Érica - Larissa Barros Leal





Sinopse: Moscou. Dois jovens sobrevivem a um duplo atentado que mata quase todos os seus amigos. Cairo. Uma ONG islâmica tenta escapar de uma armadilha, arquitetada por integrantes da Ordem das Doze Tribos de Israel. Washington. Na sede da Ordem, a filha de um funcionário da Casa Branca cai em ciladas para que seu pai colabore com os radicais. Pequim. Um filho procura o pai, há meses desaparecido. Fortaleza. Em uma triste manhã, Érica encontra seus pais mortos... Nessa incrível trama, todas essas histórias se entrelaçam de forma impressionante. E somente Érica, que acaba de descobrir que foi incluída em uma lista negra da Ordem das Doze Tribos de Israel, poderá impedir uma grande desgraça planejada por judeus fundamentalistas, prestes a atingir a todos.

Consegui o livro quando a própria autora me enviou depois de um contato via Instagram. Ela foi ótima e fofa, enviando um exemplar autografado que logo me fez embarcar na leitura.
E é aí que a coisa toda começa.

A história é apresentada por meio de vários pequenos trechos de momentos com diferentes personagens, em diferentes locais, tempo e situações. É um livro que exige uma certa atenção no começo, ainda mais porque mais e mais personagens vão surgindo o tempo todo. Admito que é o tipo de leitura que sempre me deixa confusa porque, na maioria das vezes, preciso de um tempo para me apegar a personagens e suas personalidades. Porém, como o ritmo é frenético, não tive tempo suficiente para isso.

Tome cuidado. O tipo de coisa que voce está prestes a enfrentar... Eu não desejaria isso a ninguém.

Larissa não poupa detalhes sobre a fisionomia, personalidade e problemas envolvendo os personagens, o que é uma boa maneira de nos fazer lembrar de cada um deles. Se o nome não gruda na mente, algum detalhe como a cor do cabelo ou algo em seu corpo nos ajudará a saber de quem ela está falando.
Ainda assim, o ritmo me deixava confusa. E, como o livro se chama "Érica", fiquei me perguntando quando ela teria mais destaque, porque o livro desanda com tantas situações, que eu mesma achei que me perderia e a perderia no meio de tudo.

A autora conseguia nos levar de um núcleo de personagens para outro rapidamente e, nem sempre, os trazia de volta tão cedo. Por isso a personagem principal me pareceu esquecida. A diferença é que a trama toda pedia por isso. Enquanto ela ficava de lado, várias outras coisas iam sendo desenvolvida naquele ritmo rápido e contínuo.

Porém, o final é ótimo. A autora juntou absolutamente tudo, envolvendo cada um dos personagens e finalmente nos dizendo como tudo envolvia a garota brasileira que se tornou órfã, Érica.
Acho que vale notar que a escrita da autora poderia ter sido um pouco melhor desenvolvida. Em muitos momentos senti que algumas cenas e situações poderiam ter sido mais detalhadas ou até acontecido com calma, mas na maior parte das vezes a autora escolhia dar um pulo na situação, adiantando o tempo e deixando as coisas subentendidas e eu nem sempre eu entendia a necessidade disso,além de ir direto ao ponto.

Bem, o que os olhos não veem o coração não sente. Principalmente quando o coração nem sabe que existe.

No todo, é um livro com uma ideia interessante, um tema político e religioso bem abordado onde um tipo de fanatismo e vingança claramente iniciaria algo ruim. Onde excessos por um "bem" maior pode se tornar algo muito perigoso.

Apesar da correria e de eu ter que me achar em algumas partes da história, a ideia é ótima, o enredo é diferente do que estou acostumado, mas fez bastante sentindo quando cada caminho se junta. E é evidente como os personagens vão evoluindo ao longo da trama, para determinar um final que eu sequer havia pensado. Pontos pela conclusão que deu uma finalização a todos os personagens que foram surgindo! =D

"Numa guerra não existem vencedores. Todos perdem.
Por cada pessoa, soldado ou civil, que morre numa guerra, a humanidade perde um pouco de sua essência,e os países, parte de seu maior patrimônio.
O melhor caminho é paz."

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