Sense8 - Episódio Final - Amor Vincit Omnia (2018)
Lembro quando o cancelamento da série foi anunciado ano passado, 2017, e como isso me abalou. Eu sempre achei a série totalmente genial, com um assunto importante e com aquela dose de loucura e confusão que sempre amo. E, de alguma forma muito boa, eu não fui a única surpresa e chateada com isso. A série teve sua dose de atenção e um abaixo assinado enorme, muitos tweets divulgado e um falatório sem fim, a Netflix anunciou que teríamos um episódio final que nos daria uma conclusão digna de, aproximadamente, 2 horas e meia.
Então, ontem mesmo segui Lito Rodriguez (Miguel Ángel Silvestre), Capheus Onyango (Toby Onwumere), Sun Bak (Doona Bae), Kala Dandekar (Tina Desai), Wolfgang Bogdanow (Max Riemelt), Riley Blue (Tuppence Middleton) Nomi Marks (Jamie Clayton) e Will Gorski (Brian J. Smith), nessa conclusão que, para mim, foi sensacional.
Aviso desde já que teremos alguns bons spoilers abaixo. Então, caso não tenha visto e não queira estragar algumas surpresas, tente ler depois ;D
Você pode verificar o trailer AQUI
O episódio final, exatamente por ter vindo em um momento que acho que não era tão esperado, é acelerado, rápido, com muitas informações sendo mostradas para fazer o possível para nos dar respostas e concluir tudo. É evidente que os eventos teriam se espalhado bem por algumas duas temporadas a mais, porém, essa foi a maneira e, apesar de ser bem acelerado, não me incomodou em nada. Talvez tenha sido a ansiedade de esperar por esse momento, e ficar feliz por ter uma finalização, que pareceu funcionar comigo.
O episódio final produzido por J. Michael Straczynski e Lana Wachowski, tem todas as características que aprendemos a amar nas temporadas anteriores. Aquela complexidade e confusão, agora já mais conhecida. É notável que escolheram focar mais em alguns personagens para que pudéssemos caminhar para um final favorável. Duas horas e meia podem parecer muito, mas com 8 personagens muito importantes, sem contar os extras que foram surgindo durante a trama, contar muito de cada um deles seria uma tarefa bem difícil. Ainda assim, mesmo com o foco em alguns, ainda acho que a conclusão para todos foi muito boa.
O episódio segue com todos os sete reunidos em pessoa, finalmente, tentando achar uma forma de recuperar Wolfgang de maneira segura, em uma troca perigosa. E é após isso que começamos a ter a maior conclusão e respostas sobre a OPB e sua relação com os clusters.
Vale destacar que, apesar de tudo isso, os personagens são bem humanos e ainda temos uma boa dose de amor e dúvidas. Especialmente com a Kala tendo que decidir entre Wolfgang e seu marido, Rajan (Purab Kohli). E que decisão, minha gente. Se tem algo que eu não esperava era o que aconteceu e simplesmente AMEI!! Ainda temos o momento de felicidade para nossa querida Sun com o detetive Mun (Sukku Son) que teve um peso em sua vida em episódio anteriores. E gosto de deixar claro que eu aceitaria mais se ela tivesse ficado sozinha. Afinal, é possível encontrar essa felicidade em si mesma e ela seria uma personagem perfeita para mostrar isso.
Temos também aquele momento romântico entre Amanita (Freema Agyeman) e Nomi, que tem seu momento lindo mais para o final.
E, continuando o amor e nos dando a chance de matar saudades, o episódio ainda trouxe a participação de muitos coadjuvantes. Como não citar Bug (Michael X. Sommers) e toda sua presença cheia de energia, com toda uma participação mais presente com Nome. E, claro, o trio mais amor que é completo por Dani (Eréndira Ibarra) e Hernando (Alfonso Herrera), que continuam próximos e dando todo seu apoio à Lito. E é com muitos personagens que vão aparecendo que notamos que é realmente um episódio de despedida feito para os fãs, com pequenos momentos que podem agradar a todo mundo, sim.
Claro que nem tudo pode ser amor e temos muita ação! Todas aquelas cenas que nos fizeram ficar encantados e chocados com a produção com o começo da série, se repetem nesse episódio final. Seja com a Sun, Will e Wolfgang. O bom é que em todas essas cenas, vemos como os 8 conseguem se ajudar e a conexão entre eles parece cada vez maior e mais fácil já que se conhecem bem e estão bem acostumados uns com os outros.
O que me faz precisar citar agora a grande cena "final", onde Wolfgang acaba com toda a perseguição usando a bazuca que vimos lá pela primeira temporada e que seu amigo e irmão, Félix (Max Mauff), acaba trazendo para ele.
Como seria impossível contar em tantos detalhes toda a ação que vai se desenrolando ao longo do episódio, com planos incríveis e que dão errado do nada, com cenas que fazem o coração apertar....nos encaminhamos para os minutos finais, onde nosso coração aperta, mas de muito amor, empatia e aceitação.
Um casamento que vai mostrando o quanto preconceito e falta de aceitação, algo que a série sempre quis mostrar, é algo que precisa acabar. Um momento de felicidade que também foi aproveitado para ir juntando as pontas soltas de todos os personagens e tentando nos dar uma pequena conclusão e mostrar seu "felizes para sempre".
A série tem todo seu clichê, quase muito conhecido com mutantes e x-men, onde humanos não aceitam as diferenças especialmente de pessoas que parecem mais poderosas e evoluídas. Onde vemos que "humanos comuns" podem se juntar a quem amam, independente de quem são, o que serão... e lutar por uma paz maior, respeito e amor.
É um cliche mostrado de maneira genial, pelo menos para mim.
E claro, a cena final com toda a orgia entre nossos queridos oito personagens e seus relativos, pode ser o maior fanservice para alguns. Para mim, apenas deixa bem registrado o ponto alto da série, que mais chamou atenção. Por quê não usar algo que agradou ou surpreendeu ao extremo, não é mesmo?
O que posso dizer é que sentirei saudades absurdas e provavelmente é uma série que irei rever várias vezes. Ao menos esse episódio final eu sei que preciso ver mais algumas vezes, ainda mais para absorver tudo o que foi passado e me deixar amar tudo por um pouco mais de tempo.
"Foi difícil, mas se pudéssemos escolher, passaríamos por tudo de novo para continuar sendo quem nos tornamos"
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