Série: A Mediadora - Lembrança - Meg Cabot
Sinopse: Meg Cabot retorna com uma divertida e sexy continuação da saga de Suzannah Simon, a menina que via fantasmas... e os ajudava a passar para a luz. Agora, mais velha e experiente, tudo que Suze quer é causar uma boa impressão no primeiro emprego desde sua formatura — e desde o noivado com o Dr. Jesse de Silva, ex-espírito e sua alma gêmea. Como não bastasse, um fantasma de seu passado resolve aparecer. E esse não é um espectro que ela possa mediar. Afinal, Paul Slater está bem vivo, milionário e, ainda por cima, é o novo proprietário da antiga casa de Suzannah. Aquela na qual conheceu Jesse. Isso não seria um problema se ela não tivesse acabado de descobrir que uma antiga maldição poderá transformar seu amado num demônio, caso seu antigo local de descanso seja demolido, como Paul pretende. Agora ela precisa dar um jeito em Paul, que a está chantageando sexualmente — isso mesmo... ou ela dorme com ele, ou perde Jesse —, enquanto tenta ajudar uma caloura assombrada por uma menininha muito poderosa...
E nada melhor do que saber que uma das primeiras séries de livros que comprei acabou voltando muitos anos depois, com um sétimo livro. Ainda mais um livro que avança alguns anos no tempo e nos dá um pouco de tudo o que ainda acontece com nossos personagens favoritos. E preciso admitir que a Suze sempre foi uma das minhas preferidas <3
Mas vamos ao que interessa. A sinopse em si já deixa muita coisa evidente então, tentarei me conter ao máximo para não soltar muitos spoilers, como sempre. Vou começar dizendo que a leitura é totalmente nostálgica, sim. Meg ainda mantém seu estilo tranquilo de escrita, que nos prende do começo ao fim. Ela ainda abusa dos comentários sarcásticos, irônicos e toda a sinceridade que domina nossa queria personagem principal. Claro que devido ao tempo que passou, os temas citados durante o livro acabaram amadurecendo junto com Suze.
- Nunca falei que não creio em nada. Eu creio em fatos. E o fato é que quero ficar com Jesse porque ele me faz sentir uma pessoa melhor do acho que sou na verdade.
A autora foi esperta ao seguir exatamente o que o público que leu A Mediadora antes , gostaria de ler por agora. Tudo está bem dosado e já no começo da leitura vemos Suze em ação. E não apenas contra espíritos, mas lutando por ter sua vida adulta, uma profissão, ser uma boa namorada/noiva e manter amigos e família por perto. Como em todos os outros seis livros, Suzannah tem o dom de se meter em confusões, agir no impulso e pensar apenas depois. Porém, o livro ainda nos dá a presença do querido Padre Dominic, que sempre tenta guiar Suze e, apesar de ele mesmo não ser uma constante já que Suze é mais do que capaz de lidar com as coisas (Ou ao menos é o que ela acha) , nos faz matar a saudade do seu jeito mais sério.
Eu tinha fantasmas demais em minha vida agora, clamando por atenção. Pela primeira vez, não tive certeza se conseguiria lidar com todos eles sozinha.
Assim como o padre, muitos outros personagens acabam aparecendo. O lado da família de Suze aumentou, com três pequenas trigêmeas intensas ( que roubaram muito da cena, na minha opinião *-*) e a volta do seu passado nada agradável, Paul. E é a partir de coisas novas e antigas, que vamos andando com a trama. Alguns podem dizer que Suze não amadureceu muito apesar dos anos que se passaram. Eu gosto de analisar tudo como uma personalidade muito bem definida, onde ela vai errar, aprender e ir cedendo conforme as coisas vão acontecendo. Sem contar que ela ainda é absurdamente apaixonada por Jesse e, agora que ele é uma constante em sua vida, as coisas não são tão simples quanto poderiam ser. E o bom de tudo isso é que tanto Suze quanto Jesse se mostram absurdamente humanos.
Ou talvez a única tristeza que eu estivesse sentindo fosse a minha. Talvez ela estivesse ali o tempo todo, numa caixa bem guardada. Talvez fosse isso o que me mantivesse acordada havia tantos anos, mas eu não me permitira experimentar aquilo - até que o toque daquela bochecha fria na minha abrisse a caixa, e todas as emoções que eu guardei com tanto cuidado viessem transbordando até a superfície.
E é sendo humana que ela toma péssimas decisões, esconde coisas demais e é bem negligente quanto a sua tarefa de mediadora. E é claro que tudo isso são todos os fatores que acabam gerando uma história ótima. Preciso dar o ponto positivo para como a autora consegue introduzir assuntos e seguir com começo, meio e fim. E isso não se resume apenas ao roteiro, mas cada personagem que ela coloca na história terá uma finalidade, mesmo que seja sobre a irritante Kelly Prescott, estudante e "amiga" de Suze em um passado não tão distante.
Se o objetivo era matar os fãs de amores com toda a tensão, medo, receio, romance e até drama... Meg, você conseguiu finalizar a tarefa com sucesso. Só me sinto vazia por dentro agora, porque a nostalgia foi tão boa que mal pude me controlar e terminei tudo rápido demais. Já sinto saudades e acho que é mais do que evidente que é um livro que recomendo aos fãs, de olhos fechados. E caso você jamais tenha lido a série e já tenha recebido um pouco de spoiler apenas com a sinopse, por favor, não se deixe abalar. Corra atrás da série toda e ame tudo isso, profundamente! =D
- "Assim é o estado triste, porém, oh, tão aprazível! Minha alma se firma em nada, apenas em ti; a ti contempla, admira, de ti depende, confia somente em ti."
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