O Último Adeus - Cynthia Hand
Sinopse: O Último Adeus é narrado em primeira pessoa por Lex, uma garota de 18 anos que começa a escrever um diário a pedido do seu terapeuta, como forma de conseguir expressar seus sentimentos retraídos. Há apenas sete semanas, Tyler, seu irmão mais novo, cometeu suicídio, e ela não consegue mais se lembrar de como é se sentir feliz.
O divórcio dos seus pais, as provas para entrar na universidade, os gastos com seu carro velho. Ter que lidar com a rotina mergulhada numa apatia profunda é um desafio diário que ela não tem como evitar. E no meio desse vazio, Lex e sua mãe começam a sentir a presença do irmão. Fantasma, loucura ou apenas a saudade falando alto? Eis uma das grandes questões desse livro apaixonante.
O Último Adeus é sobre o que vem depois da morte, quando todo mundo parece estar seguindo adiante com sua própria vida, menos você. Lex busca uma forma de lidar com seus sentimentos e tem apenas nós, leitores, como amigos e confidentes.
A autora nos dá um livro que, ao fim, vamos entender que é algo que ela quis compartilhar conosco, sobre o que é sentir mil coisas ao se perder alguém, ainda mais dessa maneira. É um livro que trata sobre suicídio, depressão, de como seguir (ou não) em frente...tudo feito de uma maneira calma, sensível, sem pressa, levando seu tempo e mostrando vários pontos de vista.
Eles ainda não entendem. Que estão esperando por aquele telefonema que mudará tudo. Que cada um vai acabar se sentindo como eu. Porque alguém que eles amam vai morrer. É uma das certezas mais cruéis da vida.
Temos um livro narrado em primeira pessoa por Alexis, com capítulos que se alternam entre o presente e fragmentos do diário que ela tem tentado escrever, como um processo da terapia que vem fazendo desde que seu irmão se matou. Aos poucos, vamos vendo como sua mãe se afundou em tristeza e álcool para aguentar lidar com tudo, enquanto o pai dela continua tão ausente quanto antes e ela...bem, ela não consegue chorar mais e, assim como sua mãe, acha que tem visto o fantasma do irmão.
Tempo passando. Eu não sabia aproveitar aquele momento na pista, entender como ele era bonito e raro, frágil, efêmero, quando Ty estava feliz. Quando estávamos todos felizes, e estávamos juntos, e estávamos seguros. Eu não sabia.
Quase parece um livro que nos levaria à algo sobrenatural, mas não. Tudo o que ele faz é mostrar algo que ela não conseguiu ver enquanto estava de luto e, agora, Lex sente a necessidade de juntar os pequenos pedaços de tudo o que fez seu irmão desistir da vida. E tudo isso é passado para nós com uma escrita bem envolvente, sem grandes ápices de acontecimentos, mas com um ritmo bastante viciante, por assim dizer. Um livro que tem um pouco de tudo, onde dosa a dor, a frieza, vidas que tentam seguir em frente, flashbacks de felicidade e algumas peças que Lex tenta encaixar em suas lembranças.
"Talvez você esteja certa”, diz ela, “e o que parece ser amor não passe de uma combinação de certos químicos de nosso corpo. Mas se acreditarmos que o amor é uma força poderosa que nos une, e se essa crença nos trouxer felicidade e estabilidade nesse mundo tumultuado, qual é o problema?
Um livro que não foca totalmente no momento antes e durante o ato de seu irmão, mas sim sobre o depois, o que acontece com quem fica e como é difícil abrir mão de pessoas e lembranças. Eu considero um livro bem importante, que quando você menos espera já te pegou de uma forma absurda. E vale citar que Lex não é a única personagem que tem um bom desenvolvimento. Uma pessoa pode ligar tantas outras de maneiras tão diferentes e variadas...e o livro retrata isso perfeitamente.
Você é um moleque idiota. As únicas pessoas que vão se lembrar de sua ‘atitude’ somos eu e a mamãe, e só porque estamos machucadas demais para esquecer. Pois é, as outras pessoas também sofrem, babaca. Todo mundo sofre.
Não quero falar muita coisa para evitar spoilers, porque Lex se tornou o tipo de adolescente com tanta coisa dentro dela, que é ótimo irmos descobrindo as coisas com ela, dando todos os passos em sua confusão mental e sentimental, juntos.
Como disse antes, o livro não acelera em nada e leva seu tempo para contar as coisas, sem enrolação. E com isso, nos leva à um final muito bem feito, que faz a história inteira ter valido muito à pena.
Dá uma arrisca agora e vá ler, correndo ^^
As pessoas que amamos nunca se vão realmente”, diz ele. “Não aprendeu isso?
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