Megatubarão (2018)

Sinopse: Na fossa mais profunda do Oceano Pacífico, a tripulação de um submarino fica presa dentro do local após ser atacada por uma criatura pré-histórica que se achava estar extinta, um tubarão de mais de 20 metros de comprimento, o Megalodon. Para salvá-los, um oceanógrafo chinês contrata Jonas Taylor, um mergulhador especializado em resgates em água profundas que já encontrou com a criatura anteriormente.

Esperei tanto por esse filme que quando finalmente tive a chance de ver, senti que ele não trouxe metade do que eu esperava.
Com um roteiro baseado no livro de Steven Alten, acompanhamos Jonas Tayler (Jason Satatham) que vem de um passado como ex-mergulhador da marinha, responsável por um momento ruim no fundo do mar que deixou vários de seus companheiros mortos.
Todo esse pequeno drama inicial é apenas para nos introduzir à criatura gigante, vista pela primeira vez pela equipe de mortos e sobreviventes e que fez com que Jonas se afastasse de tudo, traumatizado. Para então nos mostrar o esforço que funcionários de uma nova equipe e conhecidos de Jonas tiveram para o convencer a fazer parte de uma nova equipe que também se deparou com o mesmo tubarão gigante.

O elenco é formado por mais nomes conhecidos, porém nada disso sustenta muito o filme que com o tema que tem, deveria ser bem mais exagerado do que foi.
Megatubarão segue a ideia de dar seriedade a um filme que acompanha profissionais capacitados (e  nem por isso totalmente dispostos a dar suas vidas em nome da ciência) para tentar fugir e ser diferente de todos os muitos filmes que já foram feitos utilizando o mesmo predador marinho.

Temos um pai que acompanha sua filha dedicada que é tão apaixonada pelo trabalho, que nem sempre sabe ser uma mãe presente para uma criança que anda de um lado para o outro em uma sede de pesquisas no mar.
Temos estudiosos engraçados e medrosos, assim como personagens tão inteligentes quanto corajosos. Sem contar o personagem rico que banca tudo e é sempre meio idiota.
De toda forma, personagens a parte...o filme peca pela ausência de...tudo.

Com toda uma ideia de causar pânico e um trailer que soube vender bem as cenas de caos em uma simples praia, com pessoas nadando e se divertindo (como todo filme de tubarão tem)... O pânico não existe em grande parte da trama.
Apesar de termos as cenas que nos deixam ansiosos e nervosos, ainda mais com a imensidão azul tendo um foco importante, o roteiro escrito por Dean Georgaris, Jon Hoeber e Erich Hoeber acaba sendo sério demais e não indo direto ao ponto.

Entendo que depois de um mercado saturado de filmes de tubarões, a ideia tenha sido diferenciar um pouco. Mas, ainda sinto que até o antigo filme Do Fundo do Mar de 1999, que tem a mesma base de estudos mas com vários pequenos tubarões que se tornam espertos e vingativos demais, tem mais emoção, tensão e sustos do que esse.
Megatubarão carece de cenas que nos façam prender a respiração ao poupar demais a aparição da criatura e nos deixar apenas...cansados, esperando por algo que virá mais para o fim.

Porém, como todo filme de tubarão, temos cenas clichés demais, com vidas sendo salvas naquele último segundo e pequenos sustos que podem nos surpreender de leve. E claro que temos aquela dose de comédia que nos entretém um pouco, mas não o suficiente para dar o alívio cômico que nos faria achar que o filme não é tão longo quanto é.

Não é a primeira crítica que faço de filmes de tubarões por realmente gostar do assunto, mas é uma pena que esperei tanto por um filme que tentou ser diferente dos outros e se tornou extremamente parado.
Ainda quero arriscar e conhecer o livro para, quem sabe, ter alguma novidade mais interessante já que não conseguimos ter isso na tela.
E ah! A cena mais divertida é a que aparece no trailer, na praia. Ou seja, se quer arriscar pela curiosidade, vai fundo. Mas não é um filme que surpreende e que nos faz querer ver novamente.