Euphoria - Temporada 1
Euphoria acompanha a vida de Rue (Zendaya), uma adolescente de 17 anos dependente química que acaba de sair da reabilitação. A medida que ela tenta voltar à rotina, percebe que seus colegas de escola também enfrentam os próprios desafios, envolvendo sexo, drogas, traumas e mídias sociais.
Ou seja, por meio de oito episódios com um tempo razoável para nos deixar totalmente compenetrados, vamos acompanhando situações variadas.
Rue acaba sendo a personagem que nos guia em meio a seus colegas, alguns mais próximos que outros e cada um com suas vidas que dificilmente deixam a mostra. De toda maneira, os episódios tem focos variados, com Rue sendo a narradora em sua grande maioria.
Admito que demorei para aceitar ver a série. Nem sempre a ideia de séries adolescentes que envolvam sexo e drogas, me atrai. Porém, resolvi dar uma chance e olha... como valeu a pena. A série é bem mais profunda do que achei que seria, com problemas e situações que são bem pertinentes para a atualidade, ainda mais para os que são adolescentes ou, assim como eu, já passaram por essa fase.
Claro que a realidade dos personagens alcança alguns extremos ou experiências que possam ser mais comuns por lá, assim como a grande divisão e rótulos que são facilmente dados para todos.
E vale citar também que, depois de ver todos os episódios, o peso da família, de pais ausentes ou presentes e com suas próprias personalidades marcantes, possuem um peso bem grande sobre os jovens. Não classifico como o ponto principal em que se tornaram, mas o peso está ali.
E claro que, especialmente no último episódio, fica muito claro de que os filhos serão quem querem ser, deixando para discussão o quanto os pais tem um peso e controle sobre os filhos, ou não.
E claro que já vimos séries que abordam temas assim. Adolescência e seus problemas não é algo novo, mas sendo uma produção da HBO, vale dizer que as cenas e interações não são leves. O que me fez sentir vários tipos de emoções, em sua maioria... ódio. Os personagens conseguem ser bem reais em suas atitudes e escolhas ruins, o que é bem próximo de toda a realidade e desperta sentimentos bem crus em nós mesmos.
Deixo claro que não é uma série para todas as idades, a própria HBO deixando bem indicado antes de ser transmitida. A série, produzida pelo cantor Drake, veio para cutucar, provocar, mostrar e desafiar os que fecham os olhos para muitas situações, sejam adultos ou jovens que acham que conseguem esconder seus segredos sem sofrerem muitas consequências, especialmente quando brincam com a própria vida.
Com um elenco que cumpre tudo de forma incrível, a HBO não pecou ao finalmente trazer uma atriz-modelo trans para representar o papel de uma garota trans. Hunter Schafer estreou em sua primeira série de maneira incrível e, assim como todo o lento, consegue despertar emoções variadas dentro de nós. Seguindo Zendaya, o elenco ainda tem Storm Reid, Maude Apatow, Brian Bradley, Eric Dane, Alexa Demie, Jacob Elordi, Nika King, Hunter Schafer, Sydney Sweeney e a atriz de origem brasileira, Barbie Ferreira.
A primeira temporada terminou de forma bem satisfatória para mim, especialmente porque eu não esperava nada e acabei tendo um prato cheio de situações que me mantiveram bem presa em todas as tramas. Novamente, não é uma série para todos, com alguns muitos gatilhos e recomendo que vejam apenas se estiverem prontos.
Eu não contei nem metade das coisas que acontecem porque assistir aos episódios e ir descobrindo aos poucos, é a melhor parte. E estou altamente ansiosa pela segunda temporada e caso ainda não tenham visto, aproveitem e assistam o trailer AQUI. Ai voltem e me contem o que acharam!
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