Sagrada Maldade - Rodrigo Domingues





Sinopse: Em 1975, num pobre vilarejo da Etiópia, dois misteriosos homens recrutam um jovem para uma enigmática e ambiciosa experiência. Porém, algo sai errado, e o resultado desse experimento é o maior vírus da história da humanidade. Quase quarenta anos depois, em Los Angeles, o passado ainda cobra seu preço, e três vidas serão colocadas numa jornada de vingança, redenção e justiça, onde a colisão parece ser inevitável. Mistério e muita ação são os elementos principais desta obra de Rodrigo Domingues.

Olá!! Para começar o ano, vamos com uma resenha que finalizamos no final do ano passado e só tivemos tempo de liberar agora.
O livro foi parceria com o autor que nos cedeu o primeiro título de sua quadrilogia e iremos contar um pouquinho mais para vocês.

Assim que comecei o livro senti uma vibe de suspense com aquela pitada de ficção científica. Como diz a sinopse, somos jogados de começo para esse passado, onde algo aconteceu e um vírus surgiu. Quarenta anos depois, estamos seguindo a vida de novos personagens, em sua grande maioria agentes do FBI que, de uma forma nada agradável, tiveram suas vidas envolvidas em toda essa trama.

Temos um agente do FBI que perdeu a esposa e, após muitas sessões de terapia, algo desastroso volta a acontecer em sua vida. Porém, como toda boa equipe Bryan tem seu irmão que irá o ajudar, mesmo que ele mesmo não possa fazer parte da investigação.
Entendam que por ser um livro em que o suspense é importante, estou tentando contar pequenos detalhes sem estragar a trama. O que posso dizer é que o enredo todo é aquele tipo de situação que você consegue visualizar facilmente em uma tela de cinema.
Se tem algo que o autor Rodrigo Domingues sabe fazer, é escrever e detalhar as cenas de ação. E ah! A primeira coisa que fiquei muito feliz em dizer ao autor era como sua escrita era perfeita. A gramática me chamou muito atenção, ainda mais com um livro em que as cenas precisam ser bem detalhadas e explicadas.

"Os últimos meses realmente foram de escuridão. Mas agora, depois das descobertas que fizera, parecia que as trevas que o cercavam estavam começando a se dissipar. Era hora de voltar para a luz"

Porém, apesar de ser o tipo de livro que te faz visualizar tudo e agrada com as cenas de ação, a personalidade dos personagens é algo que sempre acho muito importante em todos os livros que leio. E nesse, infelizmente, não consegui criar muita empatia com quase nenhum dos personagens. E mesmo depois de conversar com o autor sobre minha frustração sobre um deles, eu senti que mais coisas aconteceriam e que me fariam mudar de ideia. Mas...as situações que muitas vezes me pareciam impossíveis e erradas demais para uma equipe que tem todo um treinamento para ser do FBI, me faziam querer torcer menos por todos os "bonzinhos" da trama.
Às vezes sentia que eles agiam como aquelas equipes de policiais de bairro ou cidade, que não tem tanta preparação e se deixam levar por tudo, fazendo o que bem querem e estragando o que seria importante para uma investigação.
Mas nada que não seja visto em filmes, especialmente quando o/a personagem principal tem atitudes duvidosas.

Outro fato que me incomodou é que depois que entendemos sobre o quê e do que se trata o vírus, novamente... como agentes da lei, a maneira como alguns termos eram falados por eles me desagradou bastante. Entendo que possa vir da personalidade de cada um deles, claro. São todos humanos e tem seus defeitos, mas ainda me deixou agoniada. Ainda mais quando a trama envolve um assassino e uma mente vingativa que se movem por causa desse vírus. Acho que ao lerem, irão entender.
Como se não bastasse os odiadores do vírus, ver policiais agindo de maneira estranha e um tanto quanto preconceituosa com colegas de trabalhos e afins, me incomodou. E acho que a parte em que sempre especificava que certo personagem era negro, também foi um fato que eu nem sempre acharia necessário, a menos que fosse totalmente pertinente para a investigação (como foi em ALGUNS MOMENTOS).

Novamente, gosto de deixar claro que faço essas críticas mais construtivas com autores nacionais porque sempre é mais fácil um contato direto com eles e espero que sejam bem recebidas =D
Como disse, o livro é super bem escrito e te prende muito. Se não fossem algumas atitudes de alguns personagens, alguns momentos que fossem mais direto ao ponto e sem tanta repetição (o que quase me fazia querer pular e ir direto aos finalmente), eu mal teria soltado o livro.

Rodrigo Domingues escreve um primeiro livro muito bom, que finaliza com intensidade e deixa espaço para uma continuação que espero que ainda explique muitas coisas. Sinto que os personagens ainda serão mais desenvolvidos e talvez a empatia apareça com mais força nos próximos.

Eu, Mila, fico muito feliz de ter tido a oportunidade de ler e dividir com vocês um tanto mais sobre essa obra nacional que mais pessoas deveriam ler =D
Se alguém se interessar, você pode adquirir o livro AQUI NA AMAZON.

"Prometemos que jamais abandonaríamos um ao outro, a não ser que o abandono de um justificasse a salvação de vários."

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