Onde está Segunda? (2017)





Mila aqui e vamos com mais uma indicação da Netflix, ainda bem disponível para que todos possam ver =D

Onde está Segunda? é um filme distópico de ficção científica e suspense, escrito por Max Botkin e Kerry Williamson, dirigido por Tommy Wirkola e estrelando Noomi Rapace, Glenn Close, e Willem Dafoe. E como base, estamos no ano de 2073 e em meio a uma crise pesada, uma lei do filho único acaba surgindo e todas as famílias com mais de um filho precisam seguir as regras. Ou seja, o filho mais velho segue vivendo enquanto os demais são colocados em um tipo de coma induzido, considerado apenas um sono profundo, onde serão acordados quando a crise mundial estiver controlada. 





Então, ai que tudo começa. Seguimos o avô de sete meninas que nunca conheceram sua mãe, já que a mesma morreu no parto e agora ele é responsável por criá-las. Utilizando do que tem, de um apartamento com espaço suficiente apesar da  vida lixo do lado de fora, ele consegue burlar o sistema e criar as meninas como se fossem apenas uma só, permitindo que cada uma delas pudesse sair em um determinado dia da semana. As meninas usam sempre o nome de Karen Settman ao sair, utilizando dessa única personalidade "existente" e são nomeadas, cada uma, com um dia da semana que representa o dia que podem sair. 





Em um futuro, com 30 anos de idade e em um dia comum de trabalho depois de um acontecimento que deixou as irmãs debatendo, Segunda segue para o trabalho e nunca mais volta. A partir dai, suas irmãs entendem que precisam seguir com a vida ao mesmo tempo em que tentam descobrir o que aconteceu com sua irmã. E olha, o buraco é tão profundo que somos pegos em uma trama de ação envolvendo nomes grandes.

E o bom do filme é que além da trama que nos faz tentar entender onde Segunda está e o que aconteceu com ela, vamos conhecendo cada uma das irmãs com suas personalidades bem marcantes. Ou seja, saírem de casa e representarem um papel não as impediu de crescerem como deveriam, sendo quem são, em uma vida controlada demais e sem tanta liberdade. Claro que fica o questionamento de como as personalidades conseguem sempre seguir um padrão constante de vida, seja no trabalho ou encontros sociais, e fica evidente que as coisas não são tão simples conforme as cenas vão passando.





Um filme que eu havia ouvido pontos altos e baixos e, para mim, foi entretenimento puro. De uma ideia curiosa com pequenos momentos de flashbacks que vão nos ambientando, tentamos criar laços com as personagens que se colocam em situações de perigo para proteger a única coisa que tem e preservam desde que nasceram... sua família. 
Noomi Rapace consegue trazer personalidades notáveis, especialmente nos momentos intensos, deixando o ritmo da trama bem constante, mesmo com suas as inconstâncias de cada personagem. O que me lembrou a série que sinto saudades até hoje, Orphan Black. 





Porém, vamos lá. O filme que tem como nome original Seven Sisters, acaba entregando demais com a tradução nacional que temos e, conforme vamos vendo o filme e descobrindo alguns elementos, notamos que o filme se trata mais de um filme de ação sem tantas surpresas com o decorrer da história. Não se enganem, eu adorei e foi uma experiência muito boa, mas pode não surpreender todo mundo pelo clichê que aparece em alguns momentos como fatores determinantes. 
E ao mesmo tempo que temos características bem definidas para as irmãs, o clichê volta a aparecer e eu mesma reconheci uma dificuldade maior em aceitar a ligação entre elas que, no fim, não existe totalmente. Até quando algumas coisas intensas começam a acontecer, sentir certa frieza de todas, o que não nos deixa tão conectados e sentindo tanto por toda a desgraça que vem a acontecer.





E o final? Bem, o final é, como disse, nada novo. Não é surpreendente e se torna um pouco triste as motivações por traz de tudo, apesar de parecer uma boa ideia para finalizar algo que se tornou muito maior do que as irmãs esperavam. Algumas falas podem nos fazer revirar os olhos, mas nada que tenha me impedido de aproveitar uma trama que poderia ter sido melhor trabalhada e, ainda assim, foi interessante de ver.
Um filme distópico onde a política tem um peso, onde a vida humana perde seu valor e os laços de família se tornam finos demais quando a vida parece controlada por todos, menos você mesmo.
Recomendo? Sim! Mas podem ir com as expectativas controladas porque é aquele caso de gosto pessoal e, para mim, funcionou =D

Vocês podem conferir o trailer AQUI
Já viram ou ficaram curiosos? Venham conversar com a gente! 





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