O Teorema Katherine - John Green
Sinopse: Após seu mais recente e traumático pé na bunda - o décimo nono de sua ainda jovem vida, todos perpetrados por namoradas de nome Katherine - Colin Singleton resolve cair na estrada. Dirigindo o Rabecão de Satã, com seu caderninho de anotações no bolso e o melhor amigo no carona, o ex-criança prodígio, viciado em anagramas e PhD em levar o fora, descobre sua verdadeira missão: elaborar e comprovar o Teorema Fundamental da Previsibilidade das Katherines, que tornará possível antever, através da linguagem universal da matemática, o desfecho de qualquer relacionamento antes mesmo que as duas pessoas se conheçam.
Uma descoberta que vai entrar para a história, vai vingar séculos de injusta vantagem entre Terminantes e Terminados e, enfim, elevará Colin Singleton diretamente ao distinto posto de gênio da humanidade. Também, é claro, vai ajudá-lo a reconquistar sua garota. Ou, pelo menos, é isso o que ele espera.
O livro foi publicado pela primeira vez em 2006 e traduzido pela Editora Intrínseca em 2012.
O enredo nos mostra a vida de Collin Singleton, um garoto prodígio que ama anagramas e tem aquela famosa dificuldade em socializar. Mas isso não o impediu de fazer uma grande amizade com o garoto que trás um certo teor de comédia ao livro, Hassan.
Tudo desenrola mais quando Collin é largado pela sua namorada, assim que termina o ensino médio. E como todas as garotas anteriores, ela também se chamava Katherine.
Notando todo esse padrão que começou sem querer e se transformou em regra, Collin tenta criar um teorema que o ajudará a entender quanto tempo um relacionamento irá durar, quem será o responsável pelo término, descobrindo coisas específicas como Terminante e o Terminado.
“Quando se trata de garotas (e, no caso de Colin, quase sempre se tratava), todo mundo tem seu tipo. O de Colin Singleton não é físico, mas linguístico: ele gosta de Katherines. E não de Katies, nem Kats, nem Kitties, nem Cathys, nem Rynns, nem Trinas, nem Kays, nem Kates, nem — Deus o livre — Catherines. K-A-T-H-E-R-I-N-E. Já teve dezenove namoradas. Todas chamadas Katherine. E todas elas — cada uma, individualmente falando — terminaram com ele.”
Toda essa busca por respostas faz com que nosso personagem principal e seu amigo partam em uma jornada sem um rumo específico, sumindo pela estrada, deixando Chicago para trás e indo parar no Tennessee, mais especificamente, Gutshot. Ali, conhecemos mais uma personagem, Lindsey. Ela acaba se tornando uma guia turística para os dois, fazendo com que os três acabem se juntando mais e mais com pequenos acontecimentos do dia a dia.
“É possível amar muito alguém. Mas o tamanho do seu amor por uma pessoa nunca vai ser páreo para o tamanho da saudade que você vai sentir.”
Diferente de muitos livros do nosso querido João Verde, esse não tem uma grande tragédia envolvida, um drama absurdo ou questões de vida ou morte. O texto em si tem sua pitada de comédia, muita matemática, gráficos e a famosa filosofia que cada personagem acaba nos mostrando, porque tem sua profundidade escondida, sim. Sem contar que eu considero um livro cheio de frases ótimas e sempre acho isso perfeito *_*
Já ouvi críticas por aí de pessoas que acham que toda a matemática e teorema fazem o livro ser chato, mas em nada me incomodou. Na verdade, acho que é uma das coisas que fugiram do padrão e fizeram o livro ser mais interessante. Então, se tiver paciência para algo novo, com aquele estilo de escrita em terceira pessoa do John Green e quiser entender se Collin descobriu resolver o teorema depois de namorar 19 Katherines, pode arriscar a leitura leve e interessante!
“Eu serei esquecido, mas as histórias ficarão. Então, nós todos somos importantes — talvez menos do que muito, mas sempre mais do que nada.”
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