The Boys (2019 - Atual) - Amazon Prime Video






Sinopse: Quando a fama sobe à cabeça, alguns super-heróis passam a se corromper e usar seu status para se promoverem ainda mais, o que pode colocar em risco a própria população. Pensando nisso, uma equipe da CIA foi preparada para cuidar desse caso. Conhecidos como "os meninos", esses agentes têm a missão de vigiar o trabalho dessas personalidades, assim como controlar o surgimento de novos heróis.



Aviso importante aos visitantes: A série possui diversos gatilhos psicológicos, violência sexual, violência física e cenas gráficas de morte. É recomendada para maiores de 18 e vamos falar sobre um pouco disso no texto. Se isso pode ser ruim para você, cuidado, talvez essa não seja uma leitura ou série de entretenimento indicada, seja consciente sz.





Nos dias atuais é praticamente impossível não conhecer uma história de super herói e é ainda quase impossível não encontrar uma pessoa que desejasse viver em um mundo onde os heróis existam. The Boys é originada nos quadrinhos homônimos de Garth Ennis e Darick Robertson e retrata exatamente isso, um mundo onde ser um herói é uma profissão. Mas, diferente do mangá My Hero Academia (Boku no Hero Academia), aqui conhecemos a verdade dos bastidores. Afinal, quem são os heróis? E até onde ser um herói famoso pode te dar passe livre para fazer o que quer?

Com uma narrativa intensa, a série mostra heróis poderosos, mas que não possuem caráter algum ou senso de empatia. O poder está mais que implícito nessa história e o mundo do marketing e publicidade que gira em torno dessas figuras, oferece e tira na mesma medida. Afinal, ser herói não é apenas salvar o mundo, envolve vender brinquedos, ingressos de cinema e ganhar seguidores em redes sociais. Se seu trabalho como herói não é lucrativo, talvez você precise ser realocado em um distrito menor.

Com esse clima, a trama da série acompanha dois paralelos: O lado dos heróis e o lado das pessoas comuns que, por algum motivo, se tornaram "dano colateral" ao trabalho desses seres "superiores" na sociedade.
De um lado, temos o jovem Hugh Campbell (Jack Quais) que sofre um trauma ao perder a namorada em um acidente com um dos heróis e está tentando lidar com isso, ser ouvido e talvez conseguir algum tipo de justiça. Hugh tem seu destino transformado ao conhecer Billy Bucher (Karl Urban), um homem que trabalha com um grupo de vigilantes fora da lei para destruir os heróis.
Por outro lado, temos a jovem Starlight, ou melhor, Annie January (Erin Moriarty), uma heroína do interior que ganha uma vaga no grupo mais almejado de heróis do país, o The Seven - Os Sete. Mas se os sonhos dela eram trabalhar em grupo, ser feliz e descobrir um mundo novo, as expectativas dela são minadas logo na primeira noite.






As agendas se misturam ao longo dos episódios, fazem com que ambos se aproximem nessa busca por respostas, vingança e reparação, trazendo outros membros para o time ao longo do caminho. Nesse tempo, Starlight acaba conhecendo o peso de ser uma heroína famosa, as responsabilidades e as obrigações que seu contrato exigem e busca alívio em que sua identidade de Annie oferece, inclusive arrumando um amigo em meio a tudo isso, um jovem que conheceu em um banco de praça qualquer e que tem potencial para muito mais em sua vida.

Com efeitos vívidos e uma fotografia bem trabalhada, assistimos a um show de horrores muito próximo da realidade. Figuras públicas que se utilizam de seu poder e prestígio para abusar de vítimas ou ocultar seus erros. Dinheiro comprando não só o silêncio, mas também as autoridades, figuras que deveriam inspirar a segurança e a esperança, trazendo medo e destruição nas vidas que tocam.
É triste parar ao terminar a série e descobrir que mesmo sem os poderes, temos exemplos vivos andando entre nós que cometeram e cometem aqueles e outros crimes. Vozes que se opõem sendo caladas e vidas sendo destruídas em prol desse político ou daquele famoso ator, diretor, produtor e etc, de Hollywood. A obra retrata nos heróis as figuras que conhecemos na realidade, mas com outros nomes e outros tipos de poderes, mantendo a ordem do dito popular "quem pode mais, chora menos".

Uma série que vale à pena e já foi renovada para sua segunda temporada!



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