Bidu – Caminhos - Eduardo Damasceno e Luís Felipe Garrocho
Sinopse: No bairro do Limoeiro, Franjinha é um garoto que deseja ter um animal de estimação… Ou um robô. Ao mesmo tempo, um cachorrinho azul perambula pelas ruas procurando sobreviver, juntando os ossos que acha e usando a carcaça de um carro abandonado num terreno baldio como moradia.
Essa é a história de como os dois primeiros personagens criados por Mauricio de Sousa se tornaram melhores amigos. Uma aventura cheia de problemas, surras, desvios de rota, chuva, cachorros, decisões difíceis e ternura.
Dessa vez, termos Luís Felipe Garrocho e Eduardo Damasceno como responsáveis por nos contar a história de um dos cachorrinhos mais adorados do universo da Turma da Monica. E os dois fazem isso de uma maneira perfeita.
O começo nos apresenta Franjinha, em todo seu começo de vida, nos mostrando que desde lá o garoto anseia por criar e aprender algo a mais. E, com isso, acrescentando o desejo de ter um cachorro.
É aí que embarcamos na jornada, notando que os caminhos percorridos tanto por Franjinha quanto por Bidu, não foram nada fáceis.
Bidu percorre seus dias como um cão de rua, precisando achar o que comer, lidando com perigos e desejando um lugar seguro para dormir. O enredo parece simples, mas a história é contada com quadrinhos extremamente coloridos, ou que ficam com cores mais frias e "apagadas" em momentos de tristeza, como em um dia de chuva intensa. Sem contar que existem poucas falas, apenas vindo dos personagens humanos e, todo o restante é representado com desenhos ou onomatopeias extremamente importantes para a história se desenvolver.
Cruzando as ruas do bairro do Limoeiro, Bidu cruza com todo tipo de situação e alguns outros cachorros que acabam se aproximando, até com o Bugu, um personagem já conhecido. E cada um dos personagens tem sua maneira de se expressar, dando destaque a personalidade de cada um deles. E a personalidade do próprio Bidu é um dos pontos antos do quadrinho, passando de um cachorro assustado, a alguém que enfrenta seus medos e entende que, no fim, ser maior e melhor do que alguém que já te fez mal é muito importante.
Quero evitar spoilers, claro, mas posso dizer que enquanto Bidu enfrenta seus obstáculos, Franjinha e sua mãe vão em busca do cão perfeito para o filho, que procura e procura e não encontra o que quer, até ele mesmo pensar e criar uma solução, fazendo com que os caminhos de uma dupla que conhecemos e amamos tanto, se cruzem.
Vale deixar como curiosidade que Franjinha e Bidu foram os protagonistas da primeira tirinha de Mauricio de Sousa, em 1959, no jornal Folha da Tarde. Como já foi informado pelo próprio autor em outros momentos, Bidu foi inspirado em seu cãozinho de infância, Cuíca.
Se amei? Muito. Acho que o quadrinho é desenhado e segue um ritmo tão constante que é impossível não se sentir triste, feliz, ansiosa e amar o final da história.
Sou grande fá do estilo que os dois trouxeram, ainda mais com todas as cores. Recomendo muito =D
Dê spoilers, eu gosto, não se preocupe, rsrsrsrs
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