A Prisão do Rei - Victoria Aveyard
Sinopse: No terceiro volume da série que já vendeu mais de 250 mil exemplares no Brasil, tudo vai queimar.
Mare Barrow foi capturada e passa os dias presa no palácio, impotente sem seu poder, atormentada por seus erros. Ela está à mercê do garoto por quem um dia se apaixonou, um jovem dissimulado que a enganou e traiu. Agora rei, Maven continua com os planos de sua mãe, fazendo de tudo para manter o controle de Norta — e de sua prisioneira.
Enquanto Mare tenta aguentar o peso sufocante das Pedras Silenciosas, o resto da Guarda Escarlate se organiza, treinando e expandindo. Com a rebelião cada vez mais forte, eles param de agir sob as sombras e se preparam para a guerra. Entre eles está Cal, um prateado em meio aos vermelhos. Incapaz de decidir a que lado dedicar sua lealdade, o príncipe exilado só tem uma certeza: ele não vai descansar enquanto não trouxer Mare de volta.
E agora...temos personagens novos e vermelhos que se juntam a prateados.
Sanguenovos que se tornam guerreiros incríveis e prateados que começam a entender qual batalha realmente devem lutar.
Como terceiro livro da série, recomendo novamente que, caso não tenha lido os outros livros... vá fazer isso, agora!
E caso queira ler as resenhas anteriores, clique AQUI para o primeiro livro, e AQUI para o segundo.
É engraçado, mas antes eu achava que meu maior medo era ficar sozinha. Agora nunca fico só e nunca estive tão aterrorizada.
Depois de Mare ter se aproximado mais da Guarda Escarlate no segundo volume da série, Espada de Vidro, e depois de ter tentando encontrar os sanguenovos antes de Maven...tivemos um final tão absurdamente tenso que foi sofrida a espera para ler esse livro.
E finalmente a espera terminou e o enredo começa a se desenvolver depois de um mês da captura de Mare, onde ela se rende e deixa que Maven a leve. Mare está de volta ao castelo, como prisioneira e tentando lidar com a perda de seu irmão, Shade.
É cruel ter esperança quando não há nenhuma.
Os primeiros capítulos pela visão de Mare são intensos. Ela vive presa, com prateados que usam seus poderes e pedras silenciosas para manter o poder elétrico da garota, sob controle. Ela mal come, vive irritada, e vai de ter esperanças à sentir que morreria ali mesmo, velha, sem nunca mais sair ou ter qualquer liberdade. Mare pensava em todos lá fora, ao mesmo tempo em que controlava o que sentia e pensava, para conseguir sobreviver.
E, finalmente, a dor aflita, a verdade vazia que me perseguiu em todos os momentos da minha antiga vida: eu estava condenada. Ainda estou.
E, ao mesmo tempo em que queria odiar Maven,o mesmo a tratava de maneiras que a deixavam confusa quando finalmente dava o ar da graça. Por sorte, não é um daqueles momentos em que a prisioneira se apaixona pelo pior cara, especialmente aquele que mais a magoou.
Não.
Mare sabe muito bem quem Maven é e, apesar de se compadecer um pouco em alguns momentos, é esperta o suficiente para jamais se deixar levar.
Eu queria que isso acontecesse. Queria cair para longe de suas mãos, encontrar o chão e me estilhaçar em mil pedaços.
E não pensem que esse tempo em que Mare é aprisionada dura pouco. Não, não dura. A autora consegue nos manter presos junto dela, com um desenvolvimento lento e perfeito. Ela dosa cada momento, entre os muitos altos e baixos dentro de Mare.
Sinceramente? Eu queria que o livro inteiro tivesse durado mais. E isso porque eu mesma fiquei muito aflita todo o tempo, desejando que Mare fosse salva ou que encontrasse uma maneira de escapar. E isso até acontece algumas vezes. Mas nada sai como o esperado e isso sempre me deixava de boca aberta.
É a voz de Maven. Não de Maven, mas de Maven. O garoto que pensei conhecer. Doce, gentil. Ele mantém essa voz guardada, pronta para ser sacada e empunhada como uma espada. Trespassa meu coração, como bem sabe. Sem querer, sinto saudade de alguém que não existe.
Agora, como uma outra maneira de fazer tudo se tornar bom, sem cansar....Aveyard equilibra alguns capítulos indo para a mente de outros personagens. E você deve pensar que ela pegou Maven, Cal e até Farley. Porém, não. Eu acho que a autora teve uma sacada genial em mostrar personagens mais secundários ainda, com seus interesses pessoais e dispostos a dar sua vida por uma causa. Até personagens mais egoístas, com interesses pessoais que garantissem sua felicidade e de mais ninguém. E preciso admitir também que ansiava por esses capítulos, com uma visão diferente de tudo e que davam aquela guinada absurda na leitura.
Eu me desesperaria se pudesse, mas meus dias de lamentar acabaram há muito tempo. Tiveram que acabar. Ou então eu viraria uma boneca de paco arrastada por uma criança, completamente vazia.
Ah!! Sei que Cal é um personagem que divide opiniões, mas...durante boa parte do livro, ainda me parece o personagem em cima do muro, que não entende bem o que quer e que cede com facilidade. Isso muda, um pouco, até ele me surpreender em alguns outros momentos. E não direi se foi de jeito bom ou ruim. ;D
É estranho que tantos deles se considerassem deuses ou escolhidos de um deus, Abençoados por algo maior. Elevados ao que somos. Quando todas as provas apontam para o contrário. Nossos poderes vieram da corrupção, de uma praga que matou a maioria. Não fomos escolhidos, mas amaldiçoados.
Então, com essa mudança de personagens sendo o foco, vamos desde um jogo absurdo com questões psicológicas e a luta pela sobrevivência, até momentos mais racionais, onde é necessário bolar estratégias, pensar além e tentar derrubar planos políticos que estavam em andamento. O livro te deixa questionando tudo e todos. O que, para mim, faz uma trama te prender dia e noite. Eu teria lido muito mais rápido se a vida tivesse permitido, mas gosto de ir com calma, ainda mais porque não temos uma previsão para o quarto livro da série.
... a esperança, não importa quão pequena, não importa quão impossível, pode se tornar realidade.
Posso dizer, tranquilamente, que é o melhor livro da série.
Pelo menos, até agora. Temos momentos calmos, momentos de tensão, pessoas indo e vindo, felicidade, tristeza, tramas e reviravoltas absurdas. E toda a parte política que guia a história é muito, muito boa. É quase possível entender o lado do pior personagem, enquanto vemos outra batalha rolando para vidas serem salvas e, no fim, tudo parece se perder em algo ruim.
- Uma cela é uma cela, não importa como você a decore - retruco com desprezo. Ele não pisca.
- E uma guerra é uma guerra, Mare Barrow. Não importa quão boas sejam suas intenções.
Não sei ainda como vou lidar com a eterna espera, mas posso garantir que a leitura desse livro não gera qualquer arrependimento.
O final é de tirar o fôlego, como o segundo livro da série e já estou sofrendo pela longa espera. Por favor, leiam e sofram comigo.
Não irão se arrepender =D
Agora entendo que não sabia o que era amor. Nem como um coração realmente partido pode doer. Não sabia como era ficar diante de quem mais importa e ouvir que você não é suficiente. Não ser escolhida. Ser uma sombre para quem é seu sol.
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