Drifiting Home (2022)
Image by Karolina / Kaboompics for rawpixel.com - Montagem Sob Encomenda
Logo de início vamos acompanhar o começo da vida de dois vizinhos, Kousuke e Natsume, que são amigos de infância e como a vida deles se une mais ainda com reviravoltas, daquele jeito que apenas a vida é capaz de fazer. E enquanto entendemos isso, o condomínio onde moraram por um bom tempo quando mais novos e onde criaram várias lembranças, será demolido. E como qualquer criança e seu grupo de amigos, fazer aquela última visita ao local abandonado é altamente necessário. E é aí que tudo começa.
Com a visita, notamos que Kosuke e Natsume mal se falam (até se evitando) e entendemos que há muito mais por trás das lembranças felizes. E enquanto eles lidam um com o outro como se fossem irmãos que se odeiam, eles e os amigos são levados para um momento inimaginável... Todos se encontram presos dentro do prédio que, de forma inesperada, está flutuando no mar. Sim. Um prédio inteiro está flutuando no mar sem sinal de terra ao redor. Agora, todos eles precisaram se unir e achar uma forma de voltar para casa.
De forma delicada e bem construída, o filme vai tratando de vários temas como aceitação, evolução, crescimento, desapego, perdão e união. Utilizando de elementos fantásticos e um clima que me conquistou totalmente, ficou claro que os personagens teriam muito a aprender. E isso não se resumiu apenas à eles, mas vai envolver passado, presente e notar que é hora de parar de olhar para o próprio umbigo.
Os personagens são variados, trazendo personalidades distintas e que cabem muito bem em crianças. Até a inimizade e admiração de alguns que veio do passado, começa a mudar o rumo da situação quando precisam conviver mais e se virar nos trinta para sobreviver, enquanto tentam manter a esperança de voltar para casa, enquanto as águas os levam por caminhos desconhecidos.
E por mais "real" que tudo isso pareça, elementos fantásticos darão aquela quebra no tom de desespero e preocupação aos personagens, enquanto alimentaram nossos olhos e questionamentos.
Mas, não se enganem... talvez enquanto assistam aos minutos super bem desenhados, algumas ideias sobre um final trágico ou até mesmo perturbador podem surgir na mente de vocês, como surgiu na minha. Porém, o desenvolvimento do filme é bem linear e acaba não surpreendendo no final. Apesar de criar o suspense por trás de tudo e nos fazer questionar o que irá acontecer, eu mesma criei plots mais interessantes e que seriam mais cativantes.
Porque sim, o filme nos emociona e traz mensagens sutis que nos fazem questionar algumas de nossas atitudes. No entanto, poderia ter vindo com uma carga emocional bem maior, na minha humilde opinião.
Animações bonitas e mensagens intensas com toque de nostalgia são suficientes para trazer uma experiência interessante? Para mim, sim. Mas o filme seria um favorito sem pensar duas vezes se tivessem ido por outro lado. O que não faz a trama toda deixar de ser surpreendente e, para os que não estão acostumados com animações japonesas, a entrarem de cabeça e nãos se arrependerem em nada.
Para os que procuram um filme para ser visto em família ou sozinhos, que envolverá fantasia ao mesmo tempo que traz o drama real da perda... as duas horas de filme passam rapidamente. Claro, os personagens que são crianças podem trazer certa irritabilidade por conta das suas atitudes, mas esperar que hajam de forma racional em uma situação que nem adultos agiriam, é pedir demais!
Produzido pelo Studio Colorido, o mesmo de Olhos de Gato que já falamos sobre (e vocês podem ler o post completo AQUI), o trailer legendado pode ser conferido AQUI.
Agora, me digam, ainda sentem falta de algum local ou momento da infância e fariam de tudo para reviver algo, mesmo que só um pouquinho?
Contem para a gente! =D
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