Corte de Espinhos e Rosas - Sarah J. Maas





Sinopse: Em Corte de Espinhos e Rosas, um misto de A Bela e A Fera e Game of Thrones, Sarah J. Maas cria um universo repleto de ação, intrigas e romance.

Depois de anos sendo escravizados pelas fadas, os humanos conseguiram se libertar e coexistem com os seres místicos. Cerca de cinco séculos após a guerra que definiu o futuro das espécies, Feyre, filha de um casal de mercadores, é forçada a se tornar uma caçadora para ajudar a família. Após matar uma fada zoomórfica transformada em lobo, uma criatura bestial surge exigindo uma reparação. 

Arrastada para uma terra mágica e traiçoeira que ela só conhecia através de lendas , a jovem descobre que seu captor não é um animal, mas Tamlin, senhor da Corte Feérica da Primavera. À medida que ela descobre mais sobre este mundo onde a magia impera, seus sentimentos por Tamlin passam da mais pura hostilidade até uma paixão avassaladora. Enquanto isso, uma sinistra e antiga sombra avança sobre o mundo das fadas e Feyre deve provar seu amor para detê-la... Ou Tamlin e seu povo estarão condenados.


Primeiro livro que li da autora Sarah J. Maas e preciso dizer que ameeei a escrita dela. Vale dizer que foi mais uma das leituras da grande leva de livros que começo sem ter analisado a sinopse e, quão grande foi a minha surpresa ao começar reconhecer pequenos traços de algo bem parecido com A Bela e a Fera? Depois de confirmar minhas suspeitas, a leitura se tornou muito mais prazerosa, seguindo por caminhos que eu não esperava que fossem existir.

Vamos ignorar o que a sinopse fala sobre "fada zoomórfica" e apenas pensar nas criaturas do "outro mundo" como feéricos, seres muito temidos por todos os humanos. Depois de se ver matando um deles, tanto por querer salvar sua vida como para conseguir alimento para si e sua família, Feyre se vê obrigada a viver uma nova vida, distante dos familiares e com seu captor. Obviamente as coisas não são simples e existem vários motivos para Feyre não ter sido morta e levada para viver em outro mundo. E, no meio de tantos segredos, acabamos nos perdendo na nova vida da protagonista, que nos faz pensar que o livro nada seria além de um romance clichê, como parece rolar até metade do livro.


Se eu estivesse sozinha no bosque, poderia ter me deixado consumir pelo medo, poderia cair de joelhos e implorar por uma morte limpa e rápida. Mas não tinha tempo de sentir terror, não daria ao medo o mínimo espaço, apesar de meu coração latejar desesperadamente em meus ouvidos. 

E, apesar do já citado clichê, o ritmo da leitura é bom. O livro tem quase 500 páginas, mas a autora nos guia de forma incrível, trazendo algo interessante a cada capítulo. E, quando finalmente nos acostumamos com um pouco de paz e felicidade para Feyre, onde ela consegue olhar quadros, analisar arte e se convencer a tentar pintar tanta beleza que seus olhos conseguem captar que...boooom! Tudo muda!
Sarah J. Maas nos joga em um mundo onde o mais forte acha que pode dominar tudo e todos, mas o amor acaba sendo algo muito maior. 

- Não se sinta mal nem um segundo por fazer o que a faz feliz. 

O bom é que o livro não tem pressa. Ele segue com um começo, onde Feyre mostra sua atual vida, explicando promessas do passado e como as coisas mudaram. Ainda aponta bem a personalidade de cada membro de sua família, suas fraquezas e qualidades. É engraçado que, pensando agora, toda a vida dela no começo do livro parece distante até para mim mesma, como se fosse algo totalmente à parte.
Então, temos o meio, quando Feyre se vê prisioneira em um lugar que não é de todo ruim, tem suas belezas apesar dos muitos perigos que a rondam. Ela aprende a viver da melhor forma, notando que seus captores acabam facilitando sua estadia.
E, em seguida, o fim, que vem cheio de dor, tensão, suspense e agonia, finalizando de uma maneira que me deixou muito feliz e satisfeita, já que eu não sabia mais o que esperar.

- Amo você - declarei. -  Não importa o que ela diga a respeito disso, não importa se é apenas meu tolo coração humano. Mesmo quando queimarem meu corpo, vou amar você.

Acho importante dizer que Feyre é tão humana e que vi erros tão grandes na personalidade dela, coisas em que qualquer pessoa racional não faria, que acabei a amando mais ainda. Ela não pensa muito antes de colocar outras pessoas em perigo e acaba aprendendo da pior maneira o quanto suas ações possuem reações. Ai ai, essas protagonistas....
E são suas imperfeições que acabam virando seus abismos, claro. Porém, a personagem aprende muito ao longo da trama inteira e evolui maravilhosamente. 

- Agradeça por seu coração humano, Feyre. Tenha piedade daqueles que não sentem nada.

É um livro que tem romance, sim. Ele acaba crescendo tanto quanto a personalidade de Feyre, mudando aos poucos enquanto a confiança vai crescendo em ambos os lados. Eu não sou muito boa em falar sobre romances, porque geralmente não é o que me atrai nas histórias, mas nada foi acelerado e tudo teve um por quê, o que é sempre positivo para mim. O que me faz pensar que, romances de lado, vários outros personagens secundários acabam mostrando sua importância do começo ao fim, com muitos nos surpreendendo positivamente. 

Portanto, recomendo para quem gosta romance, de releituras e está totalmente pronto para sofrer um pouquinho =D
Sem dúvida alguma uma leitura incrível!




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