen, um adolescente metamorfo que se torna um pequeno lulu-da-pomerânia quando assustado demais e claro, Lucy, um pequeno de seis anos e que é nada mais, nada menos, que o anticristo.


TJ Klune faz com que a experiência de leitura nos faça questionar tudo o que sabemos, e tudo o que achamos saber. Um dos pontos principais abordado por ele é o preconceito e como deixamos ele nos guiar na hora de ver o mundo. O romance é inclusive um segundo plano bem fundo na trama e foi um dos motivos que mais me agradou na leitura, já que a pauta principal era o cuidado das crianças, como eles poderiam crescer e se desenvolver melhor em um mundo treinado para rejeitar o diferente. Arthur e Linus são opostos em alguns aspectos, mas que conseguem encontrar maneiras de um ajudar o outro e isso fica evidente ao longo do livro todo.


O livro é cativante e eu fui sendo conquistada aos poucos, gostei de como o autor conseguiu transmitir sua mensagem e como a escrita dele é envolvente. O único ponto que me incomodou um pouco foi a escolha dele de palavras quanto às descrições do próprio Linus, que enfatiza em muitos momentos seu peso. Achei que isso poderia ter sido melhor trabalhado e se tornado menos central (já que não era o foco da trama). Mas isso é algo que nem todos sentem, então é apenas uma visão muito pessoal.


Se você gosta de ler fantasia e gosta de conhecer histórias de amor, buscando sair do lugar comum, aqui tem um romance LGBTQIAP+ único e com aquele gostinho de leitura sessão da tarde. 

 

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